16 junho 2009

O MESSIAS ESPERADO PELO POVO DE ISRAEL!!!

Como podemos saber se Jesus de Nazaré é o Messias?

A palavra “Messias” significa “Ungido”, nome dado ao Libertador prometido que viria algum dia ao povo de Israel como seu grande Salvador, Redentor, “ungido” como Profeta, Sacerdote e Rei da parte de Deus. Alguns, é claro, ainda aguardam o cumprimento dessas promessas do Antigo Testamento para o futuro, quando o “Messias” virá estabelecer um reino mundial de paz e justiça, tendo como centro a nação escolhida, Israel.
A palavra Messias em hebraico significa: Aquele que foi ungido com óleo. O costume da unção com óleo é um ato ritual destinado a dignificar aqueles que são destinados a funções sacerdotais, reais, ou, por vezes, proféticas (como, por exemplo: o profeta Elisha)
No Judaísmo, o Messias é uma figura de salvador, com as características de sacerdote e rei, que virá mudar a ordem do mundo, segundo a vontade de Deus.
"O lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo se deitará ao pé do cabrito; o novilho, e leão e a ovelha, viverão juntos, e um menino pequenino os conduzirá. A vaca e o urso irão comer nas mesmas pastagens, e as suas crias descansarão umas com as outras; e o leão comerá palha como o boi. E divertir-se-á a criança de peito sobre a toca do áspide; e a que estiver desmamada meterá a sua mão na caverna do basílico. Eles não farão dano algum, nem matarão, em todo o meu santo monte. Porque a terra está cheia da ciência do Senhor, assim como as águas do mar que a cobrem." (Isaías 11,6-9)
Por outro lado, o grupo de crentes judeus que se tornou o fundador do Cristianismo estava convicto de que Jesus de Nazaré era o seu Messias prometido. O nome “Cristo” é o equivalente em grego da palavra “Messias”, assim, o nome Jesus Cristo significa "Jesus, o Messias" ou "Jesus, o Ungido." Eles pregaram esta verdade com tal convicção e poder que não só muitos judeus, mas, mais tarde, um número ainda maior de gentios (não-judeus),veio a crer em Jesus como o Cristo, Senhor e Salvador de todos os homens.
verdade, eles tinham uma boa razão para sua fé: as profecias messiânicas do Velho Testamento somente poderiam ser cumpridas na pessoa de Jesus Cristo. Existem centenas destas profecias, para que a possibilidade de convergência acidental para qualquer homem comum seja completamente descartada pelas leis da probabilidade.
Algumas das profecias são tão restritas, na verdade, como para excluir o seu cumprimento por qualquer um que viva após o primeiro século da era cristã. Por exemplo, o patriarca Jacó disse, em Gênesis 49,10: "O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de entre seus pés, até que venha Siló". O nome Siló é um título messiânico, e a profecia diz que a tribo de Judá permaneceria liderando as tribos de Israel, especialmente fornecendo seus reis, até que viesse o Messias. A profecia deveria ter sido cumprida antes da destruição de Judá e de Jerusalém, em 70 DC. Nessa época, certamente, toda aparência externa de um cetro tinha se apartado de Judá.
Da mesma forma a promessa foi dada ao rei Davi, de que o Messias deveria ser um dos seus descendentes, como o Rei eterno, aquele de quem Deus disse: "eu estabelecerei para sempre o trono do seu reino" (II Samuel 7,13). Isaias disse, "então brotará um rebento do tronco de Jessé (que é o pai do rei Davi), e das suas raízes um renovo frutificará " (Isaías 11,1). Este é mais um título do Messias, e indica que, ainda que a árvore da família de Jessé fosse cortada, um Renovo surgiria das raízes. Evidentemente, o último desta linhagem que poderia ser reconhecido como pertencente a ela, provaria ser o verdadeiro Messias!
Isso se cumpriu somente em Jesus. Seu pai legal, José, era da descendência real de Davi e, por isso, detinha o direito ao trono (Mateus 1,1-16). Maria, sua mãe, também era descendente de Davi, como vemos em sua genealogia, em Lucas 3,23-31. Mas após a época de Jesus, seria impossível estabelecer a linhagem legal e biológica de qualquer candidato ao trono de Davi, pois todos os antigos registros genealógicos logo depois foram destruídos.
Uma profecia ainda mais impressionante é dada em Daniel 9,24-27. Lá é dito a Daniel, abertamente, que o Messias viria 69 semanas (que são 69 anos sabáticos - um total de 483 anos) depois de ser dado o decreto para a reconstrução de Jerusalém que, naquela época, estava em ruínas, pois o Rei da Babilônia Nabucodonosor a destruiu.
Tal decreto foi promulgado mais tarde pelo imperador persa. Embora a data exata desse decreto seja, de alguma forma, incerta; o fim, a data final da profecia deve ter sido em algum momento do primeiro século D.C.. Na verdade, deve ter sido antes da destruição da cidade e do templo pelos romanos, em 70 D.C., pois a profecia disse claramente: "Depois (dos 483 anos)... será morto o Ungido e já não estará; e o povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário" (Daniel 9,26). Não só deveria o Messias vir antes desta destruição, mas Ele também seria “cortado,” rejeitado e morto, antes que ela viesse.
É óbvio que ninguém, além de Jesus, poderia ter cumprido estas profecias. As profecias tornam totalmente impossível qualquer futuro Messias, senão que essa mesma esperança também encontrará o seu cumprimento na segunda vinda de Cristo.
E é claro que existem ainda centenas de outras profecias, todas das quais foram cumpridas por Jesus Cristo: Seu nascimento virginal (Isaías 7,14); seu nascimento em Belém (Miquéias 5,2); sua morte sacrifical (Isaías 53,5); sua morte na cruz (Salmo 22,14-18); sua ressurreição corporal (Salmo 16,10) e muitas outras. Todas unânimes em seu testemunho de que "Jesus é o Cristo, o Filho de Deus" (João 20,31).
A probabilidade de que centenas dessas profecias específicas, cada uma independentemente umas das outras, pudessem ser totalmente cumpridas concomitantemente numa só pessoa, apresenta o mais alto grau de improbabilidade, levando-se em conta, especialmente, a natureza milagrosa de muitas delas (p.ex.: o nascimento virginal, a ressurreição, etc.). Nenhuma outra conclusão racional parece ser possível; exceto a de que Jesus é tudo o que Ele afirma ser - Messias, Salvador, Senhor e Deus.
Características do Messias judaico:
1. Servidor de Deus: "Eis aqui o meu servo, eu o ampararei; o meu escolhido, nele pôs a minha alma a sua complacência; sobre ele derramei o meu espírito, ele promulgará a justiça às nações" (Isaías 42,1)
2. Edificará o reino de Deus: "Ele edificará uma casa em meu nome" (II Reis 7,13)
3. Herói nacional, que vencerá os inimigos de Israel: "Naqueles dias, Judá será salvo, e Israel habitará sem temor" (Jeremias 33,16); "Desde o tempo em que constitui juízes sobre o meu povo de Israel; e eu te darei paz com todos os teus inimigos; e o Senhor te diz desde já que o mesmo Senhor estabelecerá a tua casa." (II Reis 7,11); "E adorá-lo-ão todos os reis da terra, todas as gentes o servirão" (Salmos 71,11).
4. O seu reino será eterno: "E eu estabelecerei para sempre o trono do seu reino" (II Reis 7,13).
5. Dotado de poderes maravilhosos: "E descansará sobre ele o espírito do Senhor – espírito de sabedoria e de entendimento, espírito de conselho e de fortaleza, espírito de ciência e de piedade" (Isaías 11,2)
6. Exerce atividade de justiça moral: "Julgará os pobres com justiça, e agirá com equidade em defesa dos mansos da terra" (Isaías 11,4)
7. Será uma luz para as gentes: "Eu sou o Senhor, que te chamei em justiça, e te tomei pela mão, e te conservei. E te pus para seres a reconciliação do povo, para luz das gentes, para abrires os olhos dos cegos, e para tirares da cadeia o preso, da casa do cárcere os que estavam assentados nas trevas" (Isaías 42,6-7).
8. O seu sucesso será resultado de uma ação espiritual e não violenta: " Mas julgará os pobres com justiça e agirá com equidade em defesa dos mansos da terra; ferirá a terra com a vara da sua boca e matará o ímpio com o sopro doa seus lábios" (Isaías 11,4)
9. Figura batida e sofredora, que suportará sobre as suas costas as dores da sociedade: "Verdadeiramente ele foi o que tomou sobre si as nossas fraquezas e ele mesmo carregou com as nossas dores; e nós o sepultamos por aflito, ferido por Deus e oprimido. Mas ele foi ferido pelas nossas iniquidades, foi quebrantado pelos nossos crimes. O castigo que nos trás a paz estava sobre ele e pela sua pisadura fomos curados" (Isaías 43,4-5).
10. É descendente da família de David: "E sairá uma vara do tronco de Jessé, e uma flor brotará da sua raiz" (Isaías 11,1)
11. O tempo exato da sua vinda não é conhecido: Segundo o que está escrito no livro de Zacarias, o Messias deverá chegar montado num potro de jerico. "Exulta filha de Sião, enche-te de júbilo filha de Jerusalém, pois aí vem o teu rei: ele é justo e salvador, pobre e montado num jumento, e sobre o potro de uma jumenta" (Zacarias 9,9)

No Judaísmo, a crença na idéia do Messias, e na sua essência, é disputada, e passou por muitas mudanças, ao longo dos tempos, consoante o contexto histórico e social nas diferentes épocas.
Na doutrina cristã, Jesus é identificado como Messias e é chamado Cristo (que significa Messias em grego). No "Novo Testamento" é chamado várias vezes Messias. Veja-se, por exemplo: O Evangelho de S. Marcos principia com a seguinte frase: "Princípio do evangelho de Jesus Cristo, filho de Deus" (Evangelho de S. Marcos 1,1). No Evangelho de S. Mateus, S. Pedro identifica Jesus como Messias e também como filho de Deus: "Tu és o Cristo, filho de Deus vivo." (Evangelho de S. Mateus, 16,16). Esta afirmação exprime a crença de que Jesus, como filho de Deus, possui atributos divinos. No Evangelho de S. Mateus, Jesus confessa perante o sumo-sacerdote que ele é o Messias: "Tornou a perguntar-lhe o sumo-sacerdote e lhe disse: És tu o Cristo, filho de Deus bendito? E Jesus lhe disse: Eu o sou" (Evangelho de S. Marcos 14,61-62)
Para além das afirmações no Novo Testamento, sobre Jesus ser o Messias, nas ações descritas na história da sua vida e da sua morte, efetivamente Jesus revela os atributos que caracterizam o Messias, tal como é compreendido no Judaísmo.
1. Atua em nome de Deus: "O Espírito do Senhor repousou sobre mim, pelo que me consagrou com a sua unção e enviou-me a pregar o evangelho aos pobres... Hoje se cumpriu esta escritura aos vossos ouvidos" (Evangelho de S. Lucas 4,18 e 21).
2. Estabelecerá para sempre o reino de Deus – o Reino dos Céus. "Fazei penitência porque está próximo o reino dos céus" (Evangelho de S. Mateus 3,2).
3. Dotado de atributos mágicos, que lhe permitem fazer milagres, incluindo a ressuscitação dos mortos, "Os cegos veem, os coxos andam, os leprosos limpam-se, os surdos ouvem, os mortos ressurgem, aos pobres anuncia-se-lhes o evangelho" (Evangelho de S. Mateus 11,5).
4. Exerce atividade de justiça: "Mas quando vier o Filho do Homem na sua majestade, e todos os anjos com ele, então se assentará sobre o trono da sua majestade; e serão todas as gentes congregadas diante dele. e separará uns dos outros, como o pastor que separa dos cabritos as ovelhas." (Evangelho de S. Mateus 25,32).
5. É apresentado como quem persegue a paz e se opõe à violência. "Eu, porém, vos digo que não resistais ao que vos fizer mal. Mas, se alguém te ferir na tua face direita, oferece-lhe também a outra." (Evangelho de S. Mateus 5,39).
6. Jesus é descrito como tendo sofrido, tanto durante o tempo da sua atividade, como na sua morte. "Mas é necessário que ele sofra primeiro muito, e que seja rejeitado deste povo." (Evangelho de S. Lucas 17,25).
7. A sua ação não é dirigida somente para o povo de Israel, mas também para todos os povos: "Todo o que crê nele não será confundido. Não há diferença entre judeu e não judeu, Porque um mesmo é o Senhor de todos, cheio de graça para com todos os que o invocam. (Epístola aos Romanos 10,11-12.
8. É descendente da família de David: "Jesus Cristo nosso Senhor, que foi feito da linhagem de David, segundo a carne" (Epístola de S. Paulo aos Romanos 1,3).
9. "E trouxeram o jumentinho a Jesus, e acobertaram-no com os seus vestidos, e Jesus montou em cima dele" (Evangelho de S. Marcos 11,7).
10. Não se sabia quando deveria chegar, a não ser o fato de que esse evento aconteceria no final dos dias: "Velai pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor... por isso estai vós também apercebidos, porque não sabeis em que hora tem de vir o Filho do homem" (Evangelho de S. Mateus 24,42 a 44)

Apesar da semelhança entre as percepções, há diferenças básicas entre a percepção do Messias no Judaísmo e no Catolicismo.
1. No Judaísmo o Messias é humano. Realmente está mencionado na Tanakh que Deus será seu pai e ele será seu filho: "E eu lhe serei pai e ele me será filho" (II Reis 7,14), mas aparentemente o significado deste versículo é simbólico. O Messias beneficiará da graça de Deus, tal como um filho beneficia da graça de seu pai.
No Cristianismo católico o Messias é filho de Deus (ao mesmo tempo que é um ser humano). "De quem são os patriarcas, e de quem descende também o Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todas as coisas Deus bendito eternamente".
2. Ao contrário da crença predominante no Judaísmo, segundo a qual o Messias ainda está para vir no futuro, no Cristianismo o Messias já chegou. "Eu sei que há de vir o Messias. Quando, pois, ele vier, então nos anunciará todas as coisas. Disse-lhe Jesus: "Eu sou, que falo contigo" (Evangelho de S. João 4,25-26). Ele deverá voltar, no final dos dias.
Segundo a percepção cristã, o povo de Israel pecou por se recusar a reconhecer Jesus como o Messias. "... para sermos justificados não pelas obras da Lei, mas pela fé em Jesus Cristo" (Epístola aos Gálatas 2,16). Quem reconhecer ser ele o Messias, então será salvo. "Se confessares com tua boca ao Senhor Jesus, e creres no teu coração que Deus o ressuscitou de entre os mortos, serás salvo" (Epístola aos Romanos 10,9).
Etimologia do Nome de Jesus Cristo
O nome Jesus vem do hebraico ישוע (Yeshua[nota 10]), que significa "Jeová (YHVH) salva[15]. Foi também descrito por seus seguidores como Messias (do hebraico משיח (mashíach, que significa ungido e, por extensão, escolhido[16]), cuja tradução para o grego, Χριστός (Christós), é a origem da forma portuguesa Cristo[17].
Alguns nomes e títulos de Jesus
Nos livros de Novo Testamento, Jesus é mostrado não só com o seu próprio nome mas também com vários epítetos e títulos (A lista está em ordem decrescente de frequência):
"Jesus". Significa SALVADOR ou DEUS SALVA. O anjo Gabriel afirmou a Maria: “Ele se chamará Jesus, pois salvará o povo dos seus pecados”(Mt1,21).
"Cristo". Literalmente significa "ungido", e foi posteriormente associado ao Messianismo. Na época de Jesus, o Cristo era esperado pelo povo judeu, especialmente para promover um resgate social e político
"Senhor". Utilizado principalmente no livro de Atos dos Apóstolos e nas cartas. O título honorífico, em grego clássico é desprovido de valor religioso, mas é particularmente significativa a aplicação dele a Jesus, pela associação que a Septuaginta faz deste título com o temo hebraico יהוה (YHWH), que é um dos nomes de Deus.
"Filho do Homem." Na tradição judaica tardia, a expressão tinha uma forte conotação escatológica.
"Filho de Deus". No Antigo Testamento, a expressão indica uma relação estreita e indissociável entre Deus e um homem ou uma comunidade humana. No Novo Testamento, o título assume um novo significado, indicando uma filial real.
"Rei". O atributo da realeza foi relacionada com o Messias, que era considerado um descendente e herdeiro do Rei Davi. Jesus, apesar de se indetificar como o Messias, rejeitou as prerrogativas políticas do título.
Alguns dos seus outros títulos são: Rabi (ou Mestre) Profeta Sacerdote], Nazareno, Deus, Verbo, Filho de José e Emanuel.
Além disso, especialmente no Evangelho segundo João, são aplicadas a Jesus expressões alegóricas como: Cordeiro, Cordeiro de Deus, Luz do Mundo, pastor, bom pastor, pão de vida, pão vivente, pão de Deus, porta, Caminho e Verdade.

Nomes e títulos pelos quais Jesus é conhecido na Bíblia:
Advogado - I Jo 2,1.
Ajudador - Sl 54,4.
Amado - Ct 1,14; Ct 2,3; Ct 4,16; Ct 5,2; Ct 6,3; Ef 1,6; Mt 3,17; Is 5,1.
Alfa - Ap 1,8; Ap 21,6.
Altíssimo - Lc 6,35.
Anjo de Deus - Ex 14,19; Ex 23,23; Dn 6,22; Gn 22,15.
Anjo da Aliança - Mt 3,1.
Anjo do Senhor - Mt 1,20; Jz 6,11; Jz 13,3.
Autor da Salvação - Hb 5,9.
Autor da Vida - At 3,15.
Bendito - Mc 23,39; Mc 21,9; Lc 1,68; Lc 19,38; II Co 1,3.
Cordeiro - I Co 5,7; Ap 5,12; Ap 6,1; Ap 6,12.
Cordeiro de Deus - Jo 1,29; Jo 1,36.
Conselheiro - Is 9,6.
Cordeiro Pascoal - Jo 1,29; Jo 1,36.
Consumador - Hb 12,2.
Bispo de nossas almas - I Pe 2,25.
Cabeça do Corpo - Col 1,18.
Cabeça da Igreja - Ef 5,23.
Cristo de Deus - I Co 3,23.
Cristo - Mt 2,4; Mt 16,16; Mt 24,23; Mc 8,29; Lc 4,41; Jo 20,31; Lc 9,20; Lc 23,2.
Cristo Jesus - Rm 6,3; II Co 4,5; Ef 2,20.
Caminho - Is 30,21; Jo 14,6.
Consolador - Jo 14,26; Jo 15,26; Jo 16,7.
Príncipe da Paz - Is 9,6.
Digno - Ap 4,11; Ap 5,12.
Escudo - Gn 15,1; II Sm 22,23; Sl 3,3; Sl 7,10; Sl 18,2; Sl 18,30; Sl 115,9; Sl 119,114; Sl 28,7; Pv 30,5.
Emanuel - Is 7,14; Mt 1,23.
Deus conosco - Mt 1,23.
Esperança nossa - Sl 39,7; Sl 71,5; Jr 14,8.
Estrela da manhã - Ap 22,16.
Estrela da Alva - II Pe 1,19.
Filho - Mt 1,23; Lc 1,13; Mt 13,55; Mt 21,7.
Filho Amado - Mc 12,6; Lc 20,13; Mc 1,11; Mt 3,17.
Filho de Deus - Mt 5,9; Jo 20,31; Lc 1,35; Mc 1,1; Hb 6,6.
Filho do Homem - Mt 16,27; Hb 2,6; Ap 1,13; Lc 12,32.40; Mt 10,23; At7,56; Mt 16,13; Jo 8,28; Mt 9,6; Mt 13,37; Mt 17,9.22; Mc 8,32; Mc 9,12; Lc 6,22; Lc 9,56; Jo 3,13.
Filho de Davi - Mt 21,9.15; Mt 20,30.31; Mt 12,23.
Filho do Altíssimo - Lc 1,32.
Fonte das águas vivas - Jr 17,13.
Jesus - Jo 20,31; Lc 1,31; Mt 1,21.25; At 18,5; At 18,18.
Juiz - Tg 5,9;
Leão de Judá - Ap 5,5.
Lírio dos Vales - Ct 2,1.
Luz - Jo 12,46; Jo 8,12; Sl 27,1; Is 60,20; Mq 7,8.
Legislador - Is 33,22; Tg 4,12.
Messias - Jo 1,41; Jo 4,25; Dn 9,25.
Mediador - I Tm 2,5; Hb 9,15; Hb 12,24.
Maravilhoso - Is 2,5.
Pão Vivo - Jo 6,51.
Pai da Eternidade - Is 9,6.
Príncipe - Is 55,4; Dn 8,25; At 5,31; At 3,15.
Noivo - Is 62,5; Mt 25,1; Mc 2,19.
Nazareno - Mt 2,23; Lc 24,19.
Ômega - Ap 1,8; Ap 21,6.
Primogênito - Ap 1,5; Mq 6,7; Rm 8,29;
Primícia dos que dormem - I Co 15,20.
Pastor - Sl 23,1; Sl 80,1; Jo 10,11; Hb 13,20; I Pe 5,4.
Porta - Jo 10,9.
Pedra Angular - Ef 2,20; At 4,11; I Pe 2,6.
Pedra de esquina - I Pe 2,7.
Rei - Sl 5,2; Sl 44,4; Sl 47,7; Is 33,22; Is 43,15; Ap 17,14; Zc 14,9; Lc 19,38; Jo 12,15; Jo 19,14;
Rei dos Judeus - Lc 23,38; Jo 18,33.
Rei dos Reis - Lc 23,38; Jo19,19; Ap 19,16; I Tm 6,15.
Rei das Nações - Jr 10,7; Ap 15,3.
Rei de Israel - Jo 12,13.
Raiz de Davi - Ap 5,5.
Rosa de Sarom - Ct 2,1.
Rebento do Trono de Jessé - Is 11,1.
Sumo Sacerdote - Hb 4,14.
Senhor - I Co 15,5-7; II Co 4,5; Fl 2,11; Cl 2,6.
Senhor dos Senhores - Ap 19,16; I Tm 6,15.
Santo - Ap 4,8.
Soberano - Ap 6,10.
Salvador - Lc 2,11; II Pe 3,18; Sl 84,11;
Sol da Justiça - Ml 4,2.
Todo Poderoso - Ap 1,8; Ap 4,8; Ap 15,3; Ap 21,22.
Ungido de Deus - I Sm 24,10.
Verdade - Jo 8,32; Jo 14,6.
Vida - Jo 14,6.
Verbo - Jo 1,1; Jo 1,14; I Jo 1,1; Ap 19,3.
Verdadeiro - Ap 19,11; Jo 15,5; Jo 15,1.
Descendente de Mulher - Gn 3,15.
O que batizava com o Espírito Santo - Jo 1,33.
O que dá testemunho de si mesmo - Jo 8,18.
O que haverá de vir - Mt 11,3.
Eleito por Deus - Lc 9,35.
Estrela de Jacó - Nm 24,17.
Cetro de Israel - Nm 24,17.
Fiel Testemunha - Ap 1,5.
Fiel e Verdadeiro - Ap 19,11.
Filho de Deus Bendito - Lc 1,32.
Filho do Pai - II Jo 3.
Imagem do Deus invisível - Cl 1,15.
Mistério e Esperança do ser humano - Cl 1,27.
Pedra Espiritual - I Co 10,4.
Plenitude da Divindade - Cl 2,9.
Primícia - I Co 15,20.
Redentor - Is 59,20.
Libertador - Rm 11,26-27.
100.Servo - Is 42,49; Is 50,4.11.
Justo - Sl 119,137; Sl 145,17; Is 45,21; At 22,14
Bálsamo de Gileade - Jr 8,22
Arvore da Vida - Pr 3,18; Ap 2,7; Ap 22,2.






Biografia de Jesus pelo Novo Testamento
Jesus

Pintura Jesús con la cruz a cuestas por El Greco.
Ainda que não existam retratos de Jesus e tampouco qualquer indicação de sua aparência, é freqüente a sua representação na arte do Cristianismo.

Nome completo Jesus de Nazaré
Nascimento 8-4? a.C.[1]
Belém, Judéia [nota 1]

Falecimento 29-36? d.C.[1]
Jerusalém, Judéia[nota 2]

Etnia
Judeu

Ocupação Carpinteiro, profeta itinerante e rabino


Grande parte do que é conhecido sobre a vida e os ensinamentos de Jesus é contado pelos Evangelhos canônicos: Evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João, pertencentes ao Novo Testamento da Bíblia. Os Evangelhos Apócrifos apresentam também alguns relatos relacionados a Jesus.
Esses Evangelhos narram os fatos mais importantes da vida de Jesus. Os Atos dos Apóstolos contam um pouco do que sucedeu nos 30 anos seguintes. As Epístolas (ou cartas) de Paulo também citam fatos sobre Jesus. Notícias não-cristãs de Jesus e do tempo em que ele viveu encontram-se nos escritos de Josefo[nota 28], que nasceu no ano 37 d.C.; nos de Plínio, o Moço, que escreveu por volta do ano 112; nos de Tácito, que escreveu por volta de 117; e nos de Suetônio, que escreveu por volta do ano 120.


Sinopse dos principais eventos da vida de Jesus
Mateus
Marcos
Lucas
João
Outros textos
- - - Prólogo teológico (João 1,1-18)
-
Genealogia de Jesus (Mateus 1,1-17)
- Genealogia de Jesus (Lucas 3,23-38)
- -
Anunciação a José (Mateus 1,18-25)
- Anunciação a Maria (Lucas 1,26-38)
- -
Preparativos para o nascimento (Mateus 1,25;2,1)
- Nascimento (Lucas 2,1-20)
- -
Epifania (Mateus 2,1-12)
- - - -
- - Circuncisão e Apresentação no templo (Lucas 2,22-39)
- -
Fuga para o Egito e
Massacre dos bebês por Herodes (Mateus 2,13-23)
- - - -
- - Jesus no templo (Lucas 2,41-50)
- -
Batismo de Jesus e
tentação no deserto
(Mateus 3,13;4,11)
Batismo de Jesus e
tentação no deserto
(Marcos 1,9-13)
Batismo de Jesus e
tentação no deserto
(Lucas 2,21-22 e Lucas 4,1-13)
- -
Ministério público
com algumas perícopes
(Mateus 4,12-20,34 e Mateus 21,18-25,46)
Ministério público
(Marcos 1,14;10,52 e Marcos 11,20-13,37)
Ministério público
com muitas perícopes
(Lucas 4,14-19,27 e Lucas 20,1-21,38)
Ministério público
com muitas perícopes
(João 1,35-12,50 e João 13,31-17,26)
«Palavras e atos, sinais e maravilhas»
(Romanos 15,18-19)

A entrada em Jerusalém (Mateus 21,1-11)
A entrada em Jerusalém (Marcos 11,1-10)
A entrada em Jerusalém (Lucas 19,29-44)
A entrada em Jerusalém (João 12,12-15)
-
Última Ceia e
instituição da Eucaristia (Mateus 26,26-29)
Última Ceia e
instituição da Eucaristia (Marcos 14,22-25)
Última Ceia e
instituição da Eucaristia (Lucas 22,15-20)
Última Ceia e
lavagem dos pés dos discípulos (João 13,1-11)
Última Ceia e
instituição da Eucaristia
(1 Coríntios 11,23-26)

Prisão, Julgamento e Crucificação de Jesus (Mateus 26,30-27,66)
Prisão, Julgamento e Crucificação de Jesus (Marcos 14,32-15,47)
Prisão, Julgamento e Crucificação de Jesus (Lucas 22,39-23,56)
Prisão, Julgamento e Crucificação de Jesus (João 18,1-19,42)
-
Ressurreição e aparições (Mateus 28,1-20)
Ressurreição e aparições (Marcos 16,1-20)
Ressurreição e aparições (Lucas 24,1-49)
Ressurreição e aparições (João 20,1-31)
Aparições em outros textos de Novo Testamento

- - - Aparições na Galiléia (João 21,1-25)
-
- Ascensão de Jesus (Marcos 16,19)
Ascensão de Jesus (Lucas 24,50-53)
- Ascensão de Jesus (Atos 1,6-11)


Genealogia
A anunciação do Anjo Gabriel a Maria, por Leonardo da Vinci, 1475, Galleria degli Uffizi, Florença
Há duas apresentações nos Evangelhos sobre a genealogia de Jesus. Uma delas está logo no começo do livro de Mateus (Mateus 1,1-17) e se refere à linhagem real de Jesus por intermédio de José, apresentando-o como descendente do Rei Davi. A outra encontra-se registrada por Lucas (Lucas 3,23-38) e fala da linhagem de Maria, que também descende de Davi.
Mateus menciona sinteticamente um total de 46 antepassados que teriam vivido até uns dois mil anos antes de Jesus, começando por Abraão. Em seu relato, o apóstolo cita não somente heróis da fé, mas também menciona os nomes das mulheres estrangeiras que fizeram parte da genealogia tanto de Jesus quanto de Davi, que no caso foram Rute, Raabe e Tamar. Também não omite os nomes dos perversos Manassés e Abias, ou de pessoas que não alcançaram destaque nas Escrituras judaicas. Divide então a genealogia de Jesus em três grupos de catorze gerações: de Abraão até Davi, de Davi até o cativeiro babilônico, ocorrido em 586 a.C., e do exílio judaico até Jesus.
Lucas, por sua vez, aborda a genealogia de Jesus a partir de sua mãe, retrocedendo continuamente até Adão, talvez com o objetivo de mostrar o lado humano de Jesus. E, superando Mateus, Lucas fornece um número maior de antepassados de Jesus[58].
Nascimento
A adoração de Cristo, Fra Angélico e Filippo Lippi, National Gallery of Art, Washington
Ver artigo principal: Nascimento de Jesus
Consulte também: Três Reis Magos
De acordo com o relato de Lucas, na época do rei Herodes o sacerdote Zacarias, esposo de Isabel — ambos já de idade avançada —, recebeu a promessa do nascimento de João Baptista através do anjo Gabriel.
No sexto mês da gestação de Isabel, o mesmo anjo Gabriel aparece a Maria na cidade de Nazaré, a qual era virgem e noiva de José, e anuncia que ela viria a conceber do Espírito Santo e que daria ao seu filho o nome de Jesus. Mateus traz a informação de que José, ao saber que sua noiva estava grávida, não teria compreendido inicialmente que Maria recebera a missão de conceber o Messias e se afastou dela. Mas em sonho, um anjo o revelou a vontade de Deus, e aceitando-a, recebeu Maria como esposa.
Segundo Mateus, o imperador Otávio Augusto teria promovido um recenseamento de todos os habitantes do Império, tendo estes que se alistar em suas respectivas cidades. José, por ser da cidade de Belém, teria levado Maria até esta cidade. Chegando ao local de destino, por não terem encontrado hospedagem, Jesus nasce em uma manjedoura. Segundo Lucas, os pastores da região, avisados por um anjo, vieram até o local do nascimento de Jesus.
Completados os oito dias que determinava a tradição judaica, Jesus foi apresentado ao templo por sua família para ser circuncidado, quando foi abençoado por Simeão e Ana.
Segundo o relato do evangelista Mateus, Jesus teria recebido a visita dos magos do oriente, os quais, segundo a tradição natalina, seriam três reis da Pérsia. Os magos teriam chegado a Jerusalém seguindo a trajetória de uma estrela que anunciaria a vinda do Messias ao mundo. E, ao encontrarem Jesus numa casa com Maria, adoraram-lhe e ofertaram ouro, incenso e mirra representando, respectivamente, a sua realeza, a sua divindade e a sua imortalidade. Por causa desta visita Herodes teria se decidido a matar aquele que lhe iria tomar o trono. Tal notícia teria chegado a José, que então foge com Maria e o menino para o Egito. Jesus e sua família teriam permanecido no Egito até a morte de Herodes, quando então José, após ser avisado por um anjo em seus sonhos, retorna para a cidade de Nazaré.
Infância e juventude
John Everett Millais, Gesù nella casa dei suoi genitori, 1850.
Pouco sabem os historiadores sobre a infância de Jesus. Conforme o Evangelho de Mateus, Jesus teria passado o começo de sua infância no Egito até a morte do rei Herodes, que queria matá-lo.
Em virtude da lacuna deixada pelos Evangelhos Canônicos, o pouco que se sabe da infância de Jesus provém de um relato sobre sua vida dos cinco aos doze anos, feita por Tomé, filósofo israelita do século I, conhecido como "A Infância do Senhor Jesus", também denominado como o Evangelho do Pseudo-Tomé, um antigo manuscrito apócrifo escrito em Siríaco. Porém é conveniente salientar que tais fontes têm sua autenticidade contestada, e em alguns casos é notória a influência do pensamento de grupos religiosos dos século II ao IV, diversos das raízes tradicionais cristãs.
Em umas das poucas referências canônicas à juventude de Jesus, Lucas diz que, aos 12 anos, ele foi com os pais de Nazaré a Jerusalém, para a festa de Pessach, a Páscoa judaica, e lá surpreendeu os doutores do Templo pela facilidade com que aprendia os ensinos, e por suas perguntas intrigantes. [59]
Batismo e tentação
Tentação de Cristo por Ary Scheffer, pintura do século XIX.
Todos os três Evangelhos sinóticos descrevem o batismo de Jesus por João Batista, e este evento é descrito pelos eruditos bíblicos como o início do ministério público de Jesus. De acordo com as fontes canônicas, Jesus foi para o rio Jordão onde João Batista estava pregando e batizando as pessoas.
Mateus descreve que João estava hesitante em atender o pedido de Jesus para ser batizado, alegando que ele é quem deveria ser batizado por Jesus. Mas Jesus insistiu, "Consente agora; porque assim nos convém cumprir toda a justiça." (Mateus 3,15). Depois que Jesus foi batizado e saiu da água, Marcos afirma que Jesus "viu os céus se abrirem, e o Espírito, qual pomba, a descer sobre ele. e ouviu-se dos céus esta voz: Tu és meu Filho amado; em ti me comprazo." (Marcos 1,10–11). O Evangelho de João não descreve o batismo e nem se refere a João como "o Batista" mas ele atesta que Jesus é aquele sobre quem João tinha pregado — o Filho de Deus.
Após o seu batismo, Jesus foi levado para o deserto por Deus, onde jejuou durante quarenta dias e quarenta noites. Durante esse tempo, o diabo lhe apareceu e o tentou por três vezes. Em cada uma das vezes, Jesus rejeitou as tentações respondendo com uma citação das escrituras. Em seguida o diabo se foi e os anjos vieram para cuidar de Jesus.
Ministério
O Sermão da Montanha, Carl Heinrich Bloch, Copenhagen, séc. XIX.
Os evangelhos narram que Jesus veio ao mundo para anunciar a salvação e as Bem-aventuranças à humanidade inteira, "ou seja: para nos reconciliar a nós pecadores com Deus; para nos fazer conhecer o seu amor infinito; para ser o nosso modelo de santidade; para nos tornar «participantes da natureza divina» (2 Ped 1, 4)" ; e também para "dar a sua vida em favor de muitos" e "anunciar as boas novas do reino de Deus" . Durante o seu ministério, é dito que Jesus fez vários milagres, como andar sobre a água, transformar água em vinho, várias curas, exorcismos e ressuscitação de mortos (como Lázaro).
O evangelho de João descreve três Pessachs durante o ministério de Jesus, e isso implica em dizer que Jesus pregou por pelo menos dois anos e um mês, apesar de algumas interpretações dos evangelhos sinóticos sugerirem um período de apenas um ano. Jesus desenvolveu seu ministério principalmente na Galiléia, tendo feito de Cafarnaum uma de suas bases evangelísticas e se deslocando várias vezes a Tiberíades pelo Mar da Galiléia. Esteve também em cidades como Samaria, na Judéia e sobretudo em Jerusalém logo antes de sua crucificação. Esteve em outros lugares de Israel, chegando a passar brevemente por Tiro e por Sidom, cidades da Fenícia.
Mandamentos
Os principais temas da pregação de Jesus eram o anúncio do Reino de Deus, da conversão, do perdão divino dos pecados e do amor de Deus. Expostos, entre outros, no Pai-Nosso, nas Bem-aventuranças e na chamada regra de ouro, na qual Jesus resume "toda a Lei e os Profetas" do Antigo Testamento em dois mandamentos,a saber: «Amar a Deus de todo coração, de toda alma e de todo espírito e ao próximo como a ti mesmo» (Mateus 22,37-39).
Além destes ensinamentos, alguns dos quais eram recorrentes nos pregadores da época, Jesus ensinou um novo, considerado por alguns radical, mandamento: «amai-vos uns aos outros, como Eu vos amo» (João 15,10). Este mandamento é considerado o fundamento de todos os outros mandamentos e ensinamentos dos cristãos e, para alguns, também de toda a Revelação divina.
Jesus alertou aos seus crentes e discípulos que só "quem aceita os meus mandamentos e lhes obedece, esse é que Me ama. E quem Me ama será amado por meu Pai. Eu o amarei e manifestar-Me-ei a ele. [...] Nós viremos a ele e nele faremos a nossa morada" (João 14,21-23). Sobre este aspecto, os cristãos acreditam também que quem ama a Deus permanecerá no amor. E quem "permanecer no amor permanece em Deus e Deus nele", porque "Deus é amor" (1 João 4,16).
A transfiguração
De acordo com os evangelhos sinóticos, Jesus levou três dos seus apóstolos — Pedro, João e Tiago — a um monte para orar. Enquanto lá estavam, Jesus foi transfigurado diante deles. Segundo o relato do evangelista Lucas, seu rosto brilhava como o sol e as suas roupas resplandeciam, então Elias e Moisés apareceram e conversavam com ele. Uma nuvem brilhante os cercou, e uma voz vinda do céu disse: "Este é o meu Filho amado, de quem me comprazo, a ele ouvi". Os evangelhos também afirmam que até o final de seu ministério, Jesus começou a alertar seus discípulos de sua morte e ressurreição futura.
A paixão
A entrada triunfal em Jerusalém
Segundo os quatro evangelhos, Jesus foi com seus seguidores a Jerusalém para celebrar ali a festa da páscoa. Ele entrou na cidade no lombo de um jumento. Foi recebido por uma multidão, que o aclamou como "filho de Davi”. Nos evangelhos de Lucas e João, também é chamado de rei.
Segundo Lucas, alguns dos fariseus, ouvindo o clamor da multidão dos discípulos, chegaram a pedir a Jesus que os repreendesse. Jesus então responde aos fariseus dizendo: "Se eles se calarem, as próprias pedras clamarão" (Lucas 19,40).
Ceia anterior à crucificação
A Última Ceia, de Leonardo da Vinci, 1495-1497
Segundo os sinóticos, Jesus celebrou a páscoa com seus apóstolos — evento chamado pela tradição cristã de "A Última Ceia". Durante a comemoração, Jesus predisse que seria traído por um dos seus apóstolos, Judas Iscariotes. Ao servir o pão, ele disse: "Tomai e comei, este é o meu corpo", logo após, pegou um cálice e disse: "bebei todos, este é o meu sangue, o sangue da nova aliança, que será derramado para a remissão dos pecados".
O Evangelho segundo João oferece maiores detalhes sobre os momentos da última ceia entre os capítulos 13 e 17, relatando o momento em que Jesus lavou os pés dos discípulos com água, os diálogos com os apóstolos, os últimos ensinamentos que transmitiu antes de morrer e a oração sacerdotal.
A prisão
Mais tarde, na mesma noite, segundo os sinóticos, Jesus teria ido para o jardim de Getsêmani, na encosta do monte das Oliveiras, em frente ao Templo, para orar. Três discípulos — Pedro, Tiago e João — faziam-lhe companhia.
Judas havia realmente traído Jesus, e o entregou aos sacerdotes e aos anciãos de Jerusalém, que pretendiam prendê-lo, por trinta moedas de prata.Acompanhado por um grupo de homens armados, Judas chegou ao jardim enquanto Jesus orava, para prendê-lo. Ao beijá-lo na face, revelou a identidade de Jesus e este foi preso. Por parte de seus seguidores houve um princípio de resistência, mas depois todos se dipersaram e fugiram.
O julgamento
Ecce Homo ("Eis o homem"!), Pôncio Pilatos ao apresentar Jesus Cristo aos judeus. Obra do pintor italiano Antonio Ciseri (1821-1891)
Os soldados levaram Jesus para a casa do Sumo Sacerdote. A lei judaica não permitia que o Sinédrio, a suprema corte judaica, se reunisse durante o Pessach e condenasse um homem à morte durante a noite. Jesus foi acusado primeiramente de ameaçar destruir o templo, mas as testemunhas entraram em desacordo. Depois, perguntaram a Jesus se ele era o Messias, o Filho de Deus e rei dos judeus. Jesus respondeu que era, e foi então acusado de blasfemar ao dizer-se Deus.
Após isso, os líderes judeus levaram Jesus à presença de Pôncio Pilatos, que então governava a província romana da Judéia. Acusavam-no de estar traindo Roma ao dizer-se rei dos judeus. Como Jesus era galileu, Pilatos enviou-o a Herodes Antipas — filho de Herodes, o Grande — que governava a Galiléia. Lucas conta que Herodes zombou de Jesus, vestindo-o com um manto real, e devolveu-o a Pilatos.
Era de praxe os governantes romanos libertarem um prisioneiro judeu por ocasião do Pessach. Pilatos expôs Jesus e um assassino condenado, de nome Barrabás, na escadaria do palácio, e pediu à multidão que escolhesse qual dos dois deveria ser posto em liberdade. A multidão voltou-se contra Jesus e escolheu Barrabás. Pilatos condenou então Jesus a morrer na cruz. A crucificação era uma forma comum de execução romana, aplicada, em geral, aos criminosos de classes inferiores.
A crucificação
Diego Velázquez, Cristo crucificado, 1631.
Jesus foi vestido com um manto vermelho, puseram-lhe na cabeça uma coroa de espinhos e na mão uma vara de bambu. Os soldados romanos zombavam dele dizendo: "Salve o Rei dos Judeus". A seguir, espancaram-no e cuspiram nele. Forçaram-no a carregar a própria cruz, até um lugar chamado gólgota. Ao vê-lo perder as forças, ordenaram a um homem, de nome Simão Cireneu, que tomasse da cruz e a carregasse durante parte do caminho.
Conduzido para fora da cidade, Jesus foi pregado na cruz pelos soldados romanos. João conta que escreveram no alto da cruz a frase latina "Iesus Nazarenus Rex Iudeorum". Puseram a cruz de Jesus entre as de dois ladrões[83][nota 37]. Antes de morrer, Jesus exclamou: "Elí, Elí, lemá sabactani" que traduzido seria "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?" (Mateus 27,46). Depois de três horas, Jesus morreu. José de Arimatéia e Nicodemos depuseram o seu corpo num túmulo recém-aberto, e o fecharam com uma pedra.
A ressurreição
A ressurreição de Cristo, por Raffaello Sanzio, 1500. MASP
Os Evangelhos contam que, no domingo de manhã, Maria Madalena foi bem cedo ao túmulo de Jesus, onde encontrou a pedra fora do lugar e o sepulcro vazio. Depois disso, Jesus apareceu a ela e a Simão Pedro. Dois discípulos viram-no na estrada de Emaús.
Os Evangelhos dizem que os onze apóstolos fiéis encontraram-se com ele, primeiro em Jerusalém e depois na Galiléia onde chegou a ser visto por algumas centenas de pessoas. Porém, é o relato de Mateus que mais oferece detalhes sobre os acontecimentos que envolveram o momento da ressurreição.
Segundo o Evangelho de Mateus, a ressurreição de Jesus teria sido precedida de um grande terremoto em razão da remoção da pedra que estava na entrada do sepulcro:
E eis que houve um grande terremoto; porque um anjo do Senhor desceu do céu, chegou-se, removeu a pedra e assentou-se sobre ela. O seu aspecto era como um relâmpago, e a sua veste, alva como a neve. E os guardas tremeram espavoridos e ficaram como se estivessem mortos.

— (Mateus, 28,2-4
Nesta mesma fonte histórica, isto é, no Evangelho de Mateus, é informado também que os líderes judeus da época teriam subornado os guardas para que contassem uma versão diferente, ou seja, que os discípulos teriam levado o corpo de Jesus enquanto os vigias estivessem dormindo .
Além dos quatro Evangelhos e do livro de Atos dos Apóstolos, há outras fontes que falam da ressurreição de Jesus. Uma delas, também encontrada no Novo Testamento bíblico, seria um breve relato de Paulo nos versos de 3 a 8 do capítulo 15 em sua primeira epístola aos coríntios, escrita por volta do ano 55 da era cristã, onde o apóstolo menciona duas outras aparições de Jesus após a sua ressurreição, não registradas nos Evangelhos. Numa delas, Jesus teria sido visto por mais de quinhentas pessoas. Na outra ocasião, teria aparecido ao seu parente Tiago, o qual, após esta experiência, teria se tornado um seguidor e líder da Igreja de Jerusalém, escrevendo ainda um dos livros do Novo Testamento.
A ascensão
Garofalo: Ascensão de Cristo, 1510-20.
A ascensão de Jesus é relatada nos Evangelhos de Marcos e de Lucas, além de constar no começo do livro de Atos dos Apóstolos, o qual também foi escrito por Lucas.
Em Atos, Lucas narra que Jesus, após ressuscitar, apareceu durante quarenta dias aos apóstolos, passando-lhes ensinamentos e confirmando que receberiam o Espírito Santo. Prossegue o evangelista informando que, após esses dias, Jesus foi elevado às alturas até ser encoberto por uma nuvem.
Marcos, em seu resumido Evangelho, apenas comenta que Jesus, depois de ter falado aos seus discípulos, foi recebido nos céus e se assentou à direita de Deus. É Lucas quem dá mais detalhes sobre esse momento, informando ter sido em Betânia que Jesus se despediu de seus discípulos, abençoando-os enquanto era elevado para o céu (Lucas 24,50-52).
Por sua vez, em Atos, o seu segundo livro, Lucas relata que, durante a ascensão de Jesus, os discípulos permaneceram olhando para o céu até que tiveram a visão de dois anjos que lhe indagaram sobre aquela atitude, os quais teriam proferido as seguintes palavras:
Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Este Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir

— Atos, 1,11

Diferente da ocasião da dramática morte de Jesus na cruz, Lucas diz que os discípulos não ficaram entristecidos com a aparente separação ocorrida na ascensão, mas retornaram felizes para Jerusalém.
Já nos Evangelhos escritos pelos apóstolos Mateus e João, não há nenhuma descrição sobre a ascensão de Jesus. Em Mateus, por exemplo, o texto termina na segunda parte do seu último verso com a frase de que Jesus permanecerá todos os dias com os seus discípulos até o fim do mundo (Mateus 28:20).
Mesmo depois da ascensão, as obras que compõem o Novo Testamento bíblico trazem outros relatos de aparições de Jesus, como ocorre na conversão de Saulo e também na visão de João quando o apóstolo é arrebatado aos céus durante sua prisão em Patmos e recebe a missão de escrever o Apocalipse.

E-mail: cassiouab@hotmail.com/

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