(Irmão Afonso Maria da Cruz, IPJM)
“Logo que o último dos eleitos tenha alcançado o grau de amor que lhe é destinado, o universo se desfará, como se desmancha uma máquina perfeita, mas sem utilidade para o futuro.
E que importa a Deus esta máquina do mundo, por mais aperfeiçoada que seja? Ele pode construir sem fadiga mil outras, mais poderosas e mais belas.
É com as almas que o Seu pensamento se ocupa.
Os acontecimentos que absorvem a atenção dos homens, as revoluções, os abalos sociais, a sucessão dos impérios, são para Deus brinquedos de criança.
A inocência conservada ou recuperada, um ato de caridade, uma resolução de pertencer-Lhe, um suspiro dirigido ao Seu Coração, uma oração, é isso que põe em movimento o Céu. (...)
Ele faz da santificação das almas o Seu único interesse. (...)
Por que as revoluções, as guerras, as epidemias, os grandes males sociais?
Por que as perseguições, a opressão de países fracos, o triunfo da brutalidade?
Por que os flagelos públicos, os lutos das famílias, as hecatombes de vidas humanas, as lágrimas das mães?
A razão humana tem vistas curtas. Há almas de escol, muito numerosas talvez, que serão purificadas e santificadas por essas provações, como há almas que sem elas nunca se salvariam.
O mundo inteiro não vale uma única alma.
Para suscitar um só ato de amor a mais, mesmo que seja de uma pequena alma desconhecida lá no fundo de um vilarejo, Deus permitiria abalos terríveis”
(Padre José Schrijvers, CSSR, na obra: 'O dom de si')
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