26 outubro 2010

Procuradores e ONG se unem por eleições limpas


Para denunciar um crime eleitoral, basta procurar o Ministério Público Eleitoral. Só em São Paulo, mais de 2 mil pessoas fizeram isso nos últimos três anos.
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Em São Paulo, o repórter César Menezes mostra uma iniciativa de procuradores e de uma organização não governamental para esclarecer os cidadãos sobre como blindar o voto contra políticos que desrespeitam a Lei Eleitoral.

Que eleitor nunca recebeu um santinho e um pedido de voto a caminho da eleição? "Se ele vier falar comigo, com certeza eu não vou dar a menor atenção", disse a advogada Luzia Moreira.

Mas ignorar não basta. Boca de urna é crime eleitoral, um entre vários que o eleitor desconhece.

“Se ganhasse uma camiseta de um candidato, pego sem problema. Ele está me dando”, disse o ajudante de serviços gerais, Cristiano Silva.

E alguns tijolos pra terminar a casa? “Em época de eleição eu vou achar um pouco estranho, mas quem não aceitaria?”, admitiu o estudante Antônio Santos.

Distribuir camisas, canetas, cestas básicas, tijolos, tudo isso é proibido e deve ser denunciado.

"Eu acho que denunciaria, mas não sei pra quem iria denunciar!”, contou a professora
Adriana Conceição.

Esse ano os brasileiros vão ter mais uma vez a chance de ver o que há de bom e de ruim numa eleição. Julgar o que é certo e o que é errado e decidir o que fazer diante das promessas e das atitudes dos candidatos. Alguns eleitores estão se preparando pra aproveitar bem essa oportunidade.

Procuradores se uniram a uma ONG para ensinar como combater a desonestidade na política.

"Geralmente nós falamos: você faça isso, você faça aquilo. Não, nós temos que adotar a postura façamos nós. Vamos nos engajar”, declarou Lucrécia Gomes, do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral.

Glauber passou esta quarta-feira aprendendo sobre a Lei Eleitoral. Ele é jogador de futebol e quer entrar no time dos eleitores conscientes. "A minha parte eu vou fazer".

E não é difícil. Para denunciar o crime eleitoral, basta procurar o Ministério Público Eleitoral. Só em São Paulo, mais de 2 mil pessoas fizeram isso nos últimos três anos.

“O testemunho é muito importante como início da investigação. A partir dele, o Ministério Público tem condições de preparar a melhor prova, de descobrir, de investigar. Mas sem essa participação do cidadão fica difícil”, explicou o procurador regional eleitoral, Luiz Gonçalves.

A escolha do melhor candidato está nas mãos do eleitor e dona Maria das Neves já sabe quem merece o voto dela: "Para o que é honesto".

http://jornalnacional.globo.com

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