Tema:
O Amor de Deus
Editor e elaborador formativo da
Pregação-doutrinária em curso: Cássio José
01. INTRODUÇÃO
Diferente
de todas as religiões pregadas por este mundo afora, da qual, existe a
concepção de um “deus distante”, geralmente recebendo adoração de criaturas e
seres espirituais, numa supremacia reinante e que trata suas criaturas
submissas ao seu reinado, o “Deus que criou os céus e a terra” (Gn1,1), apesar
de ser “O Soberano dos reis da terra” (Ap 1,5) e que, apenas “Com o sopro de
sua boca destrói seus inimigos” (II Ts 2,8), “Ele precipitou no mar os carros
do faraó e seu exército; a elite das tropas afogou-se no mar vermelho” e ainda,
fez com que “Sobre eles baixasse o tremor e temor. A grandeza de seu braço os
deixaram petrificados, até que passasse, a pé enxuto, o povo que adquiriste”(Ex
15,4.16); é um Deus, pela qual, “o nosso coração arde um fogo de amor
apaixonante”.
Quando
iniciamos a nossa caminhada na Renovação Carismática Católica (Grupo de oração,
ministério) e nos “passos de Jesus”, entramos com “um coração de pedra”, como
nos atesta o profeta Jeremias (Jr 36,26b) e somos levados a crer que “ O Senhor
esqueceu-se de nós e nos abandonou”, como declara o profeta Isaías (Is 49,14).
Desta maneira, apesar de estarmos “caminhando na Obra de Deus”, ainda nos
comportamos como “palhas carregadas pelo vento” (Salmo 1,4). Temos até a mania
de, apesar de sermos servos de Deus ou “formandos na experiência de algum
ministério”; “termos amizade com o mundo” (Tiago 4,4), e sermos servos
“incrédulos, rebeldes, com o coração desviado e desobedientes” (Hb 4,
8,12,16-19). Além disso, os que olham para nós, não enxergam homens e mulheres
convertidos e salvos em Jesus Cristo, levando o Deus do Amor e da Misericórdia;
mas, “carismáticos fariseus da atualidade”, que só pelo fato de estar em algum
status, ministério, coordenação paroquial, de grupo de oração, diocesana,
estadual, nacional,... têm o direito de julgar, condenar e lançar no inferno os
que “não estão conosco”.
Pergunta-se:
Essa atitude é o verdadeiro comportamento dos que tiveram um encontro pessoal
com o Senhor Jesus Cristo? Nesta pregação doutrinária, pretendo refletir acerca
da autenticidade do amor de Deus que recebemos. Caso isso não o tenha
acontecido, exorto os irmãos a fazê-lo isso imediatamente: encontrar o Amor
Perfeito: Aquele que não se cansa de nos amar. Não nos lança nos infernos e que
o seu amor não é “por causa de”, mas: “apesar de”. Você está preparado para
experienciar este Amor Verdadeiro, que é incondicional, misericordioso,
presente, zeloso, que pensa no nosso futuro, que nos salvou da ira dos infernos
e nos deu liberdade eterna...?
02. MAS,
E ENTÃO, O QUE É ESSE “AMOR DE DEUS”?
Com toda a certeza, ao entramos
na RCC e em algum Grupo de Oração, a pregação acerca do amor de Deus ou as
músicas que foram ao encontro das nossas carências, fizeram-nos refletir de que
somos amados pelo Senhor! Com certeza você deve ter alguma canção que marcou
sua conversão ou foi ao encontro de suas feridas mais profundas.
Tanto na vida dos santos, como na
musicalidade católica e na pregação feita pela Igreja, vemos claramente as
expressões que são usadas para demonstrar o quanto fomos amados e encontrados
por um Ser que nos encontrou.
Exemplos disso em músicas que
tocaram muitas gerações no âmbito carismático: “Eu te encontrei. Não vou te
deixar. Jesus, ensina-me a te amar! Eu quero me apaixonar por ti. E só contigo
ficar. E só pra te olhar e me deixar ser conduzido por ti...”, “Amor tão
grande. Amor tão forte. Amor suave. Amor sem fim. Que a própria morte
transforma em vida. Abraço eterno de Deus em mim. Nem as torrentes das grandes
águas conseguirão apagar esse amor. Pois suas chamas são fogo ardente. Mais do
que a morte é tão forte esse amor”, “Eu quero amar, eu quero ser aquilo que
Deus quer, sozinho eu não posso mais viver! Vem Espirito, Vem Espírito! Sozinho
eu não posso mais, sozinho eu não posso mais viver!”
Como testemunho de músicas, das
canções que mais tocaram o meu coração e arrancaram lágrimas lá do porão do meu
passado, está “Com Tua mão”, Suely Façanha e “Só por ti”, Eugênio Jorge.
Cantemos uma delas:
Com
Tua mão, oh meu Senhor/ Segura a minha/Pois não me atrevo a um passo só/Sem teu
amparo, sem teu apoio (bis)/ Eu não darei, eu só iria fraquejar/ Eu andaria a
vacilar/ Sem Tua mão a me sustentar/ Mas se Tua mão me segurar/ Eu correrei até
voar/ Subirei apoiado em
Ti.
Santo Agostinho, quando se
converte ao Senhor e Salvador Jesus Cristo, afirma ter encontrado esse Amor,
que há 30 anos procurava em todos os lugares e não o havia encontrado. Veja um
pequeno trecho:
Tarde
Te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova… Tarde Te amei! Trinta anos estive
longe de Deus. Mas, durante esse tempo, algo se movia dentro do meu coração… Eu
era inquieto, alguém que buscava a felicidade, buscava algo que não achava… Mas
Tu Te compadeceste de mim e tudo mudou, porque Tu me deixaste conhecer-Te.
Entrei no meu íntimo sob a Tua Guia e consegui, porque Tu Te fizeste meu
auxílio.
[Santo Agostinho,
Confissões 10, 27-29]
O Catecismo da
Igreja Católica vai
nos dizer no parágrafo de
nº 27: O desejo de Deus está inscrito no coração do homem, já que o homem é
criado por Deus e para Deus; e Deus não cessa de atrair o homem a si, e somente
em Deus o homem há de encontrar a verdade e a felicidade que não cessa de
procurar.