20 março 2010

VOCÊ É CATEQUISTA? ENTÃO, LEIA ESTE MATERIAL!


SUGESTÕES DE ESTUDOS PARA O CRISMA!!!  (ENVIADA POR JULIANE MAGALHÃES, CATEQUISTA DO SETOR SÃO PEDRO, EM CAMOCIM)
Parte I-

Assuntos a serem estudados nos encontros do Crisma

O alicerce da fé cristã. O primeiro assunto a ser estudado na apostila é sobre os fundamentos de nossa fé. Aprender um pouco mais sobre Deus, Jesus e o Espírito Santo - A Santíssima Trindade.


01- Deus
Em toda a história da humanidade o homem não cessa de buscar a Deus. Esta busca se dá através das orações, sacrifícios, cultos, meditações, ações, entre outras formas. Mas como podemos conhecer a Deus, se nunca O vimos?

Podemos conhecer a Deus mediante Suas obras e mediante a nossa Fé. A fé é a resposta do homem a Deus que se revela e a ele se doa, trazendo ao mesmo tempo uma luz superabundante ao homem em busca do sentido último de sua vida. Como podemos falar de Deus?

Nosso conhecimento de Deus é tão limitado, como também é limitada nossa a linguagem sobre Deus. Só podemos falar de Deus através das criaturas vivas ou dos recursos naturais que conhecemos, e segundo nosso modo humano limitado de conhecer e pensar.

De qualquer forma, temos que nos lembrar e ter sempre conosco, dentro de nossos corações, que todas as criaturas trazem em si uma certa semelhança com Deus. O homem guarda características tão dignas como a verdade, a bondade, a beleza, a caridade, o amor...Tais características não podem ter outro autor senão o Todo Poderoso. Todas estas características contemplam, portanto, o Seu Autor.
Assim como uma obra de arte reflete sempre, de alguma forma, o seu autor, também nos devemos refletir nosso Criador. "Sem o Criador a criatura se esvai".

Como entender Deus Criador?

Deus criou o mundo segundo Sua sabedoria. O mundo procede da vontade livre de Deus que quis fazer as criaturas participarem do Seu Ser, da Sua sabedoria e da sua bondade. Que haveria de extraordinário se Deus tivesse tirado o mundo de uma matéria preexistente? Quando se dá um material a um artesão, ele faz do material tudo o que quiser e souber. Se este fato confere a este artesão um lado criador, tanto mais será nada para criar tudo o que Sua Vontade e Sabedoria desejam. Deus parte do Nada e cria o mundo e dentro dele, o homem.

Uma vez que Deus pôde criar do nada, pode, através do Espírito Santo, dar vida da alma aos homens, com o objetivo de mantê-los sempre junto Dele, mas ao mesmo tempo, deixando o homem livre para escolher essa união. Já que pela sua palavra pôde fazer resplandecer a luz a partir das trevas, pode também dar a luz da , fé aquele que a desconhecem.

Dessa forma, a criação é uma obra querida por Deus como um dom que foi dirigido ao homem; como uma herança que lhe é destinada e confiada.

Entretanto, Deus transcende a criação, pois é infinitamente maior que todas as Suas obras. Por ser o Criador soberano e livre, causa primeira de tudo o que existe, Ele está presente no mais intimo das suas criaturas. Segundo as sábias e inspiradas palavras de Santo Agostinho: "Ele é maior do que aquilo que há de maior em mim e mais íntimo do que aquilo que há de mais intimo em mim".

Deus mantém e sustenta a criação, pois não abandona a sua criatura a ela mesma. Não somente lhe dá o ser e a existência, mas também a sustenta a todo instante e lhe dá o livre-arbítrio. Reconhecer esta dependência completa em relação ao Criador é uma fonte de sabedoria e liberdade, de alegria e confiança.

Os estudos sobre Deus (assuntos da Teologia) são elaborados considerando Deus na Unidade da Natureza e na Trindade das Pessoas.

Na Unidade da Natureza, o estudo de Deus é dividido em três partes: a Existência, a Essência e os Atributos. Cada uma destas características existem em Deus ao mesmo tempo e só foram separadas para serem melhor explicadas e compreendidas.

02- A Existência e a essência

É um artigo de fé e nos abre uma dupla possibilidade de conhecer a Deus:
Uma forma natural e uma forma sobrenatural.

Forma Natural: "Encontra-se Deus por meio da reflexão do mundo e em nós mesmos" (São Paulo).


Uma das maiores comprovações sobre a Existência de Deus é a tendência dos homens pela busca da felicidade. Em cada homem esta necessidade não pode ser satisfeita apenas pelo mundo e pelo seus bens. Portanto, segundo Santo Agostinho, é preciso que haja um bem eterno capaz de satisfazê-la e este bem é Deus.

O conhecimento de Deus pela forma natural baseia-se pelo fato de que como não vemos a Deus, O conhecemos por meio de comparações devido às suas obras, pois não encontramos na Terra a essência de Deus, mas sim suas obras. É através de suas criações que conhecemos que Deus existe, como sua causa.

Forma Sobrenatural: "Deus é para nós que cremos um 'Deus desconhecido' ainda que à luz da fé o conheçam muito melhor do que à luz da razão" (Santo Tomaz de Aquino).

Segundo esta forma de conhecimento, crê-se em Deus em virtude de uma revelação sobrenatural que é dada por meio da fé. A comunicação de Deus conosco e sua manifestação dá-se por meio das graças.

A Essência

Estuda o ser de Deus, sendo que a Existência e a Essência são inseparáveis em Deus. A essência de Deus é compreendida através da revelação, onde Deus se revela e se dá conhecer aos homens.


03-Os Atributos


São as características através das quais podemos conhecer a Deus e distingui-lo das criaturas. São todas as perfeições existentes em Deus, como por exemplo:

- Deus é UNO: a unidade de Deus é um dogma da Igreja. É entendido como uma unidade do indivíduo levando ao monoteísmo. Este atributo foi mencionado em vária passagens:
"Vede que sou Eu somente e não há outro Deus exceto Eu". (Dt 32, 39)
"Houve Israel, o Senhor teu Deus é o único Deus". (Mc 12, 29)

- Deus é SIMPLES (PURO): em Deus nada se acrescenta ou se tira. A simplicidade de Deus é entendida como um Deus livre de qualquer multiplicidade e dispersões próprias das outras criaturas. É Deus em sua puríssima espiritualidade.
Como exemplo, podemos citar uma passagem onde Jesus atribui a Deus uma figura humana ao chamado PAI e ao mesmo tempo lhe atribui estado e morada acima de tudo o que é material.

- Deus é IMUTÁVEL: Deus foi, é, sempre será o mesmo, com sua perfeição e seu amor sem limites.
Segundo Santo Tomaz de Aquino: "Só Deus é".

- Deus é ETERNO: Deus não teve início e não terá fim.
"O Senhor é um Deus Eterno que criou os extremos da Terra e que não se cansa nem se esgota". (Is 40, 28)

- Deus é ONIPRESENTE: a onipresença de Deus nos oferece a possibilidade de nos unirmos espiritualmente a Ele em qualquer tempo e condição e em qualquer lugar. Deus está sempre conosco. Entretanto, de que serve Deus estar perto de nós se nós estivermos longe Dele? Por isso em sua Bondade Infinita ele nos dá sua Onipresença e nós, com nossa Fé, podemos encontrá-lo sempre que quisermos.

- Deus é ONISCIENTE: Deus tudo sabe. A revelação é a maior prova da onisciência de Deus.

- Deus é ONIPOTENTE: Deus tudo pode. Algumas passagens revelam com exatidão esse atributo de Deus:
"Para os homens isto é impossível, mas para Deus tudo é possível". (Mt 19, 25-26)
"Pai, tudo Te é possível". (Mt 14, 36)

Quem não se sente pasmos, surpreso, arrebatados, maravilhados, com a observação de um céu estrelado e da imensidão do universo? Tais coisas nada mais são da que frutos da Onipotência Divina. Quem deu a vida a estes corpos celestes?

Às propriedades e forças? Quem lhes indicou o caminho e a finalidade? Baseando-se apenas nessa observação, como se pode recusar inserir-se na harmonia desejada pelo Todo-Poderoso?

04- Jesus Cristo

Jesus significa Deus Salva. Jesus nasceu em Belém, na Judéia, no ano 1 de nossa era. Sua mãe é Maria e seu pai adotivo José. Seus avós maternos foram Joaquim e Ana.

A palavra Cristo do latim Christus ou Christos é semelhante à palavra Messias (em hebraico), que significa Ungido. Portanto, Cristo significa Ungido do Senhor, aquele que recebeu a Unção com óleo. O derrame com óleo sobre a cabeça de alguém significava a consagração de um homem por Deus, como profeta, sacerdote e rei.

A vida de Jesus, seus ensinamentos, obras e palavras foram registradas nos Evangelhos (Evangelho vem do grego Evangelion e significa boa nova, boas notícias). É como foi chamada a mensagem de salvação e de redenção que Jesus trouxe ao mundo.

O estilo do ensinamento de Jesus

Na época de Jesus, a palavra escrita ainda não era facilmente disponível para a comunicação em massa. Então, tornava-se essencial que um mestre apresentasse seus ensinamentos de modo a serem claramente compreendidos e memorizados. Isto exigia que o mestre fosse ao mesmo tempo um poeta e um contador de histórias, e Jesus sem sombra de dúvidas, dominava ambos talentos.

As parábolas cheias de vida tirada da natureza ou essência humana são bem conhecidas e constituíram a principal forma de ensinamento de Jesus. Elas incitavam os ouvintes para pensar e descobrir diversos níveis de significados e aplicações.

Os principais ensinamentos

Dentro dos ensinamentos propostos por Jesus, existem dois temas predominantes: A Verdade e Realidade e A Compreensão da Pessoa de Jesus.

A Verdade e Realidade: A Realidade que Jesus veio proclamar tem sido traduzida em Reino; Jesus proclamou o Reino de Deus ou o Reino dos Céus. Não apenas proclamou, mas o inaugurou quando deixou claro que "Um novo estado de coisas nasceu para o ser-humano". Muitas foram às parábolas contadas sobre o Reino de Deus; dentre elas Jesus disse:

"O Reino dos Céus é como um mercador em busca de pérolas finas que, encontrando uma de grande valor, vai e vende tudo o que tem e a compra".

"O Reino de Deus não vem como sinais que possam ser observados, nem se poderá dizer: 'Eis o Reino aqui' ou 'Lá está o Reino', pois o Reino de Deus está no meio de vocês".

Com este tema, Jesus deixa evidente que temos que estar bem conosco mesmos com nossos irmãos e com Deus, pois senão não podemos viver no Reino dos Céus.

A Pessoa de Jesus: Jesus referiu-se a si mesmo como o Filho do Homem.
Essa expressão pode apresentar várias interpretações, mas pode ser compreendida como sendo uma intervenção pessoal de Deus nos assuntos humanos, não tanto através da figura de um mensageiro, mas sim como a do inaugurador de um estado de coisas entre os homens em que o Reino de Deus está efetivamente presente. Uma das passagens em que Jesus se refere ao Filho do Homem: "O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate de muitos".

05- Seguir Jesus: o preço


Os Evangelhos contém relatos de um período no qual Jesus passou no deserto em solidão voluntária e onde ele enfrentou e resistiu a diversas tentações. Se o próprio Filho de Deus sofreu tentações quanto mais nós as sofremos!

Entretanto, as tentações de Jesus podem ser vistas por nós como meios fáceis e mesquinhos de se estabelecer o Reino. Quando Jesus reconheceu as tentações como tal, ele viu-se face a face com o único caminho, o da entrega total, sem qualquer recompensa ou retorno: o caminho do Amor puro e sem sentimentalismo.

Jesus não oferecia nenhum atrativo fácil. O preço para ser seu discípulo não haveria de ser alto nem baixo, mas absoluto. Ele usou vários meios para transmitir esse fato simples: usou poemas, parábolas e falou diretamente aos seus discípulos, especificando qual seria o preço para si e, conseqüentemente, para eles.

Jesus era às vezes popular ou não. As autoridades de modo geral desconfiavam dele e o temiam. O povo de Israel não acreditou que Ele era de fato o Messias Prometido, pois esperava alguém glorioso e poderoso politicamente pai-a libertá-los dos romanos; queriam um Messias que lhes desse uma nação livre e poderosa.
Por outro lado; Jesus era movido pelo amor e pela vontade de Deus. O amor exigia uma reação amorosa aos sofrimentos do povo e Jesus com seu poder de cura era clamorosamente ansiado, requisitado. Ele curava porque o amor exigia e pedia aos que curava pai-a agradecerem a Deus e ficarem em silêncio.

Então, seguir Jesus é uma opção e a livre entrega de si é a única expressão de amor que existe; Jesus nos quer por inteiro, sem restrições, sem senão, sem porém. Algumas de suas palavras mostram as atitudes esperadas de um seguidor de Cristo:

"Se alguém esbofeteia sua face direita, volta-lhe também à esquerda; se alguém quer litigar com você para tirar-lhe a túnica, deixe-lhe também a camisa; se alguém o forçar a caminhar uma milha, ande com ele duas".

"Amem aos seus inimigos; façam o bem a quem os odeia; abençoem os que os maldizem; orem pelos que os injuriam".

"Aquele que não toma a sua cruz e me segue não é digno de mim".

Finalmente, analisando a vida de Jesus, constata-se que sua idéia-força, ou seja, o motivo de sua existência era a realização da vontade do Pai. As primeiras palavras de Jesus relatadas no Evangelho quando ele tinha doze anos e estava com os Doutores da Lei foram: "Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai?" (Lc 2, 49).

Jesus foi o homem mais autêntico e mais realizado que existiu sobre a face da Terra que fez a vontade do Pai e, portanto fez exatamente o que deveria fazer.

06- Santíssima Trindade

A Santíssima Trindade é um mistério de um só Deus em três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo.

Pai que é Deus, que é Amor: somente o Pai que ama respeita a liberdade de seu filho

Filho
que é Jesus Cristo: é o Deus visível que se fez homem, nascendo da Virgem Maria para cumprir a vontade de Deus de libertar os homens do pecado.
Jesus é Deus e as principais provas são:
a) O próprio Jesus diz-se Deus (Jo 10, 30 / 14, 7 e Lc 22, 67-70) .
b) Os milagres eram feitos pelo próprio Jesus, e não por meio de Jesus.

Espírito Santo que é o Amor do Pai e do Filho que nos é comunicado e transmitido. Segundo o CREDO, Jesus foi concebido pelo Poder do Espírito Santo, nascido da Virgem Maria. Maria foi então convidada a conceber Jesus e a concepção de Jesus foi obra do poder do Divino Espírito Santo: "O Espírito virá sobre Ti..." A missão do Espírito Santo está sempre conjugada e ordenada à do Filho, ou seja, toda a vida de Jesus manifesta a vontade do Pai que por sua vez é manifestada pelo Espírito Santo.

Um fato dos Evangelhos é que os Apóstolos estavam com muito medo após a morte de Jesus. Foi à descida do Espírito Santo sobre eles que os transformou radicalmente e deu coragem para que saíssem anunciando o Evangelho. O mesmo Espírito Santo que deu forças aos apóstolos e mártires é recebido no sacramento da Crisma, e aí está a importância deste sacramento no fortalecimento da Fé e na profissão do Cristianismo de cada um.

O Dogma da Santíssima Trindade

A Trindade é Una; não professamos três deuses, mas um só Deus em três Pessoas. Cada uma das três Pessoas é a substância, a essência ou a natureza divina, As pessoas divinas são distintas entre si pela sua relação de origem: o Pai gera; o Filho é gerado; o Espírito Santo é quem procede. Ou seja, ao Pai atribui-se a criação ao Filho atribui-se a Redenção e ao Espírito Santo atribui-se a Santificação.

Resumindo, o mistério da Santíssima Trindade é o mistério central da fé e da vida cristã. Só Deus pode nos dar a conhecer, revelando-se como Pai, Filho e Espírito Santo.

Pela graça do Batismo "Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo" somos chamados a compartilhar da vida da Santíssima Trindade, aqui na Terra na obscuridade de nossa fé e para além da morte, na luz eterna. Pela Confirmação ou Crisma, como o próprio nome diz, somos chamados a confirmar essa fé ora recebida para que, além de vivermos segundo a Palavra de Deus, darmos testemunho dela e levá-la por toda à parte.




Parte II

Analisemos nossas faltas, aprenda o que é a fé e porque devemos orar.

01- Bíblia

Hoje qualquer pessoa tem acesso ao Livro mais famoso do mundo: a Bíblia Sagrada. Ela já foi traduzida para todas as línguas (aproximadamente em 1685 idiomas).

A Bíblia foi escrita por partes e em diversas etapas. Começou a ser escrita, mais ou menos, pelo ano 1250 antes de Cristo - no tempo de Moisés - quando o faraó Ramsés II governava o Egito. A última parte da Bíblia foi escrita no final da vida do evangelista e apóstolo São João, por volta do ano 100 depois de Cristo. Portanto, foram necessários 1350 anos para a Bíblia ser escrita.

O Museu Britânico e a Biblioteca do Vaticano guardam as cópias mais antigas da Bíblia.

No tempo que foi escrita a Bíblia não existia papel como hoje, muito menos as máquinas impressoras. A Bíblia foi escrita à mão, e em diversos materiais, como cerâmica, papiro e pergaminho.

CERÂMICA: conhecida como a arte mais antiga da humanidade. O barro servia para fazer desde vasos, até chapas, nas quais se escrevia. Muitos textos bíblicos foram escritos nesses " tijolos".

PAPIRO:
planta originária do Egito. Nascia e crescia espontaneamente às margens do Rio Nilo, chegando até a altura de 4 metros. Do Egito o papiro passou para a Síria, Sicília e Palestina (onde foi escrita a Bíblia). Do papiro era feita uma espécie de folha de papel para nela se escrever. Seu caniço era aberto em tiras e prensado ainda úmido. O papiro era ainda usado na fabricação de barcos e cestos. Dizem que 3.000 a.C os egípcios já escreviam no papiro. Tais folhas eram escritas só de um lado e depois guardadas em rolos. Daí que veio a palavra BÍBLIA. A folha tirada do caule do papiro chamava-se BIBLOS.

BIBLOS = Livro (plural de Biblos = BÍBLIA)
BÍBLIA = os livros ou coleção de livros

PERGAMINHO: feito de couro curtido de carneiro. Começou a ser usado como "papel" na cidade de Pérgamo, pelo rei Éumens II 200 a.C. Pérgamo era uma importante cidade da Ásia Menor. Os egípcios, com inveja da grande importância da biblioteca de Pérgamo, não quiseram mais vender papiro para os moradores daquela cidade. Por isso, o rei de Pérgamo se viu obrigado a usar outro material para a escrita, que foi a pele de ovelha. O pergaminho se espalhou rapidamente para outras regiões.

Os pergaminhos, assim como as folhas de papiro, não eram "encadernados" num livro como fazemos hoje. Os antigos ligavam umas folhas às outras e faziam "rolos".


02- Como a Bíblia está dividida e em que língua foi escrita?

A Bíblia divide-se em duas (2) grandes partes: Antigo Testamento (AT) e Novo Testamento (NT).

ANTIGO TESTAMENTO: é formado por 46 livros escritos antes de Cristo. Todo o Antigo Testamento foi escrito em hebraico ou aramaico, menos o Livro da Sabedoria, I e II Macabeus e trechos dos Livros de Daniel e de Ester, que foram escritos em grego.

NOVO TESTAMENTO: formado por 27 livros que contam a vida de Jesus e a formação da Igreja. O Novo Testamento foi escrito em grego, menos o Evangelho de São Mateus que foi escrito em aramaico.

O hebraico era uma língua do Povo Hebreu ou Povo de Deus. Era especialmente religiosa;

O aramaico era uma língua usada no meio diplomático.

No tempo de Jesus já não se usava mais o hebraico e sim o aramaico



Na Bíblia a palavra TESTAMENTO tem o sentido de ALIANÇA - ANTIGA ALIANÇA e NOVA ALIANÇA.

Toda a Bíblia gira em torno da Aliança que Deus fez com seu povo.

ALIANÇA - é um contrato muito especial. Um pacto de amor entre as pessoas. Um compromisso de fidelidade entre Deus e os homens.

- No Antigo Testamento essa Aliança foi selada com um sinal visível. Ex: Decálogo - Dez Mandamentos.

A Aliança foi gravada na pedra e selada com o sangue dos animais.

No Novo Testamento a Nova Aliança é gravada no Espírito e selada com o Sangue de Jesus. A Nova Aliança ao contrário da Antiga Aliança que era feita somente com o Povo de Israel, é uma Aliança Universal, aberta a todos os homens que aceitam a proposta da Salvação trazida por Jesus.

A Antiga Aliança é a promessa; a Nova é a sua realização. Cristo é a plena realização da Antiga e Nova Alianças. Ele é o "Alfa" e o "Ômega" (Alfa e Ômega são a primeira e a última letra do alfabeto grego). Significa que Jesus é o começo e fim de todas as coisas.

A Bíblia é um livro de volume único, que reúne muitos assuntos diferentes. A cada um desses assuntos dá-se o nome de Livros. Exemplo: há um trecho da Bíblia que fala da saída do povo de Deus do Egito - Livro do Êxodo (a palavra Êxodo significa saída).

DE ONDE É TIRADO O NOME OU O TÍTULO DO LIVRO: O nome é tirado de diversos lugares e de vários modos:

- assunto contido no Livro. Ex: Livro da Sabedoria;

- nome do autor do Livro. Ex: I Carta de São Pedro;

- nome da comunidade para a qual o Livro foi escrito. Ex: Carta aos Romanos;

- nome do personagem central em torno do Livro. Ex: Livro de Josué.

03- Bíblia, o Livro inspirado por Deus

O principal Autor da Bíblia é DEUS. Os escritores sagrados (homens) registraram suas experiências de fé e de vida, inspirados por Deus. Antes desses Livros serem registrados - TRADIÇÃO ESCRITA - tais experiências eram passadas oralmente de geração em geração - TRADIÇÃO ORAL.

Toda a Escritura é inspirada por Deus
e útil para ensinar e para convencer, para corrigir
e para educar na justiça, a fim de que o homem
de Deus seja perfeito e preparado para as boas obras." (2 Tm 3, 16-17)".

HAGIÓGRAFO: é aquele que escreve a Palavra de Deus. Ele é inspirado pelo Espírito Santo.

Quando falamos em Livros Inspirados, entendemos aqueles Livros que formam a Bíblia Sagrada. São os 73 Livros, reconhecidos oficialmente pela Igreja como tais. São chamados Livros Canônicos. Essa inspiração para escrever Livros da Bíblia já foi encerrada no tempo dos Apóstolos. Agora não se acrescenta mais nenhum Livro.

LIVROS APÓCRIFOS: São os Livros não inspirados. Também não quer dizer que sejam falsos. São até piedosos e edificantes. Seus escritos estão misturados com lendas e muita imaginação. Não fazem parte dos Livros Canônicos.

Precisamos ter bem claro que os escritores da Bíblia eram pessoas simples, diferentes dos gregos e latinos, que eram desenvolvidos na filosofia e usavam uma linguagem racional. O povo de Deus usava uma linguagem bem concreta, personificando seu pensamento.

Ex: "humanidade" = carne (Gn. 6, 12); Para dizer que a mulher tinha a mesma natureza humana do homem, Adão se expressou com esta linguagem: (Gn 2,23) - "Eis agora aqui, o osso de meus ossos e a carne da minha carne".

Quem não leva em conta essas coisas próprias da língua do povo que escreveu a Bíblia, não vai entender a Palavra de Deus.


Os orientais gostavam muito de usar provérbios. Recorriam as hipérboles (expressões exageradas).

Ex: "É mais fácil um camelo passar no fundo de uma agulha, do que um rico entrar no reino dos céus".( Mt. 19, 24).

Outra coisa que precisamos entender são os "HEBRAÍSMOS", ou seja, certas expressões próprias da língua hebraica que não tem tradução em outras línguas. Ex: alguém ama uma pessoa mais que a outra - ama uma pessoa e odeia a outra (Lc. 14, 26).

Precisamos notar também a palavra "IRMÃO". No hebraico não existem as palavras "primos, tio, tia, sobrinhos, etc." Qualquer parentesco usa-se a palavra Irmão.

Ex: Mt. 13, 55-56; Mt. 12, 48; Gn. 11, 27-28; Gn. 13, 8

04- Formas literárias da Bíblia 


Para entendermos qualquer Livro da Bíblia, precisamos saber a que gênero literário pertence, ou seja, a forma de literatura usada para escrever. Forma literária é o conjunto de regras e expressões usadas para escrever tal tipo de Livro. Os gêneros literários que se encontram na Bíblia são os seguintes:

Tratados Religiosos: Com aparência de narração histórica, apresentam verdades religiosas. Não podem ser entendidos como história propriamente dita. Ex. Gn. 1 a 11.

História Popular: é quando mistura um pouco de história verdadeira com elementos de fantasia. Trata-se de um modo de ensinar a religião.

Histórias Descritivas: Possui uma finalidade religiosa, mas os personagens e os fatos são todos verdadeiros, documentados pela história.

Gênero Didático: São Livros que trazem instruções religiosas ou morais. Fazem recomendações e dão orientações de vida.

Gênero Profético: Apresentam a Palavra de Deus através dos profetas, que advertem, repreendem e encorajam o Povo de Israel diante da realidade em que vive.

Gênero Apocalíptico: São visões proféticas sobre a sorte do Povo de Deus.

Gênero Poético: Apresenta a Palavra de Deus à maneira de poesia, usando, portanto, de maior liberdade e recurso literário.

Gênero Jurídico: é a Palavra de Deus apresentada sob a forma de Lei. É um modo de escrever bem diferente daquele usado na poesia.

Gênero Epistolar: "Epistola" é uma palavra latina que significa carta. O gênero epistolar traz a Palavra de Deus à maneira de Cartas dirigidas a certas comunidades ou pessoas.


05- O significado dos números na Bíblia 

Na mentalidade dos povos antigos, os números tinham um sentido simbólico. Muitas vezes significavam qualidade e não quantidade. Os orientais não sabiam falar sem recorrer ao simbolismo dos números e dos provérbios. Assim, por exemplo, para dizer que uma pessoa era virtuosa e abençoada por Deus, a Bíblia diz que tal pessoa viveu uma grande soma de anos.

Os números ímpares eram sempre mais perfeitos que os pares. Pelo fato de serem mais facilmente divisíveis, os números pares eram inferiores, pois davam a idéia de coisa fraca. Os números simbólicos mais freqüentes na Bíblia são: UM, TRÊS, SETE DEZ e DOZE. O Dez e o Doze não são ímpares, mas tinham uma razão especial para entrar na lista dos números simbólicos.

UM: era o número perfeito por excelência, por ser o primeiro ou origem dos outros números.

TRÊS: era número perfeito por ser o primeiro composto de ímpar, e por representar o triângulo, que era uma figura perfeita, com três faces iguais.

SETE: o mais significativo na linguagem bíblica. Começa por isto: Deus fez o mundo em sete dias (Gn. 1, 1-31; 2, 1-2). Indicava perfeição e totalidade.

Quando Pedro perguntou a Jesus se deveria perdoar o irmão até sete vezes, o Senhor respondeu-lhe: - "Não te digo até sete, mas até setenta vezes sete" (Mt. 18,21-22). O perdão deve ser completo - infinitamente.

DEZ: entrou na lista dos números perfeitos, apesar de não ser ímpar, porque dez são os dedos das mãos. E essa era a maneira primitiva de se contar.

DOZE: era um número simbólico porque o ano divide-se em 12 meses. Indica plenitude e perfeição. As tribos de Israel eram doze (Gn 35, 22-26). Os Apóstolos eram doze (Mt 10,1-5). O número dos eleitos era 144 mil, sendo doze mil de cada uma das tribos de Israel (Ap.7,4-8).

CONTINUAÇÃO

06- O nome de Deus na Bíblia

Quando Jesus nasceu, foi-lhe dado um nome. Antes disso, não se encontra na Bíblia nenhum lugar onde se dê um nome a Deus. Mesmo quando Moisés perguntou a Deus qual era o Seu Nome, Deus não lhe disse qual o Seu Nome. Mas usou de expressão em lugar do nome.

Para o Povo de Deus o nome não era apenas uma palavra externa com a qual chamamos alguém. O nome possuía um conteúdo interior. Deveria significar aquilo mesmo que a pessoa era no íntimo de seu ser. Daí a dificuldade de se chamar Deus por um nome. Quem poderia penetrar o íntimo divino?

Na Bíblia encontramos certas expressões que designavam a Pessoa Divina. Eis as mais conhecidas:

Elôhim: é o plural de "El". O SENHOR.

ADONAI: quer dizer MEU SENHOR ou MEU DEUS.

ELYON: significa a parte mais alta de um lugar. É usada para dizer O DEUS ALTÍSSIMO.

SADDAI: palavra que significa O TODO PODEROSO.

JAVÉ: (Jaheweh) quer dizer: EU SOU AQUELE QUE SOU.

Jeová: é uma tradução errada de "Yahweh".Os judeus tinham excesso de respeito com o nome de Deus. O segundo mandamento do Decálogo (10 mandamentos) não permitia que se pronunciasse o nome de Deus em vão. Então por medo de usar indevidamente um nome tão sagrado, os judeus passaram a escrever "Javé" somente com as quatro consoantes, sem as vogais. Então ficou YHWH. Mais tarde, colocaram as vogais da palavra Adonai e surgiu " Yehowah" ( Jeová ) em lugar de Yaheweh ( Javé ). Quer dizer DEUS.

07- Como estão agrupados os livros na Bíblia 
ANTIGO TESTAMENTO - 46 Livros
Pentateuco
Livros históricos
Livros sapienciais
Livros proféticos
1. Gênesis - Gn
1. Josué - Js
1. Jó - Jo
1. Isaias - Is
2. Êxodo - Ex
2. Juízes - Jz
2. Salmos - Sl
2. Jeremias - Jr
3. Levítico - Lv
3. Rute - Rt
3. Provérbios - Pr
3. Lamentações - Lm
4. Números - Nm
4. I Samuel - I Sm
4. Eclesiastes - Ecl
4. Baruc - Br
5.Deuteronômio - Dt
5. II Samuel - II Sm
5. Cânt. dos Cânticos - Ct
5. Ezequiel - Ez

6. I Reis - I Rs
6. Sabedoria - Sb
6. Daniel - Dn

7. II Reis - II Rs
7. Eclesiástico - Eclo
7. Oséias - Os

8. I Crônicas - I Cr

8. Joel - Jl

9. II Crônicas - II Cr

9. Amós - Am

10. Esdras - Esd

10. Abdias - Ab

11. Neemias - Ne

11. Jonas - Jn

12. Tobias - Tb

12. Miquéias - Mq

13. Judite - Jt

13. Naum - Na

14. Ester - Est

14. Habacuc - Hab

15. I Macabeus - I Mc

15. Sofonias - Sf

16. II Macabeus - II Mc

16. Ageu - Ag



17. Zacarias - Zc



18. Malaquias - Ml

NOVO TESTAMENTO - 27 Livros
Evangelhos
Escritos de Lucas
Cartas de São Paulo
Epístolas Católicas
Escritos de João
1. Mateus - Mt
1. Atos dos Apóstolos - At
1. Romanos - Rm
1. Tiago - Tg
1. Apocalipse - Ap
2. Marcos - Mc

2. I Coríntios - ICor
2. I Pedro - I Pd

3. Lucas - Lc

3. II Coríntios - II Cor
3. II Pedro - II Pd

4. João - Jo

4. Gálatas - Gl
4. I João - I Jo



5. Efésios - Ef
5. II João - II Jo



6. Filipenses - Fl
6. III João - III Jo



7. Colossenses - Cl
7. Judas - Jd



8. I Tessalonicenses - I Ts




9. II Tessalonicenses - II Ts




10. I Timóteo - I Tm




11. II Timóteo - II Tm




12. Tito - Tt




13. Filemôn - Fm




14. Hebreus - Hb




Pentateuco


É uma palavra grega que significa "cinco livros". O Pentateuco reúne os cinco primeiros livros da Bíblia. O Pentateuco era também chamado de Torá = Lei.

Gênesis: palavra grega que significa origem. Narra as origens do mundo e do homem e a formação do Povo de Deus e a história dos Patriarcas.

Êxodo: palavra latina, que significa saída. Trata da saída do Povo de Deus do Egito, a passagem pelo Mar Vermelho; fala dos Dez Mandamentos e a caminhada do Povo à Terra Prometida.

Levítico: Levi era um dos doze descendentes de Jacó. É um Livro que trata das leis sobre o culto divino.

Números: chama-se Números por causa dos recenseamentos e séries de números neles contidos. Narra a parte final da caminhada do Povo de Deus pelo deserto, do Sinai até a Terra de Canaã.Fala das lutas que os israelitas enfrentaram perante os povos que ocupavam as fronteiras da Palestina ou Terra Prometida.

Deuteronômio: Deuteronômio quer dizer Segunda Lei. São Leis que deveriam ser obedecidas quando o Povo entrasse na Terra Prometida.



Livros Históricos 


Contam a história do Povo de Deus. Uma história feita de bênçãos e de castigos, mostrando sempre a fraqueza do homem e a misericórdia de Deus. Essa história tem como cenário a Palestina e os períodos de exílio nas terras pagãs.

- Josué: Com a morte de Moisés, Josué conduz o Povo de Israel até Canaã. O Livro narra a conquista da Terra Prometida.

- Juízes: Depois da morte de Josué até a Constituição do Reino, as Tribos de Israel eram invadidas por povos inimigos. Então certos líderes defendiam o povo. Tais chefes eram chamados de Juízes. Não se sabe quem escreveu este Livro.

- Rute: Conta a história de Rute, que se casa com Booz. Rute é modelo de piedade e de fidelidade. Ela se torna bisavó do rei Davi. Rute era estrangeira – maobita – por isso é sinal de que a salvação de Deus se estende a todos os povos.

- I Samuel: Foi o último Juiz de Israel. Foi também um grande Profeta. Consagrado a Deus desde a infância, foi educado pelo sacerdote Eli. Pelo ano de 1200 a.C Samuel unifica as Tribos de Israel para poder enfrentar os filisteus. Como chefe político e religioso, unge Saul como Rei de Israel.

- II Samuel: O Livro de Samuel foi dividido em dois. Este segundo Livro narra o reinado de Davi.

- I Reis: Conta a história dos israelitas depois da morte do rei Davi (970 a.C) até a destruição de Jerusalém e a deportação do Povo de Israel por Nabucodonosor, no ano 587 a.C.

- II Reis: Este Livro narra a história dos reis de Israel e Judá, mostrando os desígnios de Deus.

- I Crônicas: Também chamado de “Paralipômenos”, formavam uma só obra com os Livros de Neemias e de Esdras.

- II Crônicas: Mostram o culto e a fidelidade do povo de Israel à Aliança.

- Esdras: É a continuação do Livro das Crônicas. Supõe-se que o autor seja o mesmo. Conta a restauração religiosa de Israel em 538 a.C, quando Ciro, rei da Pérsia, autorizou a volta dos judeus para Jerusalém.

- Neemias: Forma um só Livro com Esdras. Assim que os judeus regressaram a Jerusalém, começaram a reconstrução do Templo e do Muro de Jerusalém.

- Tobias: Tobias é exemplo de um israelita justo. É um Livro que mostra a fé e a piedade deste jovem.

- Judite: Mostra que a fé e a confiança em Deus são mais forte que um exército armado.Judite é a jovem israelita fiel a Lei. Ela defende seu povo, acreditando na bondade de Deus.

- Ester: Forma uma unidade com o Livro de Judite. Ambos tem a mesma finalidade. A rainha Ester era esposa de Assuero, rei da Pérsia. E ela intercede e salva seu povo, os judeus estabelecidos na Pérsia, onde eram duramente hostilizados.

- I Macabeus: Abrange um período de 40 anos. Conta a lutas empreendidas pelos Macabeus contra os generais sírios, em defesa de Jerusalém. “Macabeu” quer dizer “martelo”. Eram 5 irmãos, filhos do sacerdote Matatias.

- II Macabeus: Foi escrito aproximadamente no ano 100 a.C. Mostra a crença na imortalidade da alma.

Livros Sapienciais 

Falam da sabedoria dos homens e da experiência do amor de Deus na vida da comunidade. Estes Livros contêm orações, cânticos e poesias, escritos e vividos à luz da fé.

- Jó: Apresenta o problema do sofrimento num estilo poético. Esse Livro trata-se, provavelmente, de uma parábola.

- Salmos: Salmos quer dizer “Louvores”. São poesias para serem cantadas. Ao todo são 150 salmos. Boa parte foi composta pelo rei Davi.

- Provérbios: Parte deste Livro foi escrita pelo rei Salomão – filho do rei Davi. O autor fala de um Deus criador e justo, misericordioso e inefável.

- Eclesiastes: Não se sabe ao certo quem o escreveu. Mostra a instabilidade e a insegurança da vida presente, mas também muitas coisas boas que vem de Deus.

- Cântico dos Cânticos: Significa: “O canto por excelência” ou “O mais belo dos cânticos”. É um cântico de amor, bem no estilo oriental. Toma como exemplo o amor do esposo e da esposa, mas quer mostrar o amor de Deus com o seu Povo, com quem fez uma Aliança.

- Sabedoria: Foi escrito por um judeu que morava no Egito. O nome do autor não se sabe. Fala da imortalidade da alma e do destino eterno do homem.

- Eclesiástico: Conhecido também como “Sirac”. Foi escrito mais ou menos no ano 120 a.C. Mostra o valor estável da Lei de Deus.

Livros Proféticos

Profeta não é uma pessoa que prevê o futuro, mas uma pessoa que fala em nome de Deus.

- Isaías: É o maior profeta de Israel. Nasceu em Jerusalém por volta do ano 760 a.C. Com 20 anos começou a profetizar. Exerceu essa missão durante 50 anos. É o profeta da Justiça.

- Jeremias: Nasceu no ano 650 a.C. Profetizou durante quarenta anos. Foi o profeta das desgraças. Predisse a deportação dos judeus. Jeremias lutou pela reforma religiosa de Israel.

- Lamentações: Composto nos anos após a destruição de Jerusalém, em 586 a.C. Contém orações, lamentações e súplicas. Este Livro era lido anualmente pelos judeus, no aniversário da destruição do Templo.

- Baruc: O profeta exorta o povo a fazer penitência. Baruc quer dizer “abençoado”. Foi secretário de Jeremias.

- Ezequiel: Ezequiel quer dizer “aquele que Deus faz forte”.Exerceu sua função no meio dos judeus deportados para a Babilônia.

- Daniel: O autor do Livro é desconhecido. Daniel é o nome do personagem ideal que sofre no exílio. Tem fé viva e ardor patriótico. Foi escrito durante a perseguição de Antíoco, entre 167-163 a.C. O autor pretende consolar e animar os que são perseguidos pelo rei.

- Oséias: Exerceu seu ministério por volta do ano 750 a.C. Fala da infidelidade de Israel para com seu Deus, e compara a união de Deus com seu povo ao amor de um noivado. É o profeta da Ternura de Deus. É chamado de Profeta Menor.

- Joel: Profetizou no reino de Judá e Jerusalém, onde nasceu. Fala do culto divino e do amor Divino. É chamado de Profeta Menor.

- Amós: Era camponês, de alma simples e fervorosa.Pastor de ovelhas nas proximidades de Belém. Profetizou durante o reinado de Jeroboão II. Amós condenou as injustiças sociais que massacraram a Samaria. É chamado de Profeta Menor.

- Abdias: Profetizou pelos anos 550 a.C. Anunciou castigos contra Edom e o triunfo de Israel no dia de Javé. É chamado de Profeta Menor.

- Jonas: O Livro deve ser uma espécie de parábola. Mostra que Deus chama à conversão, não somente os judeus, mas também os pagãos. É chamado de Profeta Menor.

- Miquéias: Nasceu perto de Hebron. Anunciou a ruína da Samaria. Predisse que o Messias nasceria em Belém. É chamado de Profeta Menor.

- Naum: O profeta fala da grandeza de Deus e do poder com que o Criador governa o mundo. Alegra-se com a queda de Nínive, que se deu no ano 608 a.C. É chamado de Profeta Menor.

- Habacuc: Profetizou entre os anos 625 a 598 a.C. Predisse a invasão dos caldeus. Foi um profeta filósofo. Anunciou que Deus salvaria os justos e puniria os maus. É chamado de Profeta Menor.

- Sofonias: Profetizou no reinado de Josias pelo ano de 625 a.C. Predisse a justiça divina, anunciando o Dia de Deus, ocasião em que serão punidos todos os maus, pagãos ou judeus. Fala também da felicidade dos tempos messiânicos. É chamado de Profeta Menor.

- Ageu: Exerceu seu ministério em Jerusalém no ano de 520 a.C, quando era reconstruído o templo. Anima o povo com esperança dos tempos messiânicos. Ageu quer dizer “aquele que nasceu durante a festa” ou “peregrino”. É chamado de Profeta Menor.

- Zacarias: É contemporâneo de Ageu. Prega uma reforma moral e exorta o povo a reconstruir o templo. Fala da vinda do Messias e da conversão das nações. É chamado de Profeta Menor.

- Malaquias: Malaquias quer dizer “meu mensageiro” Fala do amor de Deus pelo seu povo. Denuncia as infidelidades do povo. É chamado de Profeta Menor.

Evangelho

O Evangelho é um só.

Quando falamos em quatro Evangelhos, estamos nos referindo às quatro redações do mesmo Evangelho, feita por quatro Evangelistas diferentes e datas diversas.

É neste sentido que podemos dizer Evangelho de São Mateus, São Marcos, São Lucas e São João.

Os três primeiros são mais semelhantes entre si. Narram quase sempre os mesmos fatos.

Por isso, são chamados SINÓTICOS.



Os Evangelistas não pretendem escrever uma biografia de Jesus. Seu objetivo principal é provar que em Jesus, cumpriram-se todas as profecias a respeito do Messias. Por isso, a preocupação dos Evangelistas é mostrar a divindade de Jesus e a Sua missão divina. O conteúdo principal da pregação de Jesus é o “Reino de Deus”.

EVANGELHO - Boa Nova ou Boa Notícia.

Mateus: é representado pela figura de um Homem, porque começou a escrever seu Evangelho dando a genealogia de Jesus. Mateus é um nome hebraico que significa “dom de Deus”. Mateus era cobrador de impostos em Cafarnaum, por isso se intitulava “Mateus o publicano”. Era também chamado Levi. Foi convidado pessoalmente por Jesus para ser discípulo. O Evangelho de Mateus é dirigido aos judeus convertidos e quer mostrar que Jesus de Nazaré é o herdeiro das promessas feitas por Deus a Davi. Portanto, Jesus é o Messias anunciado pelos profetas.



 
Marcos: é representado pela figura de um Leão, porque começou a narração de seu Evangelho no deserto, onde mora a fera Era também chamado de João Marcos. Marcos era primo de Barnabé e discípulo de Pedro. Redigiu o Evangelho a partir das pregações de Pedro. Põe em evidência os milagres de Jesus, pois pretende mostrar a bondade do Senhor e a sua divindade. Seu Evangelho se dirige aos cristãos vindos do paganismo (gregos e romanos).



 
Lucas: é representado pelo Touro, porque começa o Evangelho falando do templo, onde eram imolados os bois. Lucas nasceu em Antioquia da Síria, de família pagã. Converteu-se por volta do ano 40. Estudou Medicina. Não foi discípulo de Jesus, mas de Paulo. Lucas escreveu o Evangelho como historiador. Talvez pelo ano 67 d.C. Dirige seu Evangelho aos cristãos de origem pagã (gregos e romanos). O objetivo de seus escritos é o fortalecimento na fé. É o evangelista que mais fala do nascimento e da infância de Jesus. Dá destaque especial a misericórdia de Deus.



 
João: é representado pela Águia, por causa do elevado estilo de seu Evangelho, que fala da Divindade e do Mistério Altíssimo do Filho de Deus. É filho de Zebedeu e Salomé. Era pescador do Mar da Galiléia, por onde Jesus passou e o chamou para ser Apóstolo, juntamente com Tiago, seu irmão. João era chamado o “discípulo amado”. Começou a seguir Jesus quando tinha 19 anos e foi testemunha de toda a missão do Senhor.Fala da “vida eterna” como realidade já presente na terra, na Pessoa de Jesus. João escreve aos cristãos.




Atos dos Apóstolos

Conta como tiveram origem e como eram as primeiras comunidades da Igreja. Mostra as lutas e dificuldades da Igreja nos seus primeiros anos. Destaca, logo no início a pregação e o testemunho dos Apóstolos sobre a Ressurreição do Senhor.

O Livro dos Atos é uma continuação do terceiro Evangelho (Lucas) As duas personagens de destaque no Livro dos Atos são os Apóstolos Pedro e Paulo. O livro dos Atos salienta a ação do Espírito Santo na vida da Igreja. Foi escrito entre os anos 70 a 80 d.C. Apresenta a experiência vivida pela Igreja primitiva, com aqueles quatros pontos fundamentais para a vida da Igreja:

- Quérigma: é o primeiro anúncio do Evangelho ou chamado à conversão.

- Catequese: educação na fé ou aprofundamento no conhecimento da Palavra de Deus.

- Vida em Comunidade: experiência muito forte onde partilhavam os bens, a oração era em comum e a participação na Eucaristia.

- Missão: Missão Apostólica – exercício do poder que os Apóstolos receberam de Jesus.

Epístolas

São 21 as Cartas ou Epístolas. As 14 primeiras são chamadas Epístolas Paulinas; as 7 restantes, chamadas Epístolas Católicas.

EPÍSTOLAS PAULINAS:

Romanos: Carta que São Paulo escreveu a uma Comunidade Cristã de Roma, no ano de 57 d.C. Fala das conseqüências do pecado e que o homem é salvo pela fé em Jesus Cristo, por pura misericórdia de Deus.

- I Coríntios: São Paulo escreveu de Éfeso aos cristãos da cidade de Corinto, no ano 55 d.C, para repreende-los quanto aos abusos e disputas que surgiram na comunidade. Prega a humildade, inspirada na cruz de Jesus. Recomenda a caridade

- II Coríntios: Seis meses depois São Paulo escreve a segunda carta. Manifesta suas tribulações e esperanças.

- Gálatas: Escreveu nos anos 48 ou 56 d.C a uma comunidade da Galácia, para resolver problemas surgidos por causa dos judeus convertidos, que quiseram impor sua lei judaica aos cristãos vindos do paganismo.

- Efésios: Escreveu quando estava preso em Roma, nos anos 61 a 63 d.C. Recomenda unidade dos cristãos.

- Filipenses: Também estava preso. A carta tem um cunho muito pessoal. Manifesta alegria e afetividade.

- Colossenses: Fala do mistério de Cristo e da Igreja e acrescenta uma série de conselhos morais aos cristãos que vivem uma vida nova em Jesus Cristo.

- I Tessalonicenses: é a carta mais antiga que São Paulo escreveu. Foi por volta do ano 50 d.C. Fala da alegria que sente ao saber da felicidade deles e de poder contar com seu progresso espiritual.

- II Tessalonicenses: Adverte os fiéis a respeito das falsas idéias sobre a volta gloriosa de Jesus.

- I Timóteo: É uma carta dirigida aos bispos aos quais São Paulo dá normas de pastoral. Timóteo é seu discípulo e companheiro de viagem.

- II Timóteo: Dá normas de vida para homens, mulheres, diáconos e Bispos. Fala também como devemos tratar as viúvas, os anciãos e os escravos.

- Tito: Tito é um grego, colaborador de Paulo. Nesta carta orienta a respeito de como organizar as comunidades cristãs na ilha de Creta.

- Filemôn: é uma carta curtinha. Dirigida a um cristão rico de Colossos, cujo escravo fugitivo tinha vindo procurar proteção junto a Paulo. Pede que perdoe o escravo arrependido e convertido ao cristianismo.

- Hebreus: Talvez esta carta não tenha sido escrita por Paulo. As idéias são suas, mas o estilo é bem diferente. É dirigida aos judeus que receberam o batismo e sofrem por deixar o templo e a sinagoga.

EPÍSTOLAS CATÓLICAS (católica significa “universal”)

- Tiago: Também chamado de “irmão do Senhor” é o Tiago Menor, filho de Alfeu. Foi bispo de Jerusalém. A carta tem a espiritualidade do Sermão da Montanha. Traz conselhos para a vida moral. Recomenda a prática da caridade, da justiça e da piedade.

- I Pedro: Fala da alegria do cristão e da unidade de todos os batizados em Jesus Cristo. Dirigida aos cristãos que sofrem por causa da fé, esta carta lembra a importância da cruz de Cristo e exorta todos a uma vida de santidade.

- II Pedro: O conteúdo é semelhante à Carta de Judas. Rejeita as doutrinas pregadas por falsos profetas de vida corrupta. É uma exortação à fidelidade a Cristo e ao amor de Deus, lembra a vinda de Jesus.

- I João: As três cartas que seguem foram escritas pessoalmente pelo Apóstolo e Evangelista São João. Na primeira carta, João fala que Deus é Amor e Luz. Por isso, o cristão deve se comportar como filho da Luz, fugindo do pecado.

- II João: Dirigida a uma comunidade da Ásia, é uma exortação a caminhar na verdade e no amor.

- III João: Dirigi-se a um certo “Gaio”, a quem elogia suas virtudes.

- Judas: Foi escrita, talvez em Jerusalém pelo ano 65 d.C. Ela põe os fiéis de alerta perante falsas doutrinas e falsos mestres.

Apocalipse

Significa “revelação” Trata-se de um Livro profético. Foi escrita às Sete Igrejas (Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia) da Ásia Menor, por volta do ano 100 d.C, por São João Evangelista, quando estava exilado na ilha de Patmos.

Naquela época tais Igrejas passavam por dura provação – perseguição religiosa. Muitos cristãos sentiam-se desanimados e até desesperados.

É para esses cristãos que João escreve o Apocalipse. Trata-se de uma mensagem sobrenatural, transmitida de maneira misteriosa e simbólica, por causa do clima de perseguição.


08- Como manusear a Bíblia?

Para manusear a Bíblia é necessário seguir alguns passos:

a) Saber o Nome ou o Título do Livro - ver se o Livro está no Antigo ou no Novo Testamento;

(oriente-se pelo índice). No índice, verificar a abreviatura do Livro.

b) Número do Capítulo está sempre em tamanho grande, no início do capítulo do Livro.

c) Número do versículo está sempre em tamanho menor, espalhado pelo meio do texto.

d) Entre o número do capítulo e do versículo vai sempre uma vírgula.

e) Se o texto abranger mais de um versículo, então separa-se a seqüência dos versículos por um traço.

Ás vezes encontramos um “s” ou dois “ss” depois do versículo. Quer dizer “versículo seguinte” ou “versículos seguintes”.

Ás vezes encontramos um “a” ou um “b” após o versículo. Indicam se é a primeira ou a segunda parte do versículo. Isso acontece quando o versículo é formado por uma ou mais frases.

Portanto, se lê:

EVANGELHO DE SÃO MATEUS, CAPÍTULO 4, VERSÍCULOS DE 23 À 25.


09-Qual a diferença entre a Bíblia católica e a Bíblia “protestante”
Existe uma diferença quanto ao número de Livros. O Novo Testamento da Bíblia evangélica e o nosso são iguais = 27 Livros. Mas o Antigo Testamento da Bíblia evangélica ou protestante não possui 7 Livros que fazem parte da Bíblia Católica.

A Bíblia dos evangélicos não possui o Livro de Judite, Tobias, Sabedoria, Eclesiástico, Baruc, I Macabeus e II Macabeus. Além disso, o Livro de Daniel na Bíblia protestante, não tem os capítulos 13 e 14, e os versículos 24 a 90 do capítulo 3. Não tem também os capítulos 11 a 16 de Ester.

EXPLICAÇÃO:

Os judeus eram radicalmente nacionalistas. Por isso, achavam que Deus só poderia inspirar os Livros escritos na língua dos judeus, que era o hebraico e o aramaico. Achavam também que a Palavra de Deus só poderia ser escrita dentro do território de Israel, e até o tempo de Esdras.

Quando os judeus começaram a ser espalhar pelo mundo, logo após a destruição de Jerusalém (ano 70 d.C), eles mesmos viram a necessidade de traduzir o Livro Sagrado para o grego, que era a língua mais universal daquela época. E, nessa tradução foram incluídos esses 7 Livros (que estavam escritos em grego). Foi daí que surgiram as discussões. Os fariseus que zelavam pela pureza e conservação das escrituras Sagradas não quiseram aceitar esses 7 Livros como inspirados por Deus. Isso não quer dizer que tanto uma como a outra não são verdadeiras. Todas as duas são Palavra de Deus.

Crisma - Sacramentos

01- Função dos Sacramentos

Em primeiro lugar, vamos falar da função dos Sacramentos em nossa vida.

Na teologia (ciência que trata de Deus e das relações do homem com Deus) encontramos três campos:

1º campo: É o das verdades que devemos crer (FÉ).
Verdades reveladas por Deus por meio de seus profetas e, especialmente por meio do seu Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo e dos seus Apóstolos e pela Igreja.

2º campo:
O que devemos fazer à luz do que cremos (AGIR).
A fé não deve ser passiva. Se nossa fé for verdadeira, levar-nos-á a agir.

3º campo: As ajudas que Deus nos dá para podermos crer eagir (SACRAMENTOS).
Quando a Lei do Amor chora com o egoísmo da nossa natureza humana, não devemos nos desanimar, pois através dos Sacramentos temos os meios que Deus aplica a sua Graça.

Sabendo agora a função dos Sacramentos em nossa vida espiritual vamos falar o que são os Sacramentos.

02- Sacramentos
A definição exata de Sacramento é: "Um sinal visível e eficaz da graça, instituído por Jesus Cristo, para nossa santificação".

Podemos dividir em três partes:

1º Um sinal sensível

2º Instituído por Jesus Cristo

3º Graça

1º Um sinal sensível
Constitui a parte material do Sacramento. Nos sinais que constituem a parte material de um sacramento, temos dois elementos: O primeiro é o objeto material que se utiliza, que denominamos matéria do Sacramento; por exemplo: água no Batismo, óleo na Crisma.

Essa ação em si, não teria significado se não manifestasse algum propósito. Tem que acompanhá-la algumas palavras ou gestos que lhe dêem significado.
Esse segundo elemento do Sacramento chamamos de forma. No Sacramento do Batismo a água é a matéria, as palavras . . . eu te batizo . . . é a forma.

2º Instituído por Jesus Cristo
O poder humano não pode ligar a graça interior a um sinal externo. Isso é algo que somente Deus pode fazer, e que nos leva a segunda definição de Sacramento: "Instituído por Jesus Cristo". A Ascensão do Senhor pôs ponto final na instituiçã dos Sacramentos; e não pode haver nunca nem mais, nem menos que sete Sacramentos, os setes Sacramentos que Jesus nos deu.

Graça

Voltando a nossa atenção para o terceiro dos elementos da definição de Sacramento, vemos que seu fim essencial é dar a Graça santificante.

Graça é um dom sobrenatural e interior de Deus, concedido para nossa própria salvação. É a estreita união; é a sintonia com Deus.



Um Sacramento dá a Graça por si e em si, pelo seu próprio poder. Isto não quer dizer que nossa disposição interior não faça diferença. As nossas disposições interiores, no entanto afetam a quantidade de graça que recebemos. Quanto mais viva a nossa fé, tanto maior será a graça recebida.

As nossas disposições não causam a graça, simplesmente removem os obstáculos a sua recepção. As disposições de quem administra o Sacramento não influem no seu efeito.
ORDEM NATURAL
ORDEM SOBRENATURAL
Nascer: Entrada na vida terrena.
Batismo: Filiação Divina
Crescer: Maduro, forte, responsável
Crisma: Maturidade cristã, fortalecimento na fé, cristão atuante.
Alimento: Conserva a vida
Eucaristia: Nos alimenta, conserva a vida
Remédio: Cura as enfermidades
Confissão: Cura as enfermidades espirituais: reconciliação.
Sacerdócio: Compromisso com a comunidade - espiritual.
Ordem: Vem o padre para guiar a comunidade.
Casamento: Compromisso de amor e família.
Matrimônio: Vem a Igreja para abençoar.
Morte: Fim da vida terrena.
Unção dos enfermos: Conforto para a triunfal viagem de volta à casa do Pai.


03-Batismo

Deus ao criar o homem, além da vida natural, concedeu-lhe uma vida sobrenatural. A graça sobrenatural ia ser a herança que todos os homens transmitiram a sua posteridade. Mas o homem rechaçou a Deus cometendo o primeiro pecado, perdendo assim a Graça Santificante e a união com Deus.

O próprio Deus, na pessoa de Jesus Cristo, ofereceu a reparação infinita pela ingratidão do homem. Jesus iluminou o abismo que havia entre a divindade e a humanidade. O homem, por si só, não teria força para ligar a humanidade a Deus, somente um ser Divino poderia: Jesus Cristo, o nosso Salvador.

Para restaurar na alma a graça perdida, Jesus instituiu o Sacramento do Batismo. Através do Batismo a alma passa a participar da própria vida de Deus e a essa participação chamamos Graça Santificante.

Batizar quer dizer lavar, mergulhar. É o ponto de partida da vida de cristão. É o primeiro sacramento que recebemos. É o sinal que nos indica qual é o nosso compromisso. O batismo tem significado para o cristão, na medida em que assume os compromissos que dele derivam. Ao receber o batismo o cristão recebe vida nova. Essa nova vida é o compromisso que ele deve vivenciar na família e na comunidade. Sem uma vivência o batismo de nada valerá.

O Batismo exige uma nova maneira de viver e colocar em prática o compromisso cristão; · Precisamos fazer parte de uma comunidade. Só assim o batismo tem valor; · O Batismo pede de nós atitudes concretas e coerentes.

Todos os Sacramentos produz em nós seus efeitos.

Efeitos do Batismo.

1º) Paga a dívida que o homem tem com Deus ao nascer.Dívida essa contraída pelos nossos primeiros pais, através da desobediência para com Deus.

2º) O Batismo nos torna filhos de Deus, irmãos de Jesus Cristos e templos do Espírito Santo. Nós nos tornamos habitação da Santíssima Trindade.
"Viremos a ele e nele faremos nossa morada". Jo14, 23.

3º) Infunde em nós as três virtudes teologais: Fé, esperança e caridade. Essas virtudes são infundidas em nós em forma de semente. Compete a nós, através da frequência aos Sacramentos, orações, leitura da Bíblia e boas obras, fazer com que essa semente germine, cresça e dê bons frutos.

4º) Nos faz herdeiros de Deus. Se somos filhos de Deus também somos herdeiros. E a noss herança é o céu.

5º)É o princípio.É a porta de entrada para os outros Sacramentos. Sem o batismo não podemos receber nenhum outro Sacramento.

6º) Nos faz cristãos. Quer dizer, somos de Cristo. Aqui está nossa vocação cristã, tornamo-nos seguidores de Cristo. Parecidos com Cristo, pelas nossas obras, pela nossa conduta.

7º) Introduz à Igreja. O Batismo nos incorpora à Igreja, nos faz ser Igreja. Faz de nós membros vivos e comprometidos com a Igreja. A Igreja somo nós.

8º) Imprime carater de Cristão. Se depois de batizados pecamos mortalmente, cortamos a nossa união com Deus e o fluxo da sua graça; perdemos a graça santificante, mas não o carater batismal, que transformou a nossa alma para sempre.

Símbolos da celebração do Batismo

Sinal da Cruz: é traçado no peito e na testa da pessoa, para significar que pelo batismo, ela participa da morte e ressurreição libertadora de Cristo. Ela vai viver a Boa Nova de Jesus preparando-se para enfrentar a perseguição e o sofrimento que poderão vir.

Água:
significa purificação e fonte de vida. Ninguém pode viver sem água.

Vela acesa:
significa a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos. É sinal da presença do Espírito na vida da pessoa.

Óleo:
se uma gota de óleo cair na roupa logo se espalha no tecido. O Espírito de Cristo deve penetrar na vida do cristão e fortalecê-lo na luta contra as forças do mal. Como o óleo penetra na pele da criança, assim Cristo penetra na vida da pessoa.

Veste Branca:
símbolo de que o cristão foi revestido de Cristo. Veste de graça.

Jo 3, 5Mc 16, 15s Mt 28, 19s At 8, 36ss Gal 3, 26ss

04- Confirmação ou Crisma
A finalidade dos Sacramentos é para tornarmos um sinal de testemunho de vida; é para identificar-nos cada vez mais com Cristo. Não é para só sentirmos bem, pagar ou cumprir promessa.

Por que recebemos o Sacramento da Crisma, chamado também Confirmação?
Comumente dizemos que a Crisma no sfaz soldados de Cristo, que confirma o Batismo, Sacramento adulto que dá responsabilidade.
Uma só coisa a Igreja nos garante sobre este Sacramento. A crisma nos concede com plenitude o Espírito Santo.

Qual o sentido do Sacramento da Crisma?
Podemos dizer o seguinte: Todos os Sacramentos são Sacramentos de Cristo, mas um deles, a Eucaristia, é por excelência o Sacramento de Cristo. Assim, todos os Sacramentos são do Espírito Santo, mas um deles, a Crisma ou Confirmação, é por excelência o Sacramento do Espírito Santo.

Para melhor compreendermos o sentido do Sacramento do Crisma, devemos perguntar-nos qual a função do Espírito Santo na Economia da salvação (plano de Deus) manifestada na História da Salvação.

Olhando para a Bílbia, descobrimos que o Espírito Santo tem uma dupla função:
1) O de dar a vida.
2) E a função de levar a vida até sua perfeição.

Essas são duas funções diferentes.

Pelo Batismo, o Espírito Santo nos concede a vida e pelo Crisma nos dá os seus dons para chegarmos a perfeição.

A Confirmação nos dá, pois, o Espírito Santo para levarmos até a perfeição o que recebemos no Batismo. Chegar a perfeição, segundo a vontade do Pai.
"Sede Santos, como vosso Pai do céu é Santo."

No entanto, a nossa primeira vocação é sermos santos.

Como existiu uma Páscoa e um Pentecostes na vida dos Apóstolos e dos discípulos de Cristo, há também uma Páscoa e um Pentecostes na vida da Igreja e de cada um dos seus membros.
Tudo quanto podemos dizer da Páscoa poderemos dizer também do Batismo; e tudo quanto podemos dizer dizer de Pentecostes, poderemos atribuir à Crisma.
Páscoa = passagem.
Batismo = passagem do pecado, para vida da graça.
Pentecostes = mudança de atitude.
Crisma = mudança, onde tornamos adultos na fé, comprometidos com a Igreja.

Talvez possamos dizer que o Batismo constitui mais o aspecto estático (somos levados), ao passo que a Crisma expressa mais o aspecto dinâmico, evolutivo da vida cristã. Uma coisa é ser cristão simplesmente, outra coisa é chegar à plenitude da santidade; é evoluir, é tomar novo impulso, crescer constantemente na vida iniciada no Batismo. É a contínua busca da santidade.

Não podemos permanecer semente, é preciso que a semente germine, cresça e dê frutos em abundância.
At 8, 14-19

Os sete dons do Espírito Santo
São eles: Sabedoria, Entendimento, Conselho, Fortaleza, Ciência, Piedade, Temor de Deus.

Sabedoria:Não a sabedoria do mundo, mas aquela que nos faz reconhecer e buscar a verdade, que é o próprio Deus: fonte da sabedoria. Verdade que encontramos na Bíblia.

Entendimento:É o dom que nos faz aceitar as verdades reveladas por Deus.

Conselho:É a luz que nos dá o Espírito Santo, para distinguirmos o certo do errado, o verdadeiro do falso, e assim orientarmos acerdatamente a nossa vida, e a de quem pede um conselho.

Ciência: Não é a ciência do mundo, mas a ciência de Deus. A verdade que é vida. por esse dom o Espírito Santo nos indica o caminho a seguir na realização da nossa vocação.

Fortaleza: É o dom da coragem para viver fielmente a fé no dia-a-dia, e até mesmo o martírio, se for preciso.

Piedade: É o dom pelo qual o Espírito Santo nos dá o gosto de amar e servir a Deus com alegria. Nesse dom nos é dado o sabor das coisas de Deus.

Temor de Deus:Temor aqui não significa "ter medo de Deus", mas um amor tão grande, que queima o coração de Respeito por Deus. Não é um pavor pela justiça divina, mas o receio de ofender ou desagradar a Deus.

05- Carismas

Além dos sete dons, o Espírito Santo, dá outros dons espirituais chamados de carismas. São dados gratuitamente pelo Espírito Santo.

Os carismas não são dados apenas para crescimento individual do indivíduo, mas para crescimento da comunidade. Assim, há o dom de ensinar, o dom do ministério, o dom da exortação, o dom de presidir etc.

Todos esses dons devem ser manifestados com simplicidade e humildade. (1Cor 12, 4-11)

Sempre que o Espírito Santo concede um carisma a uma pessoa, Ele visa um fim: O de edificar a Igraja de modo, que todos que a ela se congregue possam usufruir desse carisma.

Lembremo-nos de um recado de São Paulo:
"Dai de graça o que de graça recebestes."

Todo dom não é mérito da pessoa, mas do Espírito Santo. Todo dom deve ser colocado a serviço da comunidade. Toda pessoa recebe do Espírito Santo algum dom.

Qual é o seu dom?

Os frutos do Espírito Santo(Mt 21, 17-20 / Jo 15, 1)
Assim como a figueira e como a videira, o crismando deve produzir frutos e bons frutos, pois como diz Jesus em Mt 7, 20 "pelos seus frutos o conhecereis", o crismando deve fazer as boas obras ,com o Espírito de Deus, e não com segundas intenções. Portanto, não somente as nossas obras devem ser BOAS, mas também as nossas intenções.

Assim como o Adubo colocado aos pés de uma árvore o faz (ou não) produzir frutos, a graça de Deus derramada nos corações dos crismandos, faz produzir bons frutos. Porém, é necessário que o crismando se predisponha a receber este adubo, que é a graça de Deus, porque depende unicamente do homem, já que a graça de Deus é dada gratuitamente àquele que pedir e fizer por merecer.

Quais são os frutos do Espírito Santo?
Para falar dos frutos do Espírito Santo é preciso antes falar dos frutos da carne. São eles:
Fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdia, partidos, invejas, bebedeiras, orgias etc.

A estes antepõem os frutos do Espírito Santo, que são:
Caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, concórdia, fidelidade, brandura, temperança, pureza, amizade, unidade etc.

06- Gestos rituais

O óleo do Crisma

O Crisma é um dos três óleos que o bispo benze todo ano na Missa da Quinta-feira Santa. Os outros dois são: O óleo dos catecúmenos (usado no Batismo) e o óleo dos enfermos (usado na Unção dos Enfermos).

O azeite significa o efeito fortificante da graça de Deus. Além da bênção especial e diferente que cada óleo recebe, o Crisma é misturado com bálsamo.

No Crisma, o bálsamo simboliza a "fragância" da virtude, o bom odor que deverá desprender-se da vida daquele que põe em movimento as graças da Confirmação.

Imposição das mãos

A imposição das mãos é um gesto bíblico de benção ou de consagração. Jesus cura os doentes e abençoa as crianças pela imposição das mãos, através da qual passa toda a sua força dívina.

Os apóstolos, pela imposição das mãos, curavam doentes, consagravam presbíteros e diáconos, e davam o Espírito Santo às novas comunidades.

O gesto é adequado a significar a tomada de posse de um ser pela potência de Deus e plenitude do Espírito Santo, a fim de investí-lo de um poder espiritual, de uma aptidão, em vista de uma missão.
Pela fórmula pronunciada pelo Bispo encontramos os sete dons do Espírito Santo, dons que caracterizam o Messias (Is 11, 1s)

Consignação

O Bispo coloca a mão sobre o ombro do crismando: imposição das mãos mais pessoal. Ao mesmo tempo marca-o na fronte com um sinal: o sinal da cruz, dizendo: (nome do crismando) recebe por este sinal, os dons do Espírito Santo.

A cruz que se traça sobre a fronte do confirmando é outro símbolo poderoso, se realmente o entendemos e pomos em prática. É muito fácil sabê-lo. Basta perguntar-nos:

Vivo de verdade como se trouxesse uma cruz visível gravada na minha fronte, que me marca como homem ou mulher cristãos?

Na minha vida diária, dou testemunho de Cristo?

Unção

Ao mesmo tempo que o Bispo procede a imposição das mãos de forma pessoal, ele unge a fronte do confirmando com o sinal da cruz, com o polegar mergulhado no óleo do Crisma. É a unção.

Os três gestos rituais formam um todo: o sinal sensível e visível do amor de Deus para com o confirmando.
Nesses três gestos o confirmando assemelha-se intimamente ao Cristo, ao Messias (Cristo no grego e Messias no hebraico, são traduções da palavra ungido ).

Jesus ungido. O homem Jesus é ungido de divindade e Espírito Santo.

Pelo Sacramento da Crisma, tornamo-nos plenamente cristãos, isto é, participantes da Unção do Cristo para continuarmos sua missão.

Essa unção é feita em forma de cruz.

Diz-nos Sano Tomáz: "Os combatentes trazem a insígnia do seu comandante"

E na fronte no ponto mais visível.

07- Eucaristia

Ser humano algum consegue sobreviver sem alimentar-se. Jesus sabia disso! Pelo mesmo motivo quis estar presente em nosso meio na forma de comida: pão e vinho.

Assim como na vida terrena, em nossa caminhada espiritual necessitamos nos alimentar. Não apenas da Palavra, como querem alguns irmãos, mas sobretudo do próprio Corpo do Senhor Ressuscitado.

Como voce não consegue observar as proteínas de um alimento terreno revitalizando suas células, também não consegue observar materialmente a graça refazendo sua alma. Mas ela está ali, silenciosa, porém operante. Na Eucaristia, Deus nos renova a identidade divina, a vocação à santidade.

Quando dizemos que a Sagrada Eucaristia é o maior dos sacramentos, afirmamos algo evidente.

O Batismo é sem dúvida, o sacramento mais necessário; sem ele, não podemos ir para o céu. No entanto, apesar das maravilhas que o Batismo e os outros sacramentos produzem na alma, não são senão instrumentos de que Deus se serve para nos dar a sua graça, mas na Sagrada Eucaristia não temos apenas um instrumento que nos comunica as graças divína, é nos dada o próprio autor da graça. Jesus Cristo, real e verdadeiramente presente. "Quem come a minha carne e bebe o meu sangue, tem a vida em mim e Eu nele".

Sabemos que cada Sacramento produz o seu efeito ou efeitos próprios.

O Batismo nos dá a Graça Santificante.

A Confirmação fortalece a nossa fé tornando-nos adultos espiritualmente.

A Sagrada Eucaristia é um sacramento cujo fim especial é aumentar a Graça Santificante, repetida e frequentemente por meio da união pessoal com o próprio Autor da Graça.

O sacramento da Sagrada Eucaristia foi instituído como alimento espiritual. Visto a Eucaristia ser um alimento espiritual, é de se supor que ela cause os mesmos efeitos de um alimento material em relação ao corpo. E assim é: nutre, faz crescer, restaura as forças, deleita-nos.

O primeiro é o mais importante dos efeitos do alimento material é tornar-se uma só coisa com quem o come; transforma-se na substância da pessoa que o ingere e torna-se parte dela.

Na Sagrada Eucaristia passa-se espiritualmente algo de parecido, mas com uma grande diferença é o individuo que se une ao alimento. A comunhão do corpo e do sangue de Cristo faz com que nos transformemos naquilo que recebemos. Sempre que duas coisas se unem, de modo que uma delas se deve transformar num todo, então aquilo que é mais forte transforma em si o mais fraco.

São João Crisóstomo comenta: "Nós somos aquele mesmo corpo."
Afinal, o que é pão? É o corpo de Cristo. E o que acontece com aqueles que comungam? Tornam-se corpo de Cristo; não muitos corpos, mas um só corpo.

A Eucaristia é um alimento. E como alimento é tomado diariamente e visa conservar e intensificar a vida.

São Tomas de Aquino diz: "Este sacramento é dado sob a forma de comida e de bebida. Por isso, todo efeito que produzido pela comida e pela bebida material quanto a vida corporal, tudo isso é operado por este sacramento com relação à vida espiritual."

E mais: "Assim como o alimento corporal é necessário para a vida, de modo que sem ele não se pode viver, da mesma forma o alimento espiritual é necessário para a vida espiritual, de tal modo que sem este a vida espiritual não pode ser mantida."

A Lumen Gentium diz que a comunhão do corpo e do sangue de Cristo faz com que nos transformemos naquilo que recebemos.

Efeitos: Ao unirmos a Cristo, unimo-nos também a todos os que estão em Cristo, ao outros membros do seu Corpo Místico. A união com Cristo é o laço de caridade que nos faz uma só coisa com o próximo. Devemos medir a eficácia das nossas comunhões pela melhora do nosso modo de ser e agir.

Curiosidade: Corpus Christi é dia santo, dia de celebração do Corpo de Cristo. É costume nesse dia, enfeitar-se as ruas de algumas cidades, em honra do Rei Divino que passará na forma de Pão Eucarístico Além de uma prova de carinho, é uma demonstração pública de fé.

Figuras da Eucarístía no Antigo e no Novo Testamento

Ceia Pascal:
A pedido de Deus, o povo de Israel deveria repetir a cada ano como lembrança ou memorial da libertação do jugo dos egípcios. (Lev 23, 4 - 14)

O Maná: Deus alimentou o povo hebreu durante 40 anos no deserto com o maná. (Ex 16, 4 - 36)

As duas multiplicações dos pães: Mt 14, 13 - 21 e Mt 15, 29 - 39

Promessa da Eucarístia por Jesus Cristo: Jo 6, 35 - 51

Milagre Eucarístico de Lanciano: Há aproximadamente treze séculos, um padre que duvidava que a hóstia consagrada é verdadeiramente o Corpo de Cristo, enquanto recitava a fórmula de consagração da eucaristia durante a missa, a hóstia milagrosamente converteu-se em carne e o vinho converteu-se em sangue.








08- Ordem

É um sacramento social que Cristo instituiu na Última Ceia. É um sacramento no qual Ele concede candidato ao sacerdócio o poder sacerdotal e lhe dá as graças para exercê-lo santamente.

O que é um Sacerdote?

É um homem como nós, sujeito a fraquezas, porém separado dos demais para o exercício da doação de Deus aos homens. O Sacerdote é o dispensador do amor de Deus aos homens.

É chamado de Pontífice = ponte - artifice: construtor de pontes; pontes que ligam o Céu à Terra; os homens à Deus; o eterno ao temporal; o pecado à misericórdia.

O sacerdote administra os sacramentos, sinais do amor de Deus aos homens.

O ministro do sacramento da Ordem é o Bispo. Em caso de impossibilidade, o Bispo delega esse poder a outro sacerdote.

Jesus Cristo deu aos apóstolos a plenitude do poder sacerdotal e estes transmitiram essa plenitude a outros, pela impossição das mãos.

Deste o tempo dos apóstolos, têm-se sagrado bispos e ordenado sacerdotes pela imposição das mãos e oração.

Pela ordenação Sacerdotal, Jesus Cristo confere o poder de:

Celebrar a Santíssima Eucaristia;

Administrar os sacramentos: Batismo, Reconciliação, Unção dos Enfermos, Matrimônio;

Administrar o sacramento da Crisma, quando receber delegação do senhor Bispo pela total impossibilidade deste;

Consagrar e benzer (pessoas e coisas).

Somente o sacerdote pode confessar e consagrar.

A ordenação Sacerdotal, imprime caráter que nunca se apaga. Chamamos de sinal indelevel. Pela ordenação o sacerdote fica unido de mode especial a Jesus.

Ele é a extensão de Cristo entre os homens, amando-os e dispensando-lhes a salvação proporcionada por Jesus por meio da Igreja em seus Sacramentos.

O sacerdote jamais poderá perder o seu poder sacerdotal, a menos que seja dispensado pelos seus legítimos superiores através da ordem expressa do Santo Padre o Papa.

Jesus chama os jovens a seu serviço. Jovens de todas as nacionalidades, raças e cores. Eles devem ter requisitos básicos de cristãos verdadeiros:

- Fé viva e operante;

- Estar pronto ao sacrifício, até da própria vida, no serviço ao Deus que chama;

- Trabalhar pela salvação dos homens sem distinção de raça ou cor.


09- Matrimônio

10- Reconciliação - Penitência - Confissão


Chama-se sacramento da Conversão, pois realiza-se sacramentalmente o convite de Jesus para o caminho de volta ao Pai, do qual a pessoa se afastou pelo pecado.

Chama-se sacramento da Penitência porque consagra um esforço pessoal e eclesial de arrenpedimento e de satisfação do cristão pecador.

Chama-se sacramento da Confissão porque a declaração dos pecados diante do sarcedote Deus concede o perdão e a paz.

É também chamado de sacramento da Reconciliação porque dá ao pecador o amor de Deus que reconcilia: "Reconciliai-vos com Deus" (2Cor 5,20).

Quem vive do amor misericordioso de Deus, está pronto a responder ao apelo do Senhor: "Vai primeiro reconciliar-te com teu irmão" (Mt 5,24).

É no sacramento do perdão que Deus reconhece nossas falhas, nossas limitações, mas reconhece também nossa boa vontade. Jesus disse: "Eu detesto o pecado mas amo o pecador".

O próprio Cristo no dia da Ressurreição (Domingo de Páscoa) conferiu aos apóstolos o poder de perdoar os pecados: "Recebei o Espírito Santo, aqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados; e aqueles aos quais não perdoardes ser-lhes-ão retidos" (Jo 20, 21-23).

Devemos contar todos os nossos pecados ao padre para receber o perdão, pois com isso nos restituiu a vida na graça e nos dá novo vigor para não mais pecar.

Requisitos para receber uma boa confissão

Exame de Consciência: Rezar e pensar nos pecados cometidos.

Contrição ou arrpendimento: Tristeza dos nossos erros e de nossa falta de amor a Deus.

Propósito: Evitar o pecado e servir a Deus com mais amor.

Confissão: Acusação clara e objetiva dos pecados ou falhas cometidas.

Penitência: Nos é dada pelo sarcedote para demonstrarmos nosso arrependimento e a firmeza de nosso propósito de não mais pecar e de reparar as falhas cometidas.

Sem o perdão de Jesus vivemos como filhos pródigos (Lc 15, 11-24). Na parábola do filho pródigo encontramos todos estes requisitos: fazer o exame de consciência, admitir o erro, ter o propósito de voltar para o Pai, confessar e adimitir-se pecador diante do Pai e proferir a sua penitência. "Não sou mais digno de ser chamado seu filho".

Santa Terezinha do Menino Jesus dizia: "Os nosso pecados por mais feios e numerosos que sejam, desaparecem diante da bondade de Deus, como uma gotinha de água no oceano imenso." O Pai do céu nos ama tanto que nos quer sempre perto dele.


11- Unção dos enfermos - o sacramento da cura

Pelos sacramentos da iniciação cristã, o homem recebe a vida nova em Cristo. Ora, esta vida nos trazemos "vasos de argila" (2Cor 4,7). Agora, ela se encontra "escondida com Cristo em Deus", estamos ainda em "nossa morada terrestre" (2Cor 5,1) sujeitos ao sofrimento, à doença e à morte. Esta nova vida de filhos de Deus pode se tornar debilitada e até perdia pelo pecado

O Senhor Jesus Cristo, médico de nossa alma e de nosso corpo, que remiu os pecados do paralítico e restitui-lhe a saúde do corpo, quis que sua igreja continuasse, na força do Espírito Santo, sua obra de cura e de salvação, também junto de seus próprios membros. É esta a finalidade dos dois sacramentos de cura: o da Penitência e da Unção dos Enfermos.

O Sacramento da Reconciliação cristã que mediante a oração e a unção com óleo santo feita pelo sacerdote, concede ao doente a graça e o alívio espiritual e muitas vezes o conforto corporal, isto é, concede a saúde da alma e do corpo.

O óleo utilizado neste sacramento é um dos óleos que o Bispo abençoa na Quinta-feira Santa. O sacerdote unge a fronte e as mãos do enfermo. o corpo do homem ungido pelo Batismo é santo e por meio deste fazemos o bem. O Sacramento da Unção dos Enfermos faz com que estes tenham forças para testemunhar Jesus Cristo em meio ao sofrimento porque passam unindo-se a obra redentora do Filho de Deus.

Quem pode receber a Unção dos Enfermos?

- Todos os que estão gravemente doentes.
- As pessoas que tem mais de 60 anos.

Condições para receber a Unção dos Enfermos

Estar em estado de graça, isto é, sem pecado;

Receber a Unção com fé, esperança, caridade e resignação a vontade de Deus.

Os sinais sensíveis da Unção dos Enfermos, oração-unçao, produção de graça, instituição divina, são ministrados pelo sacerdote, de preferência pelo pároco. A matéria usada para a unção é o óleo de oliveira ou planta que é abençoado na Quinta-feira Santa. No ato d unção o sacerdote profere as seguintes palavras: "Por esta santa unção o Senhor venha em teu auxílio com a graça do Espírito Santo. Deus em sua infinita bondade quis".


Crisma - Pecado - Fé - Oração

01- Pecado
Moral fundamental

Moral = mos, mores (latim) = costume.
Ética = éthos (grego) = costume

imoral = o que é contrário à moral. Ex: a nudez do índio não é imoral, por causa do costume indígena, por causa da cultura.

Moral cristã = costumes religiosos.

Ética
= costumes indicados pela razão humana ou valores descobertos pela razão humana.

Ex: o aborto = objeção da consciência. É capitulado em lei, mas é contra a moral cristã. É legal, porém é imoral.

Portanto, nem tudo o que é legal, é ÉTICO, é MORAL.

Quando falamos de moral, de ética, falamos de valores.

O que são valores?

Valor é um conjunto de qualidades que determina o mérito e a importância de um ser referente ao binômio BEM e MAL. Por exemplo:

Caráter, Honra, Fidelidade, Idoneidade.

Ex: Se quero fazer um contrato, procuro uma pessoa honesta.
Se quero casar, procuro uma pessoa que seja fiel, que telha caráter.
Se quero a verdade, procuro uma pessoa idônea, verdadeira.

Nós nascemos com valores, com razão (somos seres racionais) independentes do credo, religião, porque todos nós nascemos com uma lei eterna que sempre diz "Faça o bem e evite o mal" - este é o princípio da ética.

E nós sabemos quando agimos corretamente porque essa lei está dentro de cada um de nós na faculdade que se chama CONSCIÊNCIA.

Resumindo:
Deus nos criou
lei eterna
Razão
CONCIÊNCIA
Espaço de liberdade
Nosso pensamento só
Nós e Deus conhecem.
CONCIÊNCIA MORAL
Consciência moral é a faculdade que me aponta se estou agindo bem ou mal.

É a balança. A fonte dessa consciência moral é a opção fundamental que a pessoa faz. Ex: Nós CRISTÃOS - Seguir JESUS CRISTO.

O que contribui para que a pessoa tenha consciência moral?
A educação, a formação, o ambiente em que vive, a cultura, as más inclinações.

Ex: favelado diferente de vocês.

Falamos sobre valor. Será que os valores da ética humana são diferentes dos valores da moral Cristã?

Não. Todo homem deve tender para o Bem, tenha ou não uma fé sobrenatural.

Hoje no Brasil, no mundo inteiro, uma das principais distorções que existe em nossa sociedade é o nível baixíssimo de ÉTICO. O Brasil é o país do jeitinho, onde a maioria das pessoas quer levar vantagem, no entanto, somos chamados do "maior país católico do mundo". Onde está o nosso amor pelo irmão? O que fizemos com o exemplo, com os ensinamentos de Cristo?

Resumindo:
A lei moral nasce a partir das fontes nas quais se inspira (o ambiente em que vivemos, etc...)

A lei moral natural já está no coração das pessoas , lei eterna "Faça o bem e
evite o mal".

Depois de falar de moral, de valores, vamos falar de DEUS, a razão de toda nossa vida, nossa existência, porque fomos criados por Ele, e se estamos vivos é por Ele.

Em primeiro lugar existe o fato incontestável da existência de Deus e de que Deus é o único Criador.

Ex: Santo Tomás de Aquino, cientistas.

Em segundo lugar entender como é Deus. Qual é o nosso conceito de Deus.

Deus é Fiel, Misericordioso, Bondade, Não é carrasco.

Deus é amor, nos ama infinitamente, sem cobranças, o que já não acontece conosco. O nosso amor é egoísta. O amor de Deus é infinito.

Como entender a misericórdia de Deus?

Liberdade para decidirmos nossa vida, para aceitá-lo ou não, para crermos Nele em sua doutrina ou não. Temos liberdade para optar e essa opção fundamental é que faz a diferença em nossa vida.

Se nossa opção é seguir a Deus então nós temos que levar a sério, porque não existe meio termo para nada. Ou você é ou não é. Esse é o princípio da filosofia. Ou eu quero ou não quero. Acredito ou não.

Deus nos criou porque nos ama e quando a gente ama quer ver o outro feliz e Deus fez tudo para nossa felicidade. Nos deu tudo e só pediu o nosso amor e nós dissemos NÃO à Ele e o homem continua através dos tempos a dizer não a Deus.

Vamos relembrar a história de Adão e Eva. Agora então nós vamos falar sobre pecado.

O que é o pecado então?

É dizer NÃO a Deus, é desobedecê-lo, é querer se igualar a Ele, toda vez que estamos contra a moral, a ética estamos pecando, toda vez que nos omitimos.

Como saber se estou desobedecendo a Deus?

Deus querendo facilitar tudo para nós, nos deixou algumas regras, sinais para seguirmos.

As regras, as leis existem para facilitar a nossa vida.

Quais são essas leis?


02- Os dez Mandamentos

As leis que Deus nos deixou para sabermos se estamos seguindo a Sua vontade e desta forma estamos obedecendo-O, são os DEZ MANDAMENTOS.

Quais são os Dez mandamentos?

1°) AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS
2°) NÃO TOMAR SEU SANTO NOME EM VÃO
3°) GUARDAR DOMINGOS E FESTAS DE GUARDA
4°) HONRAR PAI E MÃE
5°) NÃO MATAR
6°) NÃO PECAR CONTRA A CASTIDADE
7°) NÃO ROUBAR
8°) NÃO LEVANTAR FALSO TESTEMUNHO
9°) NÃO DESEJAR A MULHER DO PRÓXIMO
l0°) NÃO COBIÇAR AS COISAS ALHEIAS

Vamos falar de cada um deles.

1 - Amar a Deus sobre todas as coisas.
Amar a Deus no próximo, através do nosso irmão. Temos que nos assemelharmos à Ele, e para isso nos temos que;
- Amar a todos
- A todos perdoar.
- A todos servir
- E a ninguém excluir

Santo Agostinho definia que o nosso amor por Deus é assim: "Um conflito entre dois amores: o amor de Deus impelido até o desprezo do amor de si." ou "o amor de si impelido até o desprezo do amor de Deus".

Quando fomos batizados nós nos tornamos cristãos. Isso quer dizer que nós não somos apenas amigos de Cristo, mas que estamos inseridos (fazemos parte) no seu projeto de salvação, de restauração.

Jesus Cristo veio para restaurar a vida das pessoas, da igreja. Ex: nas Bodas de Caná Ele transformou a água em vinho, deu vida ao filho da viúva de Naim, fez os cegos enxergarem, os surdos ouvirem, os coxos andarem, etc... Nós temos que a exemplo de Jesus Cristo restaurar a vida da sociedade.

E eu restauro a sociedade quando eu ajo com a consciência moral cristã, testemunho Jesus Cristo onde quer que eu esteja, quando luto contra os preconceitos racial, de cor, nível social.

"Deus só pede o nosso amor" - Leia Mt 22, 34-40

2 - Não tomar seu santo nome em vão.
- Proíbe todo uso impróprio do nome de Deus.
- Respeito - consequência do amor
- Jurar usando o nome de Deus

3 - Guardar domingos e festas de guarda
- Assistir e participar das missas - um único dia para adorar e louvar a Deus.

4 - Honrar Pai e Mãe
- Respeito aos pais
- Obediência
- Diálogo

Na primeira parte da vida nós nos perguntamos qual o sentido daquilo que a gente fez, o que a gente é. Na segunda parte da vida nos temos à sabedoria. Na primeira parte nos devemos nos orientar pelos mais velhos porque eles têm a sabedoria e a experiência.

5 - Não matar
Só Deus tem o direito de tirar a vida
- Aborto
- Eutanásia
- Suicídio
- Homicídio

6 - Não pecar contra a castidade
Integração correta da sexualidade na pessoa
- Namoro
- Se manter puro (corpo e alma)
- Relacionamento superficial dos jovens

Pensamento: Sempre que uma pessoa procura um prazer a curto prazo, vai ter um sofrimento a longo prazo.

7 - Não roubar
- Apropriar-se do que não é seu
- Roubar a paz

8 - Não levantar falso testemunho
- Matar com a língua.
- Desmoralizar
- Ter misericórdia com o próximo
Quando falar, falar com a pessoa certa, pedir a orientação do Espírito Santo.
Jesus disse: Não é o que entra pela boca que causa mal e sim o que sai da boca.

9 - Não desejar a mulher do próximo
- Respeito ao compromisso assumido pelos outros
- Matrimônio
- A importância da família

10 - Não cobiçar as coisas alheias
- Sermão da Montanha - Mt. 5, 1 - 12
"O SER tem que estar acima do TER"

Quando Jesus morreu na cruz Ele realizou a salvação. Na hora de sua morte, o sacrifício de Cristo se torna a fonte de onde brotará o perdão dos pecados portanto, para todo pecado existe perdão, apenas um único é imperdoável: é você morrer sem acreditar em Deus, é o pecado contra o Espírito Santo, é o pecado da pessoa que não aceita o amor de Deus e o seu perdão.

Existe pecado maior e menor?
O pecado maior é o pecado mortal ou grave.
O pecado menor é o pecado venial ou leve.

Para haver pecado é necessário:
1) Matéria grave
2) Consciência plena
3) Consentimento pleno

Também pecamos por omissão. . .

Deus é amor, misericórdia. Temos a certeza do amor de Deus.
PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO - Lc. 15, 11 - 32


03- Fé


A fé cristã consiste em aceitar, acolher a pessoa de Jesus e viver segundo a sua mensagem. Aceitar que Deus existe não significa ter fé.

Fé é adesão pessoal da pessoa a Deus; é aceitar Jesus tal como ele se manifestou, isto é, como o Messias, Salvador e Senhor; é acolher e viver sua mensagem religiosa. Pela fé a pessoa dá assentimento a Deus, submete a ele sua inteligência e vontade. O ato de crer é dom de Deus, fruto da ação da graça no coração humano. Quem move o coração para acolher a fé é o Espírito Santo.

A certeza interior na mensagem de Jesus e em suas promessas determina um modo de viver na perspectiva da vida eterna. A Carta aos Hebreus declara: A fé é uma posse antecipada do que se espera, meio de demonstrar as realidades que não se vêem ("A fé é um modo de já possuir aquilo que se espera, é um meio de conhecer realidades que não se vêem." Hb 11,1).

A fé é uma tomada de posição. Uma opção definitiva não existe meio termo.

Não pode ser fruto de puro sentimentalismo, que vai e vem conforme as circunstâncias. Na fé entra a razão e o coração. Hoje precisamos crer com clareza de doutrina.

A fé torna-se, portanto, um desafio, pois imprime no cristão novas atitudes, novas categorias de pensamento, de comportamento, de sentimento, fazendo o homem a escolher Deus.

Para alimentar nossa fé nos temos: a oração, a comunhão, a leitura e o estudo da Bíblia.

A Bíblia contém a revelação que Deus fez de si mesmo aos homens. Se uma pessoa quer conhecer a Deus, deve meditá-la diariamente, e encontrará a Deus na sua palavra. A fé e a vida espiritual não sobrevivem por si mesmas: precisam ser alimentadas com a Palavra e com a oração.

A felicidade perene, tão desejada pelo homem, não existe fora de Deus, pois só em Deus ela pode ser eterna; portanto, para alcançar a felicidade verdadeira, são necessárias duas condições: conhecer a vontade de Deus (já manifestada) e colocá-la em prática.

Assim como o corpo necessita de alimento diário, a vida espiritual do cristão, precisa de ser alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia. Quem quiser crescer na vivência cristã precisa tomar a Palavra de Deus e a Eucaristia como alimento diário.

Exemplos de Fé:
Maria de Nazaré é o nosso maior exemplo de fé. Jovem mulher foi escolhida para ser a Mãe do Messias, prometido e anunciado pelos profetas de Israel.
Leia as passagens Bíblicas:

Gn 3, 14 - 15

Is 7, 13 - 15

Sf 3, 14 - 17

O homem novo nasce pela fé em Jesus Cristo. Jesus falou em renascer da água e do Espírito, isto é, ser batizado e receber o dom do Espírito Santo. A fé em Jesus gera o homem novo. O batismo é seu nascimento para o Reino de Deus.

Maria é a primeira mulher nova, o protótipo do cristão, pois foi a primeira a crer. Para ela, que fez para Jesus todos os trabalhos que a mãe faz em favor do filho, aceitar que ele não era simples homem, mas Filho de Deus, não foi fácil. Talvez tenha custado mais para ela do que para nos crer que seu filho era Deus, pois, antes de presenciar seus milagres e sinais, viu, durante anos, sua limitação humana, que o fazia semelhante a toda criança ou jovem do seu tempo.

Caminhando com ele, ouvindo suas pregações, teve oportunidade de acolher mais profundamente o Reino de Deus que nele se manifestava. Com os demais discípulos acolheu o Reino e cresceu na fé e no amor. Pelo amor foi fiel em sua missão de mãe, mesmo envolta em dor ao ver seu filho pregado na cruz.

Maria, a grande vocacionada do Pai, foi fiel ao Espírito Santo, trazendo ao mundo o Salvador. O Sim vivido que muda a história da humanidade.

Outros exemplos de fé na história:
- Abraão
- Moisés.


04 - oração
Oração é a comunicação com Deus. A pessoa expressa a ele o que quer dizer e tenta perceber qual à vontade dele a seu respeito.

Deus é o Criador, nós somos a criatura.

A relação da criatura com o Criador é o núcleo central da religião. Está ligado aos demais relacionamento humano: troca de informações e sentimentos com as pessoas, agressão ou respeito à natureza. O tipo de relacionamento do homem com a natureza e com as demais pessoas mostra a posição que ele toma diante de Deus.

Oração é o resultado de nossa busca de Deus e de nosso esforço: são as atitudes e as ações que tomamos ou fazemos em vista da relação de amor com ele.

Oração é a tentativa de diálogo amoroso da criatura com o Criador. Esta relação supõe esforço de comunicação e atenção para perceber os sinais e palavras de Deus, que chegam ao homem, quase sempre, de forma indireta.

Pelo fato de sermos limitados e Deus infinito, o nosso relacionamento com Deus nos coloca em dependência amorosa, como filho em relação ao pai. Quando alguém se julga independente de Deus, restam-lhe poucas oportunidades de estabelecer relações com Deus. .

Nós fomos criados por amor, para amar e ser amado pelos demais e por Deus.

Acolher pessoas e acontecimentos é atitude de amor. Rejeitar é atitude de desamor e de egoísmo.

Jesus nos revelou que o Pai ama incondicionalmente seus filhos e quer a felicidade de cada um deles. As posições que Jesus tomou perante o Pai e o relacionamento que teve com ele devem servir de modelo para nós. Ele se relacionava com o Pai como se estivesse próximo, presente ao seu lado ( Lc 10, 21; Jo 17, 1 - 26). Portanto, antes de tentar relacionamento mais profundo com Deus, é preciso tomar consciência da imagem que temos dele. É importante que passemos da imagem que temos dele para aquela que Jesus nos mostrou, que nos é transmitida pelos evangelhos: o Pai é cheio de amor, quer o bem para seus filhos, cuida de cada um de nós, de modo especial daqueles que o amam. Para fazer-nos crescer ele usa a pedagogia do amor e do sofrimento (parábola do agricultor que poda a videira para que produza mais frutos).

Para alcançar bom relacionamento com Deus são necessárias algumas atitudes:
- Reconhecer a soberania de Deus sobre o mundo e sobre nossa pessoa e vida; Deus é nosso Criador e Senhor, nosso dono.
- Manter atitude de humilde dependência em relação a ele; o egoísmo leva a pessoa a considerar-se outro deus, senhor de si.

- Dar oportunidade para que ele se manifeste em nossa vida: se vivermos sempre ocupados, sem dispor de algum tempo só para Deus, ele não terá espaço para se manifestar; o cultivo do amor exige disponibilidade de tempo.

- Desejar ardentemente viver na presença de Deus e ser envolvido por seu
amor.

A maior dificuldade no relacionamento com Deus é o pecado, a vida fora do seu mandamento, a vida sem fé. Quem vive longe de Deus não pode relacionar-se com ele. Esse obstáculo pode ser removido pela busca do perdão.

Dificulta a relação com Deus o fato de colocarmos nossa confiança fora dele, em nossas próprias capacidades; em práticas mágicas, em sorte, em superstições, em várias formas de espiritismo, que atribuem poderes a objetos que não os tem, em falsas religiões, etc. Tudo isso afasta a pessoa de Deus e torna difícil o relacionamento com ele. É preciso recordar que o único Salvador e Senhor é Jesus Cristo.

Em nossa vida, em nosso agir devemos tomar o seguinte princípio: Fazer nossas atividades com tal empenho, como se tudo dependesse de nós e confiar em Deus como se tudo dependesse dele.

Oração na Vida de Jesus:

Jesus foi homem de oração. Sua novidade religiosa consiste na relação pessoal com Deus, mediante a oração, e em atitudes coerentes com os demais homens, tendo por base a relação da pessoa com Deus: amor a Deus e amor aos homens. Ele foi homem de oração e a intensificou nos momentos importantes de sua vida:

- Antes de começar o anúncio do Reino, quarenta dias no deserto ( Lc 4, 1 - 2)
- Antes de escolher os doze, uma noite em oração ( Lc 6, 12)
- Quando vivia momento muito importante com seus discípulos ( Jo 17)
- Antes de enfrentar a paixão, no jardim das oliveiras ( Lc 22, 31 - 46)

Instruções Básicas sobre a Oração:
Além do exemplo pessoal de Jesus, encontramos ensinamentos sobre a oração:
- orar só, em encontro pessoal com Deus (Mt 6, 5 - 6)
- ter profunda confiança (Mt 7, 7 - 11)
- louvar a Deus e pedir por nossas necessidades ( Mt 6, 7 - 13)
- orar com insistência (Lc 11, 5 - 24)
- pedir com convicção a fortaleza e a fidelidade a Deus (Mt 26, 40)
- invocar o Pai em nome de Jesus Jo 16, 23b - 28

Invocar o nome de Jesus significa expressar nossa fé nele, que provém de Deus. A fé e o amor por Jesus abre nosso ser a Deus, que em seu Filho Jesus, nos vê como filhos e por causa dele nos acolhe, provendo as exigências da nossa fé.

Devemos aprender e reaprender a orar m Nome de Jesus, isto é, crescer no seu conhecimento e graça.

A oração garante o atendimento dos nossos pedidos e então a nossa alegria será completa porque será a alegria que nasce da fé, a alegria de Deus que em nós realiza a sua vontade.

Milagre Eucarístico de Lanciano 


O milagre Eucarístico de Lanciano na Itália comprova a autenticidade da Igreja Católica Apostólica Romana.

Há aproximadamente treze séculos, um padre que duvidava que a hóstia consagrada é verdadeiramente o Corpo de Cristo, enquanto recitava a fórmula de consagração da eucaristia durante a missa, a hóstia milagrosamente converteu-se em carne e o vinho converteu-se em sangue.

Uma comissão de estudos de 1971 presidida pelo professor Dr. Odoardo Linoli da Universidade de Sena constatou que a carne e o sangue contém glóbulos vermelhos e brancos ainda vivos; a carne e o sangue são do mesmo grupo sanguíneo, isto AB, muito comum entre os judeus, e constatou que é o mesmo sangue do Santo Sudário. Após este estudo não restou mais dúvida, a carne e o sangue conservados ainda hoje na cidade de Lanciano, são verdadeiramente Carne e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Nossos sacrários mantêm entre nós a realidade da Encarnação: "O Verbo se fez carne e habitou entre nós..."

E habita ainda verdadeiramente presente entre nós, não somente de uma maneira espiritual, mas com seu próprio Corpo – "Ave verum corpus, natum de Maria Virgine" canta a Igreja diante do SS. Sacramento: "Salve verdadeiro corpo, nascido da Virgem Maria, corpo que sofreu verdadeiramente e foi verdadeiramente imolado pela salvação dos homens".

Esta presença real da carne de Cristo (é uma carne viva, unida à alma e a divindade do Verbo, pois Jesus esta hoje ressuscitado) é admiravelmente manifestada pelo milagre de Lanciano. Um milagre que dura 12 séculos e que a ciência acaba de examinar, e diante do qual, ela teve que se inclinar.

Sim, um milagre, e bem destinado ao nosso tempo de incredulidade. Pois, como diz São Paulo, os milagres são feitos não para aqueles que crêem, mas para os que não crêem.

Ora, hoje em dia, um certo número de cristãos da Presença Real, mesmo depois que o Papa Paulo VI, no documento " Mysterium Fidei", recordou-lhes claramente este dogma. Querem admitir, a exemplo dos protestantes, apenas um presença espiritual do Cristo na alma daquele que comunga; mas os sinais sacramentais do pão e do vinho consagrados seriam puros símbolos, tal como a água do batismo, que não é e não permanece senão simples água, ainda que significando e realizando pela palavra que a acompanha – a purificação da alma.

Depois da comunhão, as hóstias que não houvessem sido consumidas, dizem eles, não seriam mais, nesse caso, senão pão, podendo ser atiradas fora como coisas profanas... A própria discrição com que, em certas igrejas, cercam o sacrário, já manifesta esta falta de fé profunda na presença real, e portanto, na palavra onipotente do Cristo: "Isto é meu Corpo! Isto é meu sangue!"

Eis porque Deus permitiu para todos que duvidam da presença eucarística do Cristo ou que a negam, que um milagre, que dura há mais de 12 séculos, fosse nos últimos anos, posto em evidência e verificado pela própria ciência.

Por minha parte, eu ouvira falar do milagre de Lanciano, mas o fato me havia parecido tão forte, que desejei tomar conhecimento dele e julgá-lo por mim mesmo no próprio local. A pequena cidade Italiana de Lanciano nos Abrozzes encontra-se a 4 km da estrada de rodagem Pescara-Bari, que contorna o Adriático, um pouco ao sul da Pescara e de Chies.

Em uma igrejinha desta cidade, igreja dedicada a S. Legoziano ( que se identifica com S. Longiano, o soldado que transpassou o coração de Cristo com a lança na cruz), no VIII século, um monge basiliano durante a celebração da Missa, depois de ter realizado a dupla consagração do pão e do vinho, começou a duvidar da presença na hóstia e no cálice, do Corpo e do Sangue do Salvador.

Foi então que se realizou o milagre: diante dos olhos do Padre, a hóstia se tornou um pedaço de carne viva; e no cálice o vinho consagrado torna-se verdadeiro sangue, coagulando-se em cinco pedrinhas irregulares de formas e tamanhos diferentes.

Conservaram se esta carne e este sangue milagrosos, e no correr dos séculos várias pesquisas eclesiásticas foram realizadas.

Quiseram, em nossos dias, verificar a autenticidade do milagre, e 18 de novembro de 1970, os Frades Menores Conventuais que têm a seu cuidado a igreja do Milagre decidiram, com a autorização de Roma, a confiar a um grupo de peritos a análise científica daquelas relíquias, datadas de doze séculos.As pesquisas foram feitas em laboratório, com estrito rigor, pelos professores Linoli e Bertelli, este último da Universidade de Siena. A 4 de março de 1971, estes cientistas davam suas conclusões, que em inúmeras revistas de ciência, do mundo inteiro divulgaram em seguida.

Ei-las:

"A Carne é verdadeiramente carne. O Sangue é verdadeiro sangue. Um e outro são carne e sangue humanos. A carne e o sangue são do mesmo grupo sangüíneo (AB). A carne e o sangue são de uma pessoa VIVA. O diagrama deste sangue corresponde a de um sangue humano que tenha sido retirado de um corpo humano NAQUELE DIA MESMO. A Carne é constituída de tecido muscular do CORAÇÃO (miocárdio). A conservação destas relíquias, deixadas em estado natural durante séculos e expostas à ação de agentes físicos, atmosféricos e biológicos, permanece um fenômeno extraordinário".
Fica-se estupefato diante de tais conclusões, que manifestam de maneira evidente e precisa a autenticidade deste milagre eucarístico. Antes mesmo de as darem a conhecer de modo oficial, os peritos, no fim de sua analises, enviaram aos Padres Franciscanos de Lanciano o seguinte telegrama: " Et Verbum caro factum est" (E "o Verbo se fez carne.") Telegrama este, que é um ato de fé.

Outro detalhe inexplicável: pesando-se as pedrinhas de sangue coagulado (e todos são de tamanhos diferentes) cada uma delas tem exatamente o mesmo peso das cinco pedrinhas juntas! Deus parece brincar com o peso normal dos objetos.

Inútil dizer-vos que nesta igreja, celebrei a Missa votiva do Santíssimo Sacramento com uma fé renovada: o senhor, por meio de tal milagre vem, verdadeiramente, em socorro de nossas incredulidades.

E depois que foram conhecidas as conclusões dessa pesquisa científica, os peregrino vem de toda a parte venerar a Hóstia que se tornou carne e o vinho consagrado, que se tornou sangue.

Quanto a mim dois fatores me espantam. O primeiro é que se trata de carne e sangue de uma pessoa VIVA, vivendo atualmente, pois que esse sangue é o mesmo que tivesse sido retirado, naquele dia mesmo, de um ser vivo!

É bem uma prova direta de que Jesus Cristo ressuscitou verdadeiramente, que a Eucaristia é o Corpo e o Sangue de Cristo glorioso, assentado a direita do Pai e que, tendo saído do túmulo na manhã da Páscoa, não pode mais morrer. Tantas tolices tem sido ditas, nesses últimos anos, contra a ressurreição do Cristo! Algum, desejariam, com emprenho que essa ressurreição não fosse senão um símbolo, elaborado como que um mito pela piedade muito ardente dos primeiros cristãos!...Ora, eis eu a ciência vem de certo modo, em nosso socorro. Foi verdadeiramente na carne que o Cristo morreu e foi verdadeiramente também na carne, que Jesus ressuscitou no terceiro dia. E a mesma Carne –verdadeira carne nos é dada vida na Eucaristia, para que possamos viver da vida de Cristo! Não é a carne de um distante cadáver, mas uma carne animada e gloriosa. Portanto, vendo a Hóstia consagrada, posso dizer como o Apóstolo Tomé, oito dias depois da Páscoa quando colocou os dedos nas chagas de Cristo " Meu Senhos e meus Deus" é bem a carne viva do Deus vivo!"

Um segundo fato impressiona-me ainda mais: a Carne que lá esta é a carne do Coração. Não a carne de qualquer parte do Corpo adorável de Jesus, mas a do músculo que propulsiona o Sangue – e por tanto a vida – ao corpo inteiro, do músculo que é também o símbolo mais manifesto e o mais eloqüente do amor do Salvador por nós. Quando Jesus se entrega a nós na Eucaristia, é verdadeiramente seu próprio Coração que ele nos da a comer, é ao seu amor que nós comungamos, um amor manso e humilde como esse Coração mesmo, um amor poderoso e forte mais que a morte, e que é o antídoto dos fermentos de morte física e espiritual que carregamos em nossa "carne de pecado".

A Eucaristia é, na verdade, o dom por excelência do Coração de Jesus. S. João nos diz no começo do capítulo XIII de seu Evangelho, antes de nos falar do preparativos da ultima Ceia de Jesus: "Tendo amado os seus que estavam no mundo. Ele os amou ate o fim". Não tanto querendo significar: ate o fim de sua vida terrestre, mas ate os últimos excessos de onde poderia chegar a ternura de um Deus feito homem, do Amor infinito, tornando carne: Meu Coração é tão apaixonado de amor pelos homens" dira um dia o Cristo em Parayle-Monial, revelando seu Coração a Santa Margarida Maria. Uma paixão que o conduzi a cruz, que torna hoje presente sobre nossos altares em nossos sacrários e ate em nossos corações. Esta declarado em nosso Credo que Jesus, depois de sua morte, desceu aos infernos". Ressuscitado vivo, ele ai desce ainda hoje: ele vem à lama de nossos corações para arranca-los dessa lama. Ele vem a esses lugares de morte eterna. Ele vem em nossos corações, nos quais entrou o pecado – arrancar-nos da morte eterna e fazer-nos viver de sua vida divina. Seu Coração imaginou tudo isso, para testemunhar-nos – e de maneira singularmente eficaz – seu afeto se limites. Guardemos isto, em todo o caso: na Eucaristia eu recebo o Cristo todo inteiro, mas é verdadeiramente que se da e que eu como.

Não tínhamos também nós, necessidade de revigorar a nossa fé na Eucaristia? E não foi sem razão que Deus permitiu que o milagre de Lanciano, antigo de 12 séculos e sempre atual, nos fosse apresentado hoje pela própria ciência, por esta ciência que alguns queriam colocar em oposição com a fé ou que a pudesse substituir.

Fiz questão de comunicar-vos as reflexões que me inspirou o conhecimento deste milagre, e a emoção profunda que ele produziu em minha alma. Agora que me aproximo do SS. Sacramento com renovado respeito à ação de graças, adoração, amor renovados. E não duvido que vos tendo comunicado o que eu mesmo descobri em Lanciano, não tenhas também vós, diante da divina Eucaristia um sentimento mais vivo da presença do Verbo feito Carne que vem habitar em nós, o Cristo ressuscitado, que nos ama com uma ternura infinita entretanto humana.

Jesus o prometeu: "Eis que estou convosco até a consumação dos séculos. Sim, até o fim do mundo. Ele, o Verbo tornado Carne, desce em nossa carne e nos fez viver de sua vida eterna e gloriosa...



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