Com a Sagrada Escritura, Sagrada Tradição e o Sagrado Magistério desejamos proporcionar a você o "Depósito da Fé", herdado e transmitido por todas as gerações do Cristianismo. Forte Abraço
31 julho 2013
Balanço final da JMJ Rio 2013: público recorde de 3,7 milhões de pessoas em Copacabana
Os resultados alcançados pela Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio 2013) superaram as expectativas, de acordo com dom Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro e presidente do Comitê Organizador Local (COL) da JMJ Rio 2013. O público presente à missa de envio chegou a 3,7 milhões de pessoas, seis vezes maior que o número de presentes ao primeiro ato central, a missa de abertura (600 mil). O impacto econômico foi expressivo. Os visitantes desembolsaram R$ 1,8 bilhões, segundo números do Ministério do Turismo. Os dados foram divulgados em coletiva à imprensa nesta terça-feira, 30.
No total, mais de 3,5 milhões de pessoas participaram da JMJ Rio 2013, que contou com eventos em Copacabana, Quinta da Boa Vista, Rio Centro e em diversas paróquias da cidade. A cerimônia de acolhida do Santo Padre, na quinta-feira, 25, reuniu 1,2 milhões de pessoas em Copacabana, enquanto a via-sacra chegou a 2 milhões na sexta-feira, 26. Na vigília, cerca de 3,5 milhões de jovens estiveram na praia de Copacabana.
Foram 427 mil inscrições, de 175 países. Peregrinos inscritos com hospedagens foram cerca de 180 mil, enquanto as vagas disponibilizadas para hospedagem em casas de família e instituições chegaram a 356,4 mil.
"Nós vimos Deus agir. Deus atuou no meio de nós. Deus nos surpreendeu. Foi muito além do que planejamos. Temos visto na história como Deus tem atuado. Não tem outra explicação", destacou dom Orani.
Perfil dos inscritos
A JMJ Rio 2013 contou com uma presença massiva de latinos. Os países com o maior número de inscritos foram, respectivamente, Brasil, Argentina, Estados Unidos, Chile, Itália, Venezuela, França, Paraguai, Peru e México. Do total dos inscritos internacionais, 72,7% estiveram no Brasil pela primeira vez e 86,9% nunca haviam participado de uma Jornada.
Foram mais de 70 mil downloads no site oficial da JMJ Rio 2013 e mais de 200 mil acessos. O Facebook recebeu mais de 1,1 milhão de curtidas e o Flickr superou 10 mil downloads.
Entre os peregrinos inscritos, 55% são do sexo feminino; 60% do público tem entre 19 e 34 anos. Foram 644 bispos inscritos, dos quais 28 são cardeais. Além disso, foram 7814 sacerdotes inscritos e 632 diáconos. Para cobrir a JMJ Rio 2013 em 57 países, foram credenciados 6,4 mil jornalistas.
O evento também contou com 264 locais de catequese, em 25 idiomas. Foram 60 mil voluntários, mais de 800 artistas participantes dos atos centrais. Um total de 100 confessionários foram expostos na feira vocacional e no Largo da Carioca e 4 milhões de hóstias produzidas, 800 mil para missa de envio.
A geração de lixo foi inferior a outros eventos que acontecem em Copacabana, como o réveillon. A Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) removeu 345 toneladas de resíduos orgânicos e 45 toneladas de materiais recicláveis, durante a JMJ Rio 2013. O número representa cerca de 10% a menos do registrado na noite do último ano novo.
Experiência de fé
A renovação da fé e da esperança é o principal legado que a JMJ Rio 2013 deixará no coração dos jovens, de acordo com dom Orani. "Os jovens levaram consigo uma experiência de fé, de esperança muito grande. Tenho certeza de que jamais esqueceremos. Os jovens já são protagonistas hoje. O meu coração está muito agradecido", destacou. O arcebispo disse ainda que está sendo viabilizada a criação de um instituto para a juventude que terá a responsabilidade de guardar as experiências da JMJ Rio 2013 e trabalhar pelos jovens.
Entre os vários momentos significativos vividos junto ao Santo Padre, dom Orani destacou dois: a relação de carinho com as crianças e a oração ao Cristo Redentor. "Todas as vezes que nos deslocávamos de helicóptero, o Santo Padre olhava para o Cristo e rezava. Eu que estava atrás dele, pude presenciar várias vezes esses momentos de oração".
A proximidade do Papa com as pessoas traz um testemunho para o mundo de que a Igreja está perto das pessoas, como uma mãe de seus filhos, explicou dom Orani. "A Igreja antes de mais nada anuncia uma boa notícia a todos", disse. Outro legado deixado pela JMJ Rio 2013 foi a atenção do poder público e da mídia para a região oeste, onde está Guaratiba.
A cruz da JMJ e o ícone de Nossa Senhora serão entregues à Cracóvia, próxima cidade-sede, apenas em Roma. A tradição é que sejam enviados para o Pontifício Conselho para os Leigos e no domingo de Ramos do próximo ano, serão entregues aos jovens da Polônia em cerimônia que deverá acontecer em Roma.
Fonte: CNBB
Da redação do Portal Ecclesia.
30 julho 2013
Papa Francisco: "Não tenham medo das escolhas definitivas”!
Viagem Apostólica ao Brasil – JMJ 2013
Discurso do Papa Francisco
Rio Centro – Rio de Janeiro
Domingo, 28 de julho de 2013
Queridos voluntários,
Boa tarde!
Não podia regressar a Roma sem antes agradecer, de modo pessoal e afetuoso, a cada um de vocês pelo trabalho e dedicação com que acompanharam, ajudaram, serviram aos milhares de jovens peregrinos; pelos inúmeros pequenos detalhes que fizeram desta Jornada Mundial da Juventude uma experiência inesquecível de fé. Com os sorrisos de cada um de vocês, com a gentileza, com a disponibilidade ao serviço, vocês provaram que “há maior alegria em dar do que em receber” (At 20,35).
O serviço que vocês realizaram nestes dias me lembrou da missão de São João Batista, que preparou o caminho para Jesus. Cada um, a seu modo, foi um instrumento para que milhares de jovens tivessem o “caminho preparado” para encontrar Jesus. E esse é o serviço mais bonito que podemos realizar como discípulos missionários: preparar o caminho para que todos possam conhecer, encontrar e amar o Senhor. A vocês que, neste período, responderam com tanta prontidão e generosidade ao chamado para ser voluntários na Jornada Mundial, queria dizer: sejam sempre generosos com Deus e com os demais. Não se perde nada; ao contrário, é grande a riqueza da vida que se recebe!
Deus chama para escolhas definitivas, Ele tem um projeto para cada um: descobri-lo, responder à própria vocação significa caminhar na direção da realização jubilosa de si mesmo. A todos Deus nos chama à santidade, a viver a sua vida, mas tem um caminho para cada um.
Alguns são chamados a se santificar constituindo uma família através do sacramento do Matrimônio.Há quem diga que hoje o casamento está “fora de moda”; Está fora de moda? Na cultura do provisório, do relativo, muitos pregam que o importante é “curtir” o momento, que não vale a pena comprometer-se por toda a vida, fazer escolhas definitivas, “para sempre”, uma vez que não se sabe o que reserva o amanhã.
Em vista disso eu peço que vocês sejam revolucionários, eu peço que vocês vão contra a corrente; sim, nisto peço que se rebelem: que se rebelem contra esta cultura do provisório que, no fundo, crê que vocês não são capazes de assumir responsabilidades, que não são capazes de amar de verdade. Eu tenho confiança em vocês, jovens, e rezo por vocês. Tenham a coragem de “ir contra a corrente”. E também tenham a coragem de ser felizes!
O Senhor chama alguns ao sacerdócio, a se doar a Ele de modo mais total, para amar a todos com o coração do Bom Pastor. A outros, chama para servir os demais na vida religiosa: nos mosteiros, dedicando-se à oração pelo bem do mundo, nos vários setores do apostolado, gastando-se por todos, especialmente os mais necessitados.
Nunca me esquecerei daquele 21 de setembro – eu tinha 17 anos – quando, depois de passar pela igreja de San José de Flores para me confessar, senti pela primeira vez que Deus me chamava. Não tenham medo daquilo que Deus lhes pede! Vale a pena dizer “sim” a Deus. N’Ele está a alegria!
Queridos jovens, talvez algum de vocês ainda não veja claramente o que fazer da sua vida. Peça isso ao Senhor; Ele lhe fará entender o caminho. Como fez o jovem Samuel, que ouviu dentro de si a voz insistente do Senhor que o chamava, e não entendia, não sabia o que dizer, mas, com a ajuda do sacerdote Eli, no final respondeu àquela voz: Senhor, fala eu escuto (cf. 1Sm 3,1-10) Peçam vocês também a Jesus: Senhor, o que quereis que eu faça, que caminho devo seguir?
Caros amigos, novamente lhes agradeço por tudo o que fizeram nestes dias. Agradeço às pastorais, novas comunidades e movimentos que colocaram seus membros a serviço desta jornada. Não se esqueçam de nada do que vocês viveram aqui! Podem contar sempre com minhas orações, e sei que posso contar com as orações de vocês.
28 julho 2013
Homilia do Papa Francisco na Missa de envio da Jornada Mundial da Juventude
Homilia do Papa Francisco
Santa Missa pela XXVIII Jornada Mundial da Juventude
Rio de Janeiro
Domingo, 28 de julho de 2013
Venerados e amados Irmãos no episcopado e no sacerdócio,
Queridos jovens!
«Ide e fazei discípulos entre todas as nações». Com estas palavras, Jesus se dirige a cada um de vocês, dizendo: «Foi bom participar nesta Jornada Mundial da Juventude, vivenciar a fé junto com jovens vindos dos quatro cantos da terra, mas agora você deve ir e transmitir esta experiência aos demais». Jesus lhe chama a ser um discípulo em missão! Hoje, à luz da Palavra de Deus que acabamos de ouvir, o que nos diz o Senhor? Três palavras: Ide, sem medo, para servir.
1. Ide. Durante estes dias, aqui no Rio, vocês puderam fazer a bela experiência de encontrar Jesus e de encontrá-lo juntos, sentindo a alegria da fé. Mas a experiência deste encontro não pode ficar trancafiada na vida de vocês ou no pequeno grupo da paróquia, do movimento, da comunidade de vocês. Seria como cortar o oxigênio a uma chama que arde. A fé é uma chama que se faz tanto mais viva quanto mais é partilhada, transmitida, para que todos possam conhecer, amar e professar que Jesus Cristo é o Senhor da vida e da história (cf. Rm 10,9).
Mas, atenção! Jesus não disse: se vocês quiserem, se tiverem tempo, mas: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações». Partilhar a experiência da fé, testemunhar a fé, anunciar o Evangelho é o mandato que o Senhor confia a toda a Igreja, também a você. É uma ordem sim; mas não nasce da vontade de domínio ou de poder, nasce da força do amor, do fato que Jesus foi quem veio primeiro para junto de nós e nos deu não somente um pouco de Si, mas se deu por inteiro, deu a sua vida para nos salvar e mostrar o amor e a misericórdia de Deus. Jesus não nos trata como escravos, mas como homens livres, amigos, como irmãos; e não somente nos envia, mas nos acompanha, está sempre junto de nós nesta missão de amor.
Para onde Jesus nos manda? Não há fronteiras, não há limites: envia-nos para todas as pessoas. O Evangelho é para todos, e não apenas para alguns. Não é apenas para aqueles que parecem a nós mais próximos, mais abertos, mais acolhedores. É para todas as pessoas. Não tenham medo de ir e levar Cristo para todos os ambientes, até as periferias existenciais, incluindo quem parece mais distante, mais indiferente. O Senhor procura a todos, quer que todos sintam o calor da sua misericórdia e do seu amor.
Para onde Jesus nos manda? Não há fronteiras, não há limites: envia-nos para todas as pessoas. O Evangelho é para todos, e não apenas para alguns. Não é apenas para aqueles que parecem a nós mais próximos, mais abertos, mais acolhedores. É para todas as pessoas. Não tenham medo de ir e levar Cristo para todos os ambientes, até as periferias existenciais, incluindo quem parece mais distante, mais indiferente. O Senhor procura a todos, quer que todos sintam o calor da sua misericórdia e do seu amor.
De forma especial, queria que este mandato de Cristo -”Ide” – ressoasse em vocês, jovens da Igreja na América Latina, comprometidos com a Missão Continental promovida pelos Bispos. O Brasil, a América Latina, o mundo precisa de Cristo! Paulo exclama: «Ai de mim se eu não pregar o evangelho!» (1Co 9,16). Este Continente recebeu o anúncio do Evangelho, que marcou o seu caminho e produziu muito fruto. Agora este anúncio é confiado também a vocês, para que ressoe com uma força renovada. A Igreja precisa de vocês, do entusiasmo, da criatividade e da alegria que lhes caracterizam! Um grande apóstolo do Brasil, o Bem-aventurado José de Anchieta, partiu em missão quando tinha apenas dezenove anos! Sabem qual é o melhor instrumento para evangelizar os jovens? Outro jovem! Este é o caminho a ser percorrido!
2. Sem medo. Alguém poderia pensar: «Eu não tenho nenhuma preparação especial, como é que posso ir e anunciar o Evangelho»? Querido amigo, esse seu temor não é muito diferente do sentimento que teve Jeremias, um jovem como vocês, quando foi chamado por Deus para ser profeta. Acabamos de escutar as suas palavras: «Ah! Senhor Deus, eu não sei falar, sou muito novo». Deus responde a vocês com as mesmas palavras dirigidas a Jeremias: «Não tenhas medo… pois estou contigo para defender-te» (Jr 1,8). Deus está conosco!
«Não tenham medo!» Quando vamos anunciar Cristo, Ele mesmo vai à nossa frente e nos guia. Ao enviar os seus discípulos em missão, Jesus prometeu: «Eu estou com vocês todos os dias» (Mt 28,20). E isto é verdade também para nós! Jesus não nos deixa sozinhos, nunca lhes deixa sozinhos! Sempre acompanha a vocês!
«Não tenham medo!» Quando vamos anunciar Cristo, Ele mesmo vai à nossa frente e nos guia. Ao enviar os seus discípulos em missão, Jesus prometeu: «Eu estou com vocês todos os dias» (Mt 28,20). E isto é verdade também para nós! Jesus não nos deixa sozinhos, nunca lhes deixa sozinhos! Sempre acompanha a vocês!
Além disso, Jesus não disse: «Vai», mas «Ide»: somos enviados em grupo. Queridos jovens, sintam a companhia de toda a Igreja e também a comunhão dos Santos nesta missão. Quando enfrentamos juntos os desafios, então somos fortes, descobrimos recursos que não sabíamos que tínhamos. Jesus não chamou os Apóstolos para viver isolados, chamou-lhes para que formassem um grupo, uma comunidade. Queria dar uma palavra também a vocês, queridos sacerdotes, que concelebram comigo esta Eucaristia: vocês vieram acompanhando os seus jovens, e é uma coisa bela partilhar esta experiência de fé! Mas esta é uma etapa do caminho. Continuem acompanhando os jovens com generosidade e alegria, ajudem-lhes a se comprometer ativamente na Igreja; que eles nunca se sintam sozinhos!
3. A última palavra: para servir. No início do salmo proclamado, escutamos estas palavras: «Cantai ao Senhor Deus um canto novo» (Sl 95, 1). Qual é este canto novo? Não são palavras, nem uma melodia, mas é o canto da nossa vida, é deixar que a nossa vida se identifique com a vida de Jesus, é ter os seus sentimentos, os seus pensamentos, as suas ações. E a vida de Jesus é uma vida para os demais. É uma vida de serviço.
São Paulo, na leitura que ouvimos há pouco, dizia: «Eu me tornei escravo de todos, a fim de ganhar o maior número possível» (1 Cor 9, 19). Para anunciar Jesus, Paulo fez-se «escravo de todos». Evangelizar significa testemunhar pessoalmente o amor de Deus, significa superar os nossos egoísmos, significa servir, inclinando-nos para lavar os pés dos nossos irmãos, tal como fez Jesus.
Ide, sem medo, para servir. Seguindo estas três palavras, vocês experimentarão que quem evangeliza é evangelizado, quem transmite a alegria da fé, recebe alegria. Queridos jovens, regressando às suas casas, não tenham medo de ser generosos com Cristo, de testemunhar o seu Evangelho. Na primeira leitura, quando Deus envia o profeta Jeremias, lhe dá o poder de «extirpar e destruir, devastar e derrubar, construir e plantar» (Jr 1,10). E assim é também para vocês. Levar o Evangelho é levar a força de Deus, para extirpar e destruir o mal e a violência; para devastar e derrubar as barreiras do egoísmo, da intolerância e do ódio; para construir um mundo novo. Jesus Cristo conta com vocês! A Igreja conta com vocês! O Papa conta com vocês! Que Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, lhes acompanhe sempre com a sua ternura: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações». Amém.
Discurso do Papa Francisco na Vigília de Oração em Copacabana – 27/07/13
Viagem Apostólica ao Brasil
Discurso do Papa Francisco
Vigília com os jovens na Praia de Copacabana
Sábado, 27 de julho de 2013
Discurso do Papa Francisco
Vigília com os jovens na Praia de Copacabana
Sábado, 27 de julho de 2013
Queridos jovens,
Olhando para vocês presentes aqui hoje, me vem a mente a história de
São Francisco de Assis. Diante do Crucifixo, ele escuta a voz de Jesus
que lhe diz: «Francisco, vai e repara a minha casa». E o jovem Francisco
responde, com prontidão e generosidade, a esta chamado do Senhor:
repara a minha casa. Mas qual casa? Aos poucos, ele percebe que não se
tratava fazer de pedreiro para reparar um edifício feito de pedras, mas
de dar a sua contribuição para a vida da Igreja; tratava-se de
colocar-se ao serviço da Igreja, amando-a e trabalhando para que
transparecesse nela sempre mais a Face de Cristo.Também hoje o Senhor continua precisando de vocês, jovens, para a sua Igreja. Querido jovens, o Senhor necessita de você. Também hoje ele chama a cada um de vocês para segui-lo na sua Igreja, para serem missionários. Queridos jovens, o Senhor hoje os chama. Não a muitos, mas a você, a você, a você, a você… a cada um. Escutem-no no coração.
Penso que podemos aprender com o que aconteceu nesses dias. Como tivemos que cancelar, devido ao mau tempo, a realização desta vigília no Campus Fidei (Campo da Fé), em Guaratiba, não estaria o Senhor querendo dizer-nos que o verdadeiro Campo da Fé, o verdadeira Campus Fidei, não é um lugar geográfico, mas somos nós?
Sim, é verdade. Cada um de nós, cada um de vocês, eu, vocês, todos, que ser discípulos missionários significa reconhecer que somos Campos da Fé de Deus. Por isso, a partir da imagem do Campo da Fé, pensei em três imagens que podem nos ajudar a entender melhor o que significa ser um discípulo missionário: a primeira, o campo como lugar onde se semeia; a segunda, o campo como lugar de treinamento; e a terceira, o campo como canteiro de obras.
1. O campo como lugar onde se semeia. Todos conhecemos a parábola de Jesus sobre um semeador que saiu pelo campo lançando sementes; algumas caem à beira do caminho, em meio às pedras, no meio de espinhos e não conseguem se desenvolver; mas outras caem em terra boa e dão muito fruto (cf. Mt 13,1-9). Jesus mesmo explica o sentido da parábola: a semente é a Palavra de Deus que é lançada nos nossos corações (cf. Mt 13,18-23). Queridos jovens, isso significa que o verdadeiro Campus Fidei é o coração de cada um de vocês, é a vida de vocês. E é na vida de vocês que Jesus pede para entrar com a sua Palavra, com a sua presença. Por favor, deixem que Cristo e a sua Palavra entrem na vida de vocês, e nela possam germinar e crescer.
Jesus nos diz que as sementes, que caíram à beira do caminho, em meio às pedras e em meio aos espinhos não deram fruto. Qual terreno somos ou queremos ser? Quem sabe se, às vezes, somos como o caminho: escutamos o Senhor, mas na vida não muda nada, pois nos deixamos aturdir por tantos apelos superficiais que escutamos; ou como o terreno pedregoso: acolhemos Jesus com entusiasmo, mas somos inconstantes e diante das dificuldades não temos a coragem de ir contra a corrente; ou somos como o terreno com os espinhos: as coisas, as paixões negativas sufocam em nós as palavras do Senhor (cf. Mt 13, 18-22). Mas, hoje, tenho a certeza que a semente está caindo numa terra boa, sei que vocês querem ser um terreno bom, não querem ser cristãos pela metade, nem “engomadinhos”, nem cristãos de fachada, mas sim autênticos. Tenho a certeza que vocês não querem viver na ilusão de uma liberdade que se deixe arrastar pelas modas e as conveniências do momento. Sei que vocês apostam em algo grande, em escolhas definitivas que deem pleno sentido para a vida. Jesus é capaz de oferecer-lhes isto. Ele é o «caminho, a verdade e a vida» (Jo 14,6)! Confiemos n’Ele. Deixemo-nos guiar por Ele!
2. O campo como lugar de treinamento. Jesus nos pede que o sigamos por toda a vida, pede que sejamos seus discípulos, que “joguemos no seu time”. Acho que a maioria de vocês ama os esportes. E aqui no Brasil, como em outros países, o futebol é uma paixão nacional. Ora bem, o que faz um jogador quando é convocado para jogar em um time? Deve treinar, e muito! Também é assim na nossa vida de discípulos do Senhor. São Paulo nos diz: «Todo atleta se impõe todo tipo de disciplina. Eles assim procedem, para conseguirem uma coroa corruptível. Quanto a nós, buscamos uma coroa incorruptível!» (1Co 9, 25). Jesus nos oferece algo muito superior que a Copa do Mundo! Oferece-nos a possibilidade de uma vida fecunda e feliz e nos oferece também um futuro com Ele que não terá fim: a vida eterna. Jesus, porém, nos pede que treinemos para estar “em forma”, para enfrentar, sem medo, todas as situações da vida, testemunhando a nossa fé. Como? Através do diálogo com Ele: a oração, que é diálogo diário com Deus que sempre nos escuta. através dos sacramentos, que fazem crescer em nós a sua presença e nos conformam com Cristo; através do amor fraterno, do saber escutar, do compreender, do perdoar, do acolher, do ajudar os demais, qualquer pessoa sem excluir nem marginalizar ninguém. Queridos jovens, que vocês sejam verdadeiros “atletas de Cristo”!
3. O campo como canteiro de obras. Quando o nosso coração é uma terra boa que acolhe a Palavra de Deus, quando se “sua a camisa” procurando viver como cristãos, nós experimentamos algo maravilhoso: nunca estamos sozinhos, fazemos parte de uma família de irmãos que percorrem o mesmo caminho; somos parte da Igreja, mais ainda, tornamo-nos construtores da Igreja e protagonistas da história. São Pedro nos diz que somos pedras vivas que formam um edifício espiritual (cf. 1Pe 2,5). E, olhando para este palco, vemos que ele tem a forma de uma igreja, construída com pedras, com tijolos. Na Igreja de Jesus, nós somos as pedras vivas, e Jesus nos pede que construamos a sua Igreja; e não como uma capelinha, onde cabe somente um grupinho de pessoas. Jesus nos pede que a sua Igreja viva seja tão grande que possa acolher toda a humanidade, que seja casa para todos! Ele diz a mim, a você, a cada um: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações»! Nesta noite, respondamos-lhe: Sim, também eu quero ser uma pedra viva; juntos queremos edificar a Igreja de Jesus! Digamos juntos: Eu quero ir e ser construtor da Igreja de Cristo!
No coração jovem de vocês, existe o desejo de construir um mundo melhor. Acompanhei atentamente as notícias a respeito de muitos jovens que, em tantas partes do mundo, saíram pelas ruas para expressar o desejo de uma civilização mais justa e fraterna. Mas, fica a pergunta: Por onde começar? Quais são os critérios para a construção de uma sociedade mais justa? Quando perguntaram a Madre Teresa de Calcutá o que devia mudar na Igreja, ela respondeu: você e eu!
Queridos amigos, não se esqueçam: Vocês são o campo da fé! Vocês são os atletas de Cristo! Vocês são os construtores de uma Igreja mais bela e de um mundo melhor. Elevemos o olhar para Nossa Senhora. Ela nos ajuda a seguir Jesus, nos dá o exemplo com o seu “sim” a Deus: «Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra» (Lc 1,38). Também nós o dizemos a Deus, juntos com Maria: faça-se em mim segundo a Tua palavra. Assim seja!
Visita do Papa ao Brasil NÃO é “estratégia de reconquista” dos católicos como afirmam ERRONEAMENTE alguns setores da mídia.
Zenit
A
primeira viagem internacional do papa Francisco despertou o interesse
da imprensa internacional por diversos motivos. Um deles, entre os mais
martelados, é a ênfase de muitos meios de comunicação na quantidade de
católicos brasileiros, que mantêm no país o título de maior população
católica do mundo, mas vem diminuindo consideravelmente.
Artigos
e reportagens opinam que o avanço de grupos protestantes, de movimentos
religiosos alternativos, de outras religiões e inclusive de não crentes
é o que teria motivado a viagem do papa Francisco, numa espécie de
“reconquista” do Brasil em particular e da América Latina em geral.
O
Brasil é o primeiro país do mundo em número de católicos. Na América,
seguem-se México, Colômbia, Argentina, Peru, Venezuela, Equador, Chile,
Guatemala, República Dominicana, Bolívia, Haiti, Cuba, Honduras,
Paraguai, Nicarágua, El Salvador, Costa Rica, Porto Rico, Panamá e
Uruguai.
O Vatican Information Service, em 20 de julho, trouxe as seguintes estatísticas sobre a Igreja católica no Brasil:
“O
Brasil tem uma população de 195.041.000 de habitantes, dos quais
164.780.000 são católicos, ou seja, 84,48%. Há 274 circunscrições
eclesiásticas, 10.802 paróquias e 37.827 centros pastorais. Realizam as
tarefas de apostolado 453 bispos, 20.701 sacerdotes, 2.702 religiosos e
30.528 religiosas; os diáconos permanentes são 2.903. Há 1.985 membros
leigos de institutos seculares, 144.910 missionários leigos e 483.104
catequistas. Os seminaristas menores são 2.671 e os maiores 8.956”.
“A
Igreja Católica tem no Brasil 6.882 centros educativos de todos os
níveis, nos quais estudam 1.940.299 alunos, além de 3.257 centros de
educação especial. Há também 5.340 centros assistenciais de propriedade
da Igreja ou dirigidos por eclesiásticos: 369 hospitais, 884
ambulatórios, 22 leprosários, 718 casas para idosos e portadores de
necessidades especiais, 1.636 orfanatos e creches e 1.711 consultórios
familiares e centros para a proteção da vida”.
Os dados são do Escritório Central de Estatísticas da Igreja, atualizados em 31 de dezembro de 2011.
No
tocante à quantidade de católicos, há uma discordância entre os dados
deste escritório e os dados publicados pela revista britânica The Economist, no mesmo dia 20 de julho (cf. The promise and peril of a papal visit).
A revista de cabeceira das missões diplomáticas mundiais afirma que há
123 milhões de católicos no Brasil, para, em seguida, enfatizar que, na
comparação com os grupos protestantes e de não crentes, a Igreja
católica sofre uma grande retração numérica.
Um levantamento do The Pew Forum on Religion and Public Life, de 18 de julho, reforça os dados da The Economist. A análise Brazil’s Changing Religious Landscape
estudou os dados de vários censos brasileiros das últimas quatro
décadas, cujos resultados refletem, de fato, uma queda no número de
católicos e um aumento no número de protestantes.
O
relatório mostra que, entre 1970 e 2000, o número de católicos no
Brasil aumentou, apesar de a população que se considera católica ter
caído. Foi a partir de 2000-2010 que tanto o número absoluto quanto a
porcentagem de católicos diminuiu (de 125 milhões, em 2000, ou 74% da
população, para a 123 milhões em 2010, ou 65% da população).
Em
contrapartida, o protestantismo brasileiro aumentou no mesmo período de
25 milhões (15% da população) para 42 milhões (22% da população).
Movimentos religiosos alternativos e religiões como o islamismo e o
budismo subiram de 2 milhões em 1970 para 6 milhões em 2000 (4% da
população), até atingir 10 milhões (5% da população) em 2010.
Por sua vez, o número de pessoas sem afiliação religiosa também aumentou, de acordo com o estudo do The Pew Forum on Religion and Public Life.
Agnósticos e ateus passaram de menos de 1 milhão em 1970 para 12
milhões em 2000 (7% da população). O censo brasileiro de 2010 atualizou
este dado: 15 milhões de brasileiros estavam sem afiliação religiosa (8%
da população).
O estudo Brazil’s Changing Religious Landscape
menciona que, de acordo com o censo brasileiro de 1991, os pentecostais
e neopentecostais representavam 6% da população. Em 2010, já eram 13%.
Enquanto isso, os brasileiros que se identificam com denominações
protestantes tradicionais, como os batistas e os presbiterianos, se
mantiveram em número estável nas duas últimas décadas. A terceira
categoria de protestantes tradicionais aparece no censo do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como “sem classificação”:
eram 1% em 1991 e 5% em 2010.
O
estudo menciona ainda as porcentagens de religião por sexos: segundo o
censo de 2010, há mais homens católicos (65%) do que mulheres (64%).
Este cenário muda no âmbito protestante, em que as mulheres representam
24% e os homens 20%. Por sua vez, 10% dos homens são agnósticos ou
ateus, contra 6% das mulheres. Em outras religiões, as mulheres são 6% e
os homens 5%.
Um
dado chamativo a respeito do Rio de Janeiro, a cidade que recebe a
Jornada Mundial da Juventude 2013, é que menos da metade da população
carioca (46%) é católica.
E quanto à discordância entre as estatísticas do Escritório Central da Igreja e as do The Pew Forum on Religion and Public Life,
que se baseia em dados do censo do IBGE? Ela se deve ao seguinte: os
dados da Igreja contam as pessoas batizadas em números absolutos,
enquanto The Pew Forum contabiliza as mudanças de religião das pessoas depois do batismo.
A
viagem do papa ao Brasil, porém, não se deveu a uma “estratégia de
reconquista”, nem tem como finalidade principal reacender o fervor dos
brasileiros e dos latino-americanos.
A
visita estava prevista há dois anos, quando Bento XVI anunciou, na
Jornada Mundial da Juventude em Madri, que o Rio de Janeiro seria a sede
da edição de 2013. O papa Francisco manteve o compromisso, na
continuidade entre os dois pontificados. Esta sim, midiaticamente
falando, é uma chave de leitura válida
Pregação do Retorno do Crisma sobre a JMJ - 28 de Julho de 2013
PARÓQUIA SENHOR BOM
JESUS DOS NAVEGANTES
CATEQUESE DE SÃO PEDRO
ENCONTRO DE CRISMA
DATA: 28 DE JULHO DE
2013 NA IGREJA DE SÃO PEDRO
Tema:“Tenho muita esperança em vocês! Espero,
sobretudo, que renovem a fidelidade de vocês a Jesus Cristo e à sua cruz redentora”.
Jeremias 27,11
(João
Paulo II aos jovens em 11 de abril de 1987em Buenos Aires, na Argentina na
Primeira JMJ internacional)
Por
Cássio José
“Tendes
de conhecer a vossa fé como um especialista em informática domina o sistema
operacional de um computador. Tendes de compreendê-la como um bom músico
entende uma partitura. Sim, tendes de estar enraizados na fé ainda mais
profundamente que a geração dos vossos pais, para enfrentar os desafios e as
tentações deste tempo com força e determinação”.
(Bento XVI. Introdução do YouCat, o Catecismo para
jovens que foi entregue na última Jornada Mundial da Juventude, em Madrid)
1. Início
de Conversa
Queridos
jovens crismandos que se encontram nesta Igreja de São Pedro, bom dia!!!
Hoje
nós estamos retornando à Catequese de Crisma com este encontrão com toas as
turmas juntas aqui na Igreja. Falta pouco tempo para que vocês possam receber o
Sacramento Crismal. Este encontro tem por objetivo, além de recomeçar os
encontros de Crisma, refletiremos um pouco sobre a JMJ Rio
2013, bem como entendermos, de fato, o que é a Jornada Mundial da Juventude.
Claro que as emissoras e mídias fizeram a cobertura sobre a JMJ, por se tratar
de um evento de grande porte e que reúne todos os jovens do planeta. No
entanto, todos nós sabemos que cada emissora, faz aproveitamento para falar de
uma maneira que lhe agrade e não mostra que realmente é a Jornada Mundial da
Juventude, seu objetivo e missão.
2.
Um pouco sobre o Sacramento Crismal
Antes, porém, gostaria de tocar, muito rápido, sobre o
Sacramento do Crisma, já que nos encontramos às beiras da eventual realização
deste sacramento na vida de vocês.
O
Catecismo da Igreja Católica, n. 1285 nos afirma:
“Os batizados
≪pelo sacramento da Confirmação (ou
Crisma), são mais perfeitamente vinculados a Igreja, enriquecidos com uma força
especial do Espirito Santo e deste modo ficam mais estritamente obrigados a
difundir e a defender a fé por palavras e obras, como verdadeiras testemunhas
de Cristo”.
(CIC, n. 1285)
Entendemos
assim que passamos a pertencer a Igreja de Cristo com mais intimidade e devemos
ser testemunhas de Jesus, ou seja, depois de termos uma experiência pessoa com
o Senhor Jesus, levá-lo aos outros. Além disso, temos uma dupla missão: difundir
e defender a fé sejam com palavras seja com obras.
Os que recebem o Sacramento Crismal,
o óleo da unção, recebe a mesma missão que Jesus recebeu e devem ser sinais de
Salvação por onde passarem. Isso pelo fato de que foram entregues ao Senhor:
“A unção
com o santo crisma depois do Batismo, na Confirmação e na Ordenação, é sinal
duma consagração. Pela Confirmação, os cristãos, quer dizer, os que são
ungidos, participam mais na missão de Jesus Cristo e na plenitude do Espirito
Santo de que Ele esta repleto, a fim de que toda a sua vida espalhe ≪o bom odor de Cristo. (II Cor 2,15)”
(CIC, n. 1294)
O
Diretório Nacional da Catequese nos exorta sobre a vida dos jovens e os
sacramentos da Iniciação Cristã:
“Essa fase tão turbulenta
nem sempre recebe os devidos cuidados pastorais, ocasionando um vácuo entre a
Primeira Comunhão Eucarística e a Confirmação. Urge para os adolescentes um
projeto de crescimento na fé, do qual eles mesmos sejam protagonistas na
descoberta da própria personalidade, no conhecimento e encantamento por Jesus
Cristo, no compromisso com a comunidade e na coerência de vida cristã na sociedade”.
(DNC, n. 195)
O Papa Bento XVI afirma
que os devem ter um compromisso mais sério com a Igreja, a partir de um
encontro pessoal com o Senhor Jesus:
“Para o crescimento da
vossa amizade com Cristo é fundamental reconhecer a importância da vossa feliz
inserção nas paróquias, comunidades e movimentos, bem como a participação na
Eucaristia de cada domingo, a recepção frequente do sacramento do perdão e o
cultivo da oração e a meditação da Palavra de Deus”.
(Papa Bento XVI na homilia da Missa Conclusiva da
XXVI JMJ em Madri, na Base Aérea de Quatro Ventos, em 21 de agosto de 2011)
Através deste Sacramento, tornamo-nos adultos na fé,
tendo consciência de nossa missão neste mundo de levar o Cristo Ressuscitado,
como bem fizeram os primeiros apóstolos da Igreja Primitiva. Cheios do Espírito
Santo fizeram discípulos e missionários para o Senhor Jesus.
3. Conhecendo
um pouco sobre a Jornada Mundial da Juventude
A
Jornada Mundial da Juventude, JMJ, é o maior evento de jovens de todo o
universo. É o único evento que consegue reunir jovens de todo o planeta para um
propósito de fé. Tem por objetivo reunir os jovens com o Papa, que é o pastor
universal da Igreja de Cristo. Nela, acontecem shows com muitas bandas e
ministérios católicos do mundo todo, confissões em espaço aberto, evangelização
de porta em porta onde está acontecendo a JMJ, celebrações eucarísticas com o
Papa e os 2 principais eventos: A Via Sacra e a Vigília de Oração com os jovens
encerrando com uma Missa Conclusiva de envio.É um evento de evangelização de
jovens.
O
cardeal Stanislaw Rylko, Presidente do Conselho Pontifício para os Leigos, em
entrevista sobre a JMJ, nos detalha um pouco sobre a história e o objetivo da
Jornada Mundial da Juventude:
“Na origem das Jornadas Mundiais da
Juventude, houve dois importantes acontecimentos cujos protagonistas foram
precisamente os jovens: O jubileu de 1984 e o Ano Internacional da juventude de
1985... Entregou aos jovens a Cruz, sinal do ano jubilar. A Cruz que se
converteu na cruz dos jovens, a cruz das Jornadas Mundiais da Juventude”.
CAMINHANDO
PELAS JORNADAS:
1986–
Roma. Foi a primeira JMJ. Despois da instituição deste acontecimento na Igreja
foi celebrada a nível diocesano.
1987
– Buenos Aires, foi a primeira Jornada fora de Roma.Aconteceu um ano depois, em
Buenos Aires no Domingo de Ramos. Lá estavam presentes mais de 1 milhão de
jovens.
1989
– Santiago de Compostela. Nela já tinha uma estrutura mais definida em três
partes: a catequese (momento da Doutrina), a Vigília de Oração e a Eucaristia
dos jovens do mundo.
1991
– Czestochowa: nela, juntou-se os dois extremos por que o muro de Berlim foi quebrado.
1993
– Denver
1995
– Manila, nas Filipinas. Foi considerada com o maior número de participantes,
pois tinha aproximadamente 4 milhões de pessoas.
1997
– Paris, na França. Nela, teve a novidade da Via Cruz
2000
– Roma. Aqui temos o Grande Jubileu. Tinha mais de 2 milhões de jovens.
Sentia-se o Kairós, esse tempo da graça. Tempo especial do grande Jubileu.
2002
– Toronto (metrópole moderna)
2005
– Koln
Aqui
temos um fato histórico da nossa Igreja. Ela foi chamada como a JMJ dos 2 Papas:
João Paulo II que quis esta Jornada, escolheu Colóia e preparou a Jornada, e o
Papa Bento XVI que a celebrou.
2008
– Sydney. No caso, nessa Jornada apenas 20% da população é católica, mas apesar
disso, a acolhida foi espetacular.
2011
– Madrid
2013
– Brasil
Com
a caminhada pelas Jornadas Mundiais da Juventude percebemos a preocupação da
Igreja em fazer com que jovens evangelizem jovens.
4.
Bebendo um pouco dos Discursos dos
Papas durante as Jornadas Mundiais da Juventude
O
site do Vaticano, Santa Sé, é uma verdadeira biblioteca documental dos
discursos dos nossos Papas, documentos pontifícios, cartas apostólicas,
encíclicas... Lá, estão registrados todos os discursos ditos pelos nossos
pastores no decorrer das JMJs.
Analisaremos alguns discursos de algumas
homilias e pronunciamentos de João Paulo II, Bento XVI e Papa Francisco quando
conversava com os jovens no que concerne a alguns assuntos temáticos.
HOMILIA DO PAPA JOÃO PAULO II NA MISSA DE
ENCERRAMENTO
Parque "Downsview" – Domingo, 28 de Julho
de 2002
O "espírito do mundo" oferece
múltiplas ilusões, numerosas paródias da felicidade.Sem dúvida, não existem
trevas mais densas do que aquelas que se insinuam na alma dos jovens, quando os
falsos profetas extinguem neles a luz da fé, da esperança e da caridade. A
maior utopia, a fonte mais importante da infelicidade consiste na ilusão de
encontrar a vida renunciando a Deus, de conquistar a liberdade excluindo as
verdades morais e a responsabilidade pessoal.
3. O Senhor convida-vos a escolher entre estas duas
vozes, que concorrem para se apoderar da vossa alma. Esta opção constitui a
substância e o desafio da Jornada Mundial da Juventude. Por que motivo vos
reunistes aqui, oriundos de todas as regiões do mundo? Para dizerdes,
juntamente com Cristo: "Senhor, para quem havemos de ir?" (Jo
6, 68). Quem é que tem palavras de vida eterna? É Jesus, o amigo íntimo de cada
jovem, que tem palavras de vida.
VIGÍLIA DE ORAÇÃO – DISCURSO DO SANTO PADRE JOÃO PAULO II
Parque "Downsview", Toronto – Sábado 27
de Julho de 2002
Esta interrogação volta a ressoar: sobre que
fundamentos e que certezas deveremos edificar as nossas vidas e a existência
da comunidade a que pertencemos?
Queridos Amigos, espontaneamente nos vossos
corações, no entusiasmo dos vossos anos juvenis, vós conheceis a resposta [a
esta interrogação], e estais a manifestá-la através da vossa presença aqui
nesta noite: somente Cristo é a pedra angular sobre a qual é
possível construir solidamente o edifício da própria existência. Somente Cristo
conhecido, contemplado e amado é o amigo fiel que jamais nos desilude, que se
torna o nosso companheiro de viagem, e cujas palavras aquecem o nosso coração
(cf. Lc 24, 13-35).
VIGÍLIA COM OS
JOVENS EM 2008 NA XXIII JMJ NO HIPÓDROMO DE RANDWICK
Sobre o Espírito Santo
Caríssimos
jovens,
Nesta
noite, ouvimos mais uma vez a grande promessa de Cristo – «ides receber uma
força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós» – e escutamos o seu mandato
– «sereis minhas testemunhas (…) até aos confins do mundo» (Act 1, 8).
Estas palavras foram precisamente as últimas que Jesus pronunciou antes da sua
ascensão ao céu.
Acolhei
no vosso coração e na vossa mente os sete dons do Espírito Santo. Reconhecei e
acreditai na força do Espírito Santo em vossa vida.
Precisamos
de conhecer a pessoa do Espírito Santo e a sua presença vivificante na nossa
vida.
E
todavia sabemos que é o Espírito Santo, silencioso e invisível, quem
proporciona orientação e definição ao nosso testemunho sobre Jesus Cristo.
O
Espírito Santo tem sido, de variadas maneiras, a Pessoa esquecida da Santíssima
Trindade
Esta
é a sua função: levar a termo a obra de Cristo. Enriquecidos pelos dons do
Espírito, vós tendes a força de ultrapassar as visões parciais, a utopia vã, a
precariedade fugaz e oferecer a coerência e a certeza do testemunho cristão.
«O
Espírito Santo faz-nos habitar em Deus e Deus em nós; mas é o amor que causa
tudo isto.Portanto, o Espírito é Deus enquanto amor» (De Trinitate, 15,
17, 31).
Acolhendo
a força do Espírito Santo, podereis também vós transformar as vossas famílias,
as comunidades, as nações. Libertai estes dons. Fazei com que a sabedoria, o
entendimento, a fortaleza, a ciência e a piedade sejam os sinais da vossa
grandeza.
VIGÍLIA DE ORAÇÃO COM OS JOVENS
EM MADRI, EM 20 DE AGOSTO DE 2011 – HOMILIA
DO PAPA BENTO XVI
Sobre o estado de vida: vocações
Queridos
amigos!
Saúdo-vos a todos, e de modo particular aos jovens
que me formularam as perguntas, agradecendo-lhes a sinceridade com que
expuseram as suas inquietações, que exprimem de certo modo o anseio de todos
vós por alcançar algo de grande na vida, algo que vos dê plenitude e
felicidade.
Se permanecerdes no amor de Cristo,
radicados na fé, encontrareis, mesmo no meio de contrariedades e sofrimentos, a
fonte do júbilo e a alegria. A fé não se opõe aos vossos ideais mais altos;
pelo contrário, exalta-os e aperfeiçoa-os. Queridos jovens, não vos conformeis
com nada menos do que a Verdade e o Amor, não vos conformeis com nada menos do
que Cristo.
Nesta vigília de oração, convido-vos a
pedir a Deus que vos ajude a descobrir a vossa vocação na sociedade e na Igreja
e a perseverar nela com alegria e fidelidade. Vale acolher dentro de nós o
chamado de Cristo e seguir com coragem e generosidade o caminho que Ele nos
proponha.
Queridos jovens, para descobrir e seguir
fielmente a forma de vida a que o Senhor chama cada um de vós, é indispensável
permanecer no seu amor como amigos. E, como se mantém a amizade se não com o
trato frequente, o diálogo, o estar juntos e o partilhar anseios ou penas?
Dizia Santa Teresa de Ávila que a oração não é outra coisa senão «tratar de
amizade – estando muitas vezes tratando a sós – com Quem sabemos que nos ama» (Livro
da Vida, 8).
5.
Jornada Mundial da Juventude no Brasil, Rio de
Janeiro
Acompanhemos
alguns dos pronunciamentos do Papa Francisco em alguns discursos e homilias
JMJ
RIO 2013 COM O PAPA FRANCISCO
“Ninguém pode permanecer insensível às desigualdades
que ainda existem no mundo! Cada um, na medida das próprias possibilidades e
responsabilidades, saiba dar a sua contribuição para acabar com tantas
injustiças sociais! Não é, não é a cultura do egoísmo, do individualismo, que
frequentemente regula a nossa sociedade, aquela que constrói e conduz a um
mundo mais habitável; não é ela, mas sim a cultura da solidariedade; a cultura
da solidariedade é ver no outro não um concorrente ou um número, mas um irmão.
E todos nós somos irmãos!
...
Não deixemos, não deixemos entrar no nosso coração a
cultura do descartável! Não deixemos entrar no nosso coração a cultura do
descartável, porque nós somos irmãos. Ninguém é descartável!
...
Queria dizer uma última coisa, uma última coisa.
Aqui, como em todo o Brasil, há muitos jovens. Hein, jovens! Vocês, queridos
jovens, possuem uma sensibilidade especial frente às injustiças, mas muitas
vezes se desiludem com notícias que falam de corrupção, com pessoas que, em vez
de buscar o bem comum, procuram o seu próprio benefício. Também para vocês e
para todas as pessoas repito: nunca desanimem, não percam a confiança, não
deixem que se apague a esperança.
A realidade pode mudar, o homem pode mudar. Procurem
ser vocês os primeiros a praticar o bem, a não se acostumarem ao mal, mas a
vencê-lo com o bem. A Igreja está ao lado de vocês, trazendo-lhes o bem
precioso da fé, de Jesus Cristo, que veio «para que todos tenham vida, e vida
em abundância» (Jo 10,10)”.
FESTA DE ACOLHIDA DOS JOVENS EM
COPACABANA, NA QUINTA-FEIRA DE 25 DE JULHO DE 2005
SAUDAÇÃO
Queridos
jovens,
Boa tarde!
Boa tarde!
Primeiramente quero lhes agradecer pelo testemunho
de fé que vocês estão dando ao mundo. Sempre ouvi dizer que as cariocas não
gostam do frio e da chuva, mas vocês estão mostrando que a fé de vocês é mais
forte que o frio e a chuva. Parabéns. Vocês são verdadeiros heróis! Vejo
em vocês a beleza do rosto jovem de Cristo e meu coração se enche de alegria!
Lembro-me da primeira Jornada
Mundial da Juventude a nível
internacional. Foi celebrada em 1987
na Argentina, na
minha cidade de Buenos Aires. Guardo vivas na memória estas palavras do
Bem-aventurado João Paulo II aos jovens: «Tenho muita
esperança em vocês!Espero, sobretudo, que renovem a fidelidade de vocês a Jesus
Cristo e à sua cruz redentora» (Discurso aos jovens (11 de abril de 1987):
Insegnamenti, X/1 (1987), 1261).
HOMILIA DO SANTO
PADRE
Mas
o que podemos fazer? «Bote fé». A cruz da Jornada Mundial da Juventude
peregrinou através do Brasil inteiro com este apelo. «Bote fé»: o que
significa? Quando se prepara um bom prato e vê que falta o sal, você então
"bota" o sal; falta o azeite, então «bota» o azeite...
«Botar», ou seja, colocar, derramar. É assim também na nossa vida, queridos
jovens: se queremos que ela tenha realmente sentido e plenitude, como vocês
mesmos desejam e merecem, digo a cada um e a cada uma de vocês: «bote
fé» e a vida terá um sabor novo, a vida terá uma bússola que indica a direção;
«bote esperança» e todos os seus dias serão iluminados e o seu horizonte
já não será escuro, mas luminoso; «bote amor» e a sua existência será
como uma casa construída sobre a rocha, o seu caminho será alegre, porque
encontrará muitos amigos que caminham com você. «Bote fé», «bote
esperança», «bote amor»! Todos juntos: Bote fé, bote esperança, bote
amor!
NA ORAÇÃO DO
ANGELUS, NA SEXTA-FEIRA DE 26 DE JULHO DE 2013:
Uma belíssima expressão da fé do povo é
a “Hora da Ave Maria”. É uma oração simples que se reza nos três momentos
característicos da jornada que marcam o ritmo da nossa atividade quotidiana: de
manhã, ao meio-dia e ao anoitecer. É, porém, uma oração importante; convido a
todos a rezá-la com a Ave Maria. Lembra-nos de um acontecimento luminoso
que transformou a história: a Encarnação, o Filho de Deus se fez homem em Jesus
de Nazaré.
Olhando para o ambiente familiar, queria
destacar uma coisa: hoje, na festa de São Joaquim e Sant’Ana, no Brasil como em
outros países, se celebra a festa dos avós. Como os avós são importantes na
vida da família, para comunicar o patrimônio de humanidade e de fé que é
essencial para qualquer sociedade! E como é importante o encontro e o diálogo
entre as gerações, principalmente dentro da família. O Documento de
Aparecida nos recorda: “Crianças e anciãos constroem o futuro dos povos; as
crianças porque levarão por adiante a história, os anciãos porque transmitem a
experiência e a sabedoria de suas vidas” (Documento de Aparecida, 447).
VIA
SACRA, PRAIA DE COPACABANA NO RIO DE JANEIRO EM 26 DE JULHO DE 2013 –
SEXTA-FEIRA
“Queridos
jovens,
Viemos hoje acompanhar Jesus no seu caminho de dor
e de amor, o caminho da Cruz, que é um dos momentos fortes da Jornada Mundial
da Juventude. No final do Ano Santo da Redenção, o Bem-aventurado João Paulo II
quis confiar a Cruz a vocês, jovens, dizendo-lhes: «Levai-a pelo mundo, como
sinal do amor de Jesus pela humanidade e anunciai a todos que só em Cristo
morto e ressuscitado há salvação e redenção» (Palavrasaos jovens [22
de abril de 1984]: Insegnamenti VII,1 (1984), 1105). A partir de então a
Cruz percorreu todos os continentes e atravessou os mais variados mundos da
existência humana, ficando quase que impregnada com as situações de vida de
tantos jovens que a viram e carregaram. Queridos irmãos, ninguém pode tocar a
Cruz de Jesus sem deixar algo de si mesmo nela e sem trazer algo da Cruz de
Jesus para sua própria vida. Nesta tarde, acompanhando o Senhor, queria que
ressoassem três perguntas nos seus corações: O que vocês terão deixado na Cruz,
queridos jovens brasileiros, nestes dois anos em que ela atravessou seu imenso
País? E o que terá deixado a Cruz de Jesus em cada um de vocês? E, finalmente,
o que esta Cruz ensina para a nossa vida?”
6.
Carta de João Paulo II aos Jovens
Terminamos
a nossa reflexão da Jornada Mundial da Juventude com a seguinte carta que o
Papa João Paulo II escreveu aos jovens do mundo todo:
Carta do
Papa João Paulo II aos jovens:
"Precisamos
de Santos sem véu ou batina.Precisamos de Santos de calças jeans e
tênis.Precisamos de Santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os
amigos.
Precisamos
de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se "lascam" na
faculdade.
Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia para rezar e que saibam namorar na pureza e castidade,ou que consagrem sua castidade.
Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia para rezar e que saibam namorar na pureza e castidade,ou que consagrem sua castidade.
Precisamos de Santos modernos,
Santos do século XXI com uma espiritualidade inserida em nosso tempo.
Precisamos de Santos
comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças socias.
Precisamos de Santos que vivam no
mundo se santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no mundo.
Precisamos de Santos que bebam
Coca-Cola e comam hot dog, que usem jeans, que sejam internautas, que escutem
disc man.
Precisamos de Santos que amem a
Eucaristia e que não tenham vergonha de tomar um refriou comer pizza no
fim-de-semana com os amigos.
Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança, de esporte.
Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros.
Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos".
Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança, de esporte.
Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros.
Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos".
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