17 julho 2017

Pregação-Doutrinária sobre o "Amor de Deus" para o Retiro da Turma da Escola Permanente em: 15.07.2017 (Sábado)


Tema: O Amor de Deus
Editor e elaborador formativo da Pregação-doutrinária em curso: Cássio José
01.  INTRODUÇÃO
          Diferente de todas as religiões pregadas por este mundo afora, da qual, existe a concepção de um “deus distante”, geralmente recebendo adoração de criaturas e seres espirituais, numa supremacia reinante e que trata suas criaturas submissas ao seu reinado, o “Deus que criou os céus e a terra” (Gn1,1), apesar de ser “O Soberano dos reis da terra” (Ap 1,5) e que, apenas “Com o sopro de sua boca destrói seus inimigos” (II Ts 2,8), “Ele precipitou no mar os carros do faraó e seu exército; a elite das tropas afogou-se no mar vermelho” e ainda, fez com que “Sobre eles baixasse o tremor e temor. A grandeza de seu braço os deixaram petrificados, até que passasse, a pé enxuto, o povo que adquiriste”(Ex 15,4.16); é um Deus, pela qual, “o nosso coração arde um fogo de amor apaixonante”. 
          Quando iniciamos a nossa caminhada na Renovação Carismática Católica (Grupo de oração, ministério) e nos “passos de Jesus”, entramos com “um coração de pedra”, como nos atesta o profeta Jeremias (Jr 36,26b) e somos levados a crer que “ O Senhor esqueceu-se de nós e nos abandonou”, como declara o profeta Isaías (Is 49,14). Desta maneira, apesar de estarmos “caminhando na Obra de Deus”, ainda nos comportamos como “palhas carregadas pelo vento” (Salmo 1,4). Temos até a mania de, apesar de sermos servos de Deus ou “formandos na experiência de algum ministério”; “termos amizade com o mundo” (Tiago 4,4), e sermos servos “incrédulos, rebeldes, com o coração desviado e desobedientes” (Hb 4, 8,12,16-19). Além disso, os que olham para nós, não enxergam homens e mulheres convertidos e salvos em Jesus Cristo, levando o Deus do Amor e da Misericórdia; mas, “carismáticos fariseus da atualidade”, que só pelo fato de estar em algum status, ministério, coordenação paroquial, de grupo de oração, diocesana, estadual, nacional,... têm o direito de julgar, condenar e lançar no inferno os que “não estão conosco”.
          Pergunta-se: Essa atitude é o verdadeiro comportamento dos que tiveram um encontro pessoal com o Senhor Jesus Cristo? Nesta pregação doutrinária, pretendo refletir acerca da autenticidade do amor de Deus que recebemos. Caso isso não o tenha acontecido, exorto os irmãos a fazê-lo isso imediatamente: encontrar o Amor Perfeito: Aquele que não se cansa de nos amar. Não nos lança nos infernos e que o seu amor não é “por causa de”, mas: “apesar de”. Você está preparado para experienciar este Amor Verdadeiro, que é incondicional, misericordioso, presente, zeloso, que pensa no nosso futuro, que nos salvou da ira dos infernos e nos deu liberdade eterna...?    
02.  MAS, E ENTÃO, O QUE É ESSE “AMOR DE DEUS”?
Com toda a certeza, ao entramos na RCC e em algum Grupo de Oração, a pregação acerca do amor de Deus ou as músicas que foram ao encontro das nossas carências, fizeram-nos refletir de que somos amados pelo Senhor! Com certeza você deve ter alguma canção que marcou sua conversão ou foi ao encontro de suas feridas mais profundas.
Tanto na vida dos santos, como na musicalidade católica e na pregação feita pela Igreja, vemos claramente as expressões que são usadas para demonstrar o quanto fomos amados e encontrados por um Ser que nos encontrou.
Exemplos disso em músicas que tocaram muitas gerações no âmbito carismático: “Eu te encontrei. Não vou te deixar. Jesus, ensina-me a te amar! Eu quero me apaixonar por ti. E só contigo ficar. E só pra te olhar e me deixar ser conduzido por ti...”, “Amor tão grande. Amor tão forte. Amor suave. Amor sem fim. Que a própria morte transforma em vida. Abraço eterno de Deus em mim. Nem as torrentes das grandes águas conseguirão apagar esse amor. Pois suas chamas são fogo ardente. Mais do que a morte é tão forte esse amor”, “Eu quero amar, eu quero ser aquilo que Deus quer, sozinho eu não posso mais viver! Vem Espirito, Vem Espírito! Sozinho eu não posso mais, sozinho eu não posso mais viver!”
Como testemunho de músicas, das canções que mais tocaram o meu coração e arrancaram lágrimas lá do porão do meu passado, está “Com Tua mão”, Suely Façanha e “Só por ti”, Eugênio Jorge. Cantemos uma delas:
Com Tua mão, oh meu Senhor/ Segura a minha/Pois não me atrevo a um passo só/Sem teu amparo, sem teu apoio (bis)/ Eu não darei, eu só iria fraquejar/ Eu andaria a vacilar/ Sem Tua mão a me sustentar/ Mas se Tua mão me segurar/ Eu correrei até voar/ Subirei apoiado em Ti.
            Santo Agostinho, quando se converte ao Senhor e Salvador Jesus Cristo, afirma ter encontrado esse Amor, que há 30 anos procurava em todos os lugares e não o havia encontrado. Veja um pequeno trecho:
Tarde Te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova… Tarde Te amei! Trinta anos estive longe de Deus. Mas, durante esse tempo, algo se movia dentro do meu coração… Eu era inquieto, alguém que buscava a felicidade, buscava algo que não achava… Mas Tu Te compadeceste de mim e tudo mudou, porque Tu me deixaste conhecer-Te. Entrei no meu íntimo sob a Tua Guia e consegui, porque Tu Te fizeste meu auxílio.
[Santo Agostinho, Confissões 10, 27-29]
            O Catecismo da Igreja Católica vai nos dizer no parágrafo de 27: O desejo de Deus está inscrito no coração do homem, já que o homem é criado por Deus e para Deus; e Deus não cessa de atrair o homem a si, e somente em Deus o homem há de encontrar a verdade e a felicidade que não cessa de procurar.

14 julho 2017

Introdução ao Estudo da Apostasia

Da Série: Estudo da Sobre a Apostasia.
Assuntos correlatos: Parusia, Segunda Vinda de Cristo.

    

Foi impressionante a atividade missionária do Senhor Jesus Cristo em levar a Palavra do Reino de Deus à todos os homens e mulheres de sua época. Não importava o tempo em que “aquele homem da Galileia” pregava. Como Messias que ele era, em seu desígnio, além de curar, libertar, sarar, transformar o ser humano, estava o legado de levar o anúncio do Reino de Deus aquele povo judeu. O primado dos profetas, com toda a profecia, plenificava-se no próprio Deus-homem, uma vez que deixou Seu Trono glorioso para está com as criaturas tão amadas. Na beira de um mar, na sinagoga, nos montes ou vilas. Sermões, parábolas, ensinos, doutrina, etc; o fato é que as pessoas ficavam impactadas com cada palavra que saia dos lábios daquele homem, o Deus Encarnado, que se fazia presente no meio dos homens pecadores. O Santo em meio aos homens decaídos!

O apóstolo Pedro, no início de seu ministério, atestou, quando pregava à casa de Cornélio: “Jesus de Nazaré foi ungido por Deus com o Espírito Santo e com poder. Por toda a parte, ele andou fazendo o bem e curando a todos os que estavam dominados pelo diabo”.

(Atos dos Apóstolos 10, 38)

Você já imaginou que multidões de almas foram arrancadas das garras de Satanás a partir do momento em que o Senhor Jesus encarnou-se e veio habitar entre nós? Grande foi a guerra que Jesus travou com o império das trevas ao levar o anúncio do Reino de Deus, já que outro reino imperava no mundo até o dado momento. Em Cafarnaum, numa das curas realizada pelo Senhor Jesus percebemos isso claramente esclarecido pelas Sagradas Escrituras. Analise o que o próprio espírito maligno revela:

Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: o Santo de Deus!”

(Marcos 1,24)

O inferno já sabia que seu tempo de “glórias”, estava com os dias contados. Brevemente, os homens voltariam ao seu estado de comunhão e amizade com o próprio Deus! As algemas e grilhões ao pecado já não teriam mais sentido para todos os homens e mulheres que se renderiam ao Amor de Deus em suas vidas. Afinal de contas, como nos diz o apóstolo João em sua epístola: “O Filho de homem se manifestou para destruir as obras do diabo” (I João 3, 8b).

Quando na cruz, Jesus entrega todo o seu ser como sacrifício verdadeiro ao Pai, derramando seu sangue pela humanidade, Ele adquire para Deus “gente de toda tribo, língua, povo e nação”. (Apocalipse 5, 9). Por isso, afirma o apóstolo Paulo em I Coríntios 6,20: “Fostes comprados, e por um preço muito alto!”

Pronto! Não estamos mais em dívida com o pecado e nem mesmo com Satanás, já que “Não há nenhuma condenação para os que estão no Cristo Jesus!” (Romanos 8,1).

O agravante, no entanto, é que Satanás tenta de todas as formas, fazer o gênero humano regressar no seu afastamento para com Deus, já que não pode desfazer a Salvação que já nos foi conquistada pelo sangue do Senhor Jesus!

Antes do retorno do Senhor e Salvador Jesus Cristo, sua tentativa será fazer os homens e mulheres que se renderam ao Filho de Deus com suas vidas e renunciaram ao pecado e a vida velha, se voltem atrás, assim como o povo fez no deserto, para que não adentrem a Nova Canaã: os Céus, conquistado a muito preço pelo sangue de Jesus. Isso seria; por tanto, a apostasia. Ela não é destino os incrédulos. Mas dos fiéis seguidores de Jesus. Renegar a fé e deturpá-la é o maior desejo de Satanás nos últimos dias, pois “sabe que lhe resta pouco tempo” (Ap 12,12).

A Apostasia vai ser um forte tempo de crise de fé que acontecerá no âmbito do Cristianismo em detrimento da Impostura Religiosa que acontecerá nos últimos tempos da qual, muitos homens e mulheres que abraçaram a fé em Jesus Cristo, largarão a esse Deus e Reino maravilhosos para voltar as garras do Príncipe deste mundo.

                                                                                                        Cássio José



A devoção à Maria, a Nova Eva

A devoção a Virgem Maria como a nova Eva e a sua cooperação na obra da Salvação. 
A devoção a Virgem Maria, a nova Eva e a nossa salvação
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
A Tradição da Igreja testemunha que a devoção e a invocação da Santíssima Virgem Maria como nova Eva está presente desde os primeiros séculos do cristianismo: “Com efeito, já no século II, esta doutrina de Maria, nova Eva, está universalmente admitida, e os Padres que a expõem não o fazem como se fosse uma especulação pessoal, mas como doutrina tradicional na Igreja, que se apoia nas palavras de São Paulo, em que ele chama Cristo de novo Adão e o contrapõe ao primeiro, como a causa da salvação se opõe à da queda (cf. 1 Cor 15, 45ss; Rm 5, 12ss; 1 Cor 15, 20-23). Os Padres relacionam estas palavras de São Paulo com o relato da queda, da promessa da redenção e da vitória sobre o demônio (cf. Gn 3, 15) e com o relato da Anunciação (cf. Lc 1, 26-28), onde se fala do consentimento de Maria na realização do mistério da Encarnação redentora. […] Pode-se, pois, e ainda se deve ver nesta doutrina de Maria – nova Eva associada à obra redentora de seu Filho – uma tradição divino-apostólica”1.
No princípio, Eva cooperou moralmente para a queda, cedendo à tentação do demônio, por um ato de desobediência e induzindo Adão ao pecado (cf. Gn 3, 1ss). Maria, a nova Eva, ao contrário, cooperou moralmente para a nossa redenção, conforme o desígnio de Deus. Pois, a Virgem de Nazaré acreditou nas palavras do arcanjo Gabriel e consentiu livremente para a realização do mistério da Encarnação redentora do Verbo (cf. Lc 1, 26-38), aceitando também, como consequência, todos os sofrimentos para ela (cf. Lc 2, 35) e seu Filho.
Maria cooperou livremente no desígnio divino de salvação para a humanidade. Entretanto, a nova Eva não é a causa principal e efetiva da redenção que nos foi alcançada por seu Filho Jesus Cristo. Ela não podia resgatar a nossa dignidade, nossa justificação, porque não era capaz de uma ação divina, de valor intrinsecamente infinito, que só uma pessoa divina encarnada é capaz de realizar. A Mãe de Deus é realmente “causa secundária, subordinada a Cristo e dispositiva de nossa redenção”2. A mediação de Maria é subordinada a Cristo não só no sentido de ser inferior, mas também porque ela coopera para a nossa salvação por uma graça proveniente dos méritos de seu Filho, e age n’Ele, com Ele e por Ele. Cristo é o mediador universal supremo entre Deus e a humanidade e, como parte desta, “Maria foi resgatada pelos méritos do Salvador, por uma redenção preservadora, não libertadora, posto que foi preservada do pecado original e logo de toda falta, pelos méritos futuros do Salvador de todos os homens”3.
Assista vídeo do Padre Paulo Ricardo com o tema “A Mãe do Salvador e a Nossa Vida Interior”: 
Ouça áudio do Padre Paulo Ricardo com o tema “A Mãe do Salvador e a Nossa Vida Interior”: 
No Calvário, aos pés da Cruz, a Virgem Maria entregou-se junto com o Redentor, o novo Adão, podendo com razão ser chamada de nova Eva e corredentora. Nossa Senhora, por instituição do próprio Jesus (cf. Jo 19, 26-27), é responsável pela geração espiritual de todos os homens, até o fim dos tempos. “Maria é nossa Mãe espiritual e adotiva, no sentido de que por sua união com Cristo Redentor, nos comunicou a vida sobrenatural da graça”4.
Assim, a Santíssima Virgem Maria, como mediadora entre nós e seu Filho Jesus Cristo, oferece orações e súplicas pela humanidade e, ao mesmo tempo, distribui as graças necessárias para a nossa salvação. Da mesma forma que Eva foi dada a Adão como ajuda adequada de ordem natural (cf. Gn 2, 18), Maria, a nova Eva, nos foi dada como auxílio de ordem material e principalmente de ordem espiritual. Por isso, como discípulos amados de Jesus Cristo, acolhamos a Virgem Maria em nossas casas (cf. Jo 19, 27), em nossas vidas. Pois, a nova Eva foi dada a nós como auxílio materno na vida presente, mas também em vista da vida futura, no Reino dos Céus. Confiantes em seu amoroso auxílio materno, rezemos com confiança a Santíssima Virgem, especialmente o santo Rosário. Nossa Senhora, Mãe da Igreja, rogai por nós!
Referências:
1 GARRIGOU-LAGRANJE, Réginald. La Madre del Salvador y Nuestra Vida Interior. Buenos Aires: Desclée, 1947, p. 160.
2 Idem, p. 161-162.
3 Idem, p. 162.
4 Idem, p. 163.

Natalino Ueda é brasileiro, católico, formado em Filosofia e Teologia. Na consagração a Virgem Maria, segundo o método de São Luís Maria Grignion de Montfort, explicado no seu livro “Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem”, descobriu o caminho fácil, rápido, perfeito e seguro para chegar a Jesus Cristo. Desde então, ensina e escreve sobre esta devoção, o caminho “a Jesus por Maria”, que é hoje o seu maior apostolado.

Cássio José: blog 100% Católico

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