NOTAS SOBRE A POSIÇÃO DE STO. TOMÁS COM RELAÇÃO À ASTROLOGIA
APÊNDICE AO TEXTO "ACERCA DA CONSULTA AOS ASTROS"
O ser humano já nasce escravo de um signo que nem ele mesmo pode escolher o signo desejado!!! Isso é que é escravidão. Com o Senhor Jesus nós temos livre opção de escolha. Com a astrologia (que prega que nós somos regidos por astros, diferente da ASTRONOMIA que estuda a origem, tamanho, importância desses astros para as nossas vidas) o homem além de ser escravo de algo que nem conhece, peca contra o primeiro mandamento da Lei de Deus, que é: AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS, praticando assim a IDOLATRIA (pois coloca o astro no lugar de Deus), e a SUPERTIÇÃO (quando desvia o culto que devemos dá somente a Deus: o grande EU SOU AQUELE QUE SOU!!!). Veja o que prega a doutrina da Igreja Católica e após essa reflexão, decida-se: SER DO SENHOR OU CONTINUAR CULTUANDO OS ASTROS E ASSIM ADORANDO-OS, AO SEGUIR SUAS ORIENTAÇÕES, AFASTANDO-SE ASSIM DE DEUS? É HORA DE DECISÃO!!!
Para maior esclarecimento quanto à posição de Santo Tomás de Aquino, publicamos estas notas extraídas das “Conclusões” do capítulo X do livro "Les corps célestes dans l´univers de saint Thomas d´Aquin", de Thomas Litt, O.C.S.O (Publications Universitaires — Louvain, Belgique, 1963, p. 240-241). Entre colchetes, algumas observações de nossa autoria:
Finalmente cremos poder resumir como segue a posição de Santo Tomás com respeito à astrologia:
1. Ele afirma como absolutamente certo o princípio geral de uma influência universal dos corpos celestes sobre todos os eventos corporais da terra, incluídos os eventos fisiológicos concernentes aos animais e aos homens.
É para ele uma certeza filosófica absoluta; é, ademais, uma verdade de senso comum (II Sent., 15, 1, 2, c.) e é também uma verdade ensinada pelas "autoridades dos santos" (ibidem); ele cita notadamente Dênis e Santo Agostinho (p.ex., Ia, 115, 3, sed contra).
[A influência admitida restringe-se aos eventos corporais. Nisso, na Suma Contra os Gentios, Santo Tomás é taxativo: "é impossível que a operação intelectual esteja sujeita aos movimentos celestes" (III. 84). Da mesma forma, o aquinatense nega qualquer influência dos astros sobre nossa vontade, como se vê na epistola supra, "... é preciso absolutamente compreender que a vontade do homem não está sujeita à necessidade dos astros". Assim, Santo Tomás exclui do raio de influência dos astros justamente as faculdades que especificam o homem — os intelectos e a vontade.]
2. Ele afirma com igual certeza que a influência dos corpos celestes sobre os atos humanos é indireta e jamais necessitante. Acrescenta mui freqüentemente que a opinião contrária é herética, porque exclui a liberdade humana.
[Isso fica claro nessa passagem da C. G. (III. 85): "[os corpos celestes] podem ser, não obstante, causa ocasional indiretamente (...)". E o exemplo clarifica: "por exemplo, quando por disposição dos corpos celestes o ar se esfria intensamente, decidimos esquentar-mo-nos no fogo ou outras coisas em consonância com o tempo".]
3. Ele não se pergunta nem uma única vez se o axioma ou postulado astrológico fundamental é fundado ou não: a importância decisiva, sobre todo o futuro de um homem, da configuração do céu no momento de seu nascimento (tema de genitura).
Não encontramos senão uma só vez em Santo Tomás a palavra nativitas no sentido de tema de genitura: na citação do Centiloquium que referimos na p. 233. Esta citação é aliás a única predição astrológica concreta que encontramos, e é introduzida por uma formula muito dubitativa.
Sucede-lhe outra vez mencionar os patronatos estrelares dos sete dias da semana, mas é para observar que se pode, sem perigo para a fé, adotar ou rejeitar essa teoria.
4. Ele admite que, em princípio, os astrólogos predizem corretamente o futuro dos homens. Eis as dez referências que conhecemos. Nas três últimas em data, diz que as predições são justas ut in pluribus.
II Sent., 7, 2, 2, ad 5: Quando as predições têm em vista os atos humanos livres, são amiúde falsas.
II Sent., 15, 1, 3, ad 4: As predições são verdadeiras plerumque, mas porque os demônios ajudam o astrólogo.
II Sent., 25, 2, ad 5: As predições fazem-se conjecturaliter et non per certitudinem scientiae.
C. G. III, 84: Os astrólogos podem julgar do nível intelectual de um homem (não há indicação sobre a freqüência dos julgamentos justos).
C. G. III, 85: A impressão das estrelas produz seu efeito na maior parte dos homens, a saber, naqueles que não resistem a suas paixões.
C. G. III, 154: Os demônios podem fazer muitas predições justas (mais acima Santo Tomás mais ou menos equiparou a ciência das demônios e a dos astrólogos).
De sortibus, c. 4, n. 660: Os astrólogos predizem justamente quandoque, e enganam-se amiúde nas predições particulares.
Ia., 115, 4, ad 3: Os astrólogos predizem justamente ut in pluribus, sobretudo nas predições gerais.
Ia.IIae., 9, 5, ad 3: Eles predizem justamente ut in pluribus.
IIa. IIae., 95, 5, ad 2: Eles predizem justamente frequenter.
5. Acerca da licitude da advinhação astrológica, temos seis textos, onde o ensinamento permanece constante ao longo da carreira de Santo Tomás, sem que se possa discernir uma evolução nem para mais nem para menos severidade. A doutrina resume-se a isto: não é supersticioso nem ilícito buscar prever pelos astros as secas, as chuvas etc. É supersticioso e ilícito buscar prever pelos astros as ações livres humanas, e, segundo a autoridade de Santo Agostinho, o demônio imiscui-se amiúde nesse gênero de consultas, que se tornam por isso mesmo um pacto com o demônio.
APÊNDICE II
O ENSINAMENTO DOS SANTOS DOUTORES
Santo Tomás, logo no início de sua epístola, afirma que não procurará escrever senão sobre aquilo que ensinaram os santos doutores sobre o tema (ea quae a sacris doctoribus traduntur). Com efeito, a oposição às adivinhações astrológicas e outras supertições não é uma peculiaridade do Aquinate — ao contrário, é ela quase tão antiga quanto a própria Igreja. Façamos um breve retrospecto e ouçamos a voz da Igreja.
Talvez a primeira coisa que se deva dizer acerca da consulta aos astros é que ela está formalmente condenada desde os primeiros séculos da Igreja, como se vê no Denziger:
[Dz 35] Se alguém pensa que se deve crer na astrologia, seja anátema. [Concílio de Toledo, ano 400].
E, novamente, pelo Papa João III, no século VI:
[Dz 239] Se alguém crê que as almas humanas estão ligadas a um signo fatal, como disseram os pagãos e Prisciano, seja anátema.
Estas definições, suficientes para todo católico que não tem nem quer ter espírito de revolta, foi ainda repetida por inúmeros Santos, Doutores e Teólogos. Mesmos em nossos dias, não deixou o Magistério de condená-la, como se vê em trechos do Catecismo de S. Pio X ou em determinada alocução do Papa reinante.
As condenações à astrologia são antiqüíssimas. Se tentássemos fazer uma história destas condenações, começaríamos com as próprias Sagradas Escrituras: Dt. 4:19, 17:3, 2 Rs. 17:16, 21:3 Jr. 8:2.
Passaríamos, em seguida, ao Catecismo dos Apóstolos, chamado Didaqué:
“[...] Também não pratique encantamentos, astrologia ou purificações, nem queira ver ou ouvir sobre essas coisas, pois de todas essas coisas provém a idolatria.” [Didaqué, ed. Paulus, 1989, pp. 12-13]
Mais um passo, e encontraríamos as objeções dos Padres da Igreja. Citemos alguns autores:
— Tertuliano: “Observamos entre as artes algumas acusáveis de idolatria. Dos astrólogos, nem deveríamos falar; mas como nesses dias um deles nos desafiou, defendendo em proveito próprio a perseverança nesta profissão, direi algumas palavras. Alego não que ele honre ídolos, cujo nome escreveu nos céus, para quem atribui todo o poder de Deus... Proponho o que segue: aqueles anjos, os desertores de Deus [demônios]... eram muito provavelmente os descobridores dessa curiosa arte [a astrologia] por isso mesmo condenada também por Deus” (Idolatria 9 [211 D.C ]).
— Hipólito: “Quão impotente é o sistema [astrológico] para comparar as formas de disposições dos homens com os nomes das estrelas!” (Refutação de Todas Heresias 4:37 [228 D.C.]).
— Taciano o Sírio: “[Sob a influência de demônios] os homens formam o material de sua apostasia. Tendo a eles mostrando o plano da posição das estrelas, como jogadores de dados, introduzem o Destino, uma injustiça patente. O julgamento e o julgado são feitos pelo Destino, os assassinos e os assassinados, os afluentes e os necessitados – [todos são] o produto do mesmo Destino” (Discurso Aos Gregos 8 [D.C. 170])
Escutemos agora os Doutores da Igreja:
— Sto. Atanásio: “Donde ser verdade que os autores de tais livros [os astrólogos] acarretaram a si próprios uma dupla reprovação, pois aprofundaram-se em uma desprezível e mentirosa ciência”. (Carta de Páscoa 39:1 [D.C. 367])
— Sto. Basílio Magno: “Aqueles que ultrapassam os limites, fazendo das palavras da Escritura sua apologética para a arte de calcular temas de genitura [horóscopos], pretendem que nossa vida dependa da moção dos corpos celestes, e assim os Caldeus lêem nos planetas o que nos ocorrerá”. (Os 6 dias da Criação 6:5 [D.C. 370])
— Sto. João Crisóstomo: “(...) E de fato uma treva profunda oprime o mundo. É ela que devemos fazer dissipar e dissolver. E tal treva não se encontra somente entre os heréticos e os gregos, mas também na multidão do nosso lado, no que diz respeito às doutrinas da vida. Pois muitos [os Católicos] descrêem inteiramente na ressurreição; muitas fortificam-se com o horóscopo; muitos aderem a práticas supersticiosas, augúrios e presságios”. (Homilias sobre Coríntios I, 4:11 [D.C. 392])”.
— Sto. Agostinho: "O bom cristão deve precaver-se de astrólogos e outros adivinhadores ímpios" (cit. na Suma Teológica de Sto. Tomás, IIa IIae., q.95, art.5).
Para não nos alongarmos demasiadamente em citações, mencione-se apenas que também condenaram a astrologia Sto. Isidoro de Sevilha, na sua obra Etimologias, Sto. Boaventura, no Hexaemeron (onde qualifica a astrologia de “abuso da razão”), Sto. Afonso Maria de Ligório, doutor em teologia moral, para quem praticar astrologia é incorrer em pecado mortal (Comentário aos Dez Mandamentos).
Com a Sagrada Escritura, Sagrada Tradição e o Sagrado Magistério desejamos proporcionar a você o "Depósito da Fé", herdado e transmitido por todas as gerações do Cristianismo. Forte Abraço
20 janeiro 2009
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Engraçado vc criticar a astrologia... Na bíblia esta escrito que não devemos adorar deuses nem de pau, nem barro,e atualmente, nem de papel...ou seja nenhuma imagem!!!! Mas te vejo adorar uma de gesso. Isso é ridículo.
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