08 agosto 2011

350 milhões de cristãos vivem a sua fé perseguidos

‘Ajuda à Igreja que Sofre’ organiza para a JMJ uma exposição com imagens e testemunhos
Actualmente há 350 milhões de cristãos que sofrem por causa da sua fé. Perseguidos, hostilizados ou obrigados a viver em piores condições. Há mártires nestes tempos em que se fala de liberdade e direitos. Existe o silêncio e o abandono a estas realidades, inclusive o desconhecimento por parte daqueles que partilham a mesma fé.
Como é que apesar de toda a dor e sofrimento estes cristãos continuam a crer? Porque continuam a lutar para praticar a sua fé com liberdade? Porque querem permanecer no seu país?
Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) está a preparar para a Jornada Mundial da Juventude, junto à Paróquia dos Jerónimos, uma exposição surpreendente e cheia de emoção: ‘Cristãos perseguidos hoje’.
“Nesta actividade para a JMJ pretendemos mostrar aos jovens não a cara negativa e triste da Igreja perseguida, mas pelo contrário, que é na cruz que melhor se vive a fé e mais próximo está Cristo… Não é uma Igreja triste, pelo contrário, é uma Igreja alegre e com esperança!”, conta Amparo Llobet, comissária da exposição.
FOTO1_2         “Olhamos sempre a Cruz como se fosse Sexta-feira Santa”.
         Padre Peter do Sudão do Sul..
“Para muitas pessoas continua a ser uma grande surpresa que viver a fé em liberdade seja um delito em muitos lugares. Ver o testemunho radical de gente que apesar de toda a hostilidade que sofre, da violência, da discriminação, da aberração, da troça ou da acusação, apesar de tudo queira continuar a viver no seu país, em sua casa, e queira continuar a ser cristãos, isso interpela-nos muito. Perguntas-te: Que faria eu se vivesse como eles?”, explica Javier Fariñas, responsável de comunicação da AIS.
A exposição de Ajuda à Igreja que Sofre girará à volta da reconciliação, com si mesmo e com a realidade que desconhecemos, e a cruz, que eles vivem com normalidade e nós vemos como heroicidade.
FOTO2_2
Antes de receber o Novo Testamento das mãos do padre Benedicto,
Três jovens soldados têm com ele um breve momento de reconciliação.
(Angola)
Contarão com vários espaços: Haverá uma secção de fotografias sobre cristãos perseguidos junto de una série de painéis que narram a história de quinze mártires dos últimos cinquenta anos, e três situações concretas de perseguição: em Gojra (Paquistão), em Orissa (Índia) e em Tibhirine (Argélia), momentos de ataque à liberdade religiosa que transcenderam o silêncio e tiveram certa presença nos meios de comunicação.
Esta secção estará acompanhada de pequenas peças audiovisuais sobre a Nigéria, China, Sudão, Cuba e Iraque, e de testemunhos presenciais de cristãos de Cuba, Iraque, Sudão e alguns convertidos que contarão quem são e o que fazem na sua vida quotidiana. Estas histórias não são de lamentação, mas antes de esperança.
Entre os testemunhos estará o do Padre Jorge Naranjo, sacerdote comboniano madrileno de 37 anos que se sentiu chamado a anunciar o evangelho em zonas de maioria islâmica. Trabalhou em Port Sudan, Jartum e ultimamente em Omdurmán, três cidades do norte do Sudão.
FOTO3         Jorge Naranjo
“Ser cristão implica ter desvantagens no momento de conseguir um trabalho, aceder a uma bolsa de estudos… É quase impossível conseguir a permissão para construir uma igreja, mesmo que os cristãos que habitem nessa zona sejam muitos”, disse o Padre Jorge explicando o dia-a-dia de um cristão no Sudão. Nos convida à exposição “para descobrir que a fé é um verdadeiro tesouro que dá sentido pleno à vida e que a maior alegria é poder partilhá-la… Quem persevera na fé apesar das dificuldades acaba por aprofundá-la e construir uma identidade com um fundamento muito firme”.
Por outro lado, se organizarão momentos e actividades de oração pela Igreja perseguida e necessitada. “A oração é um dos nossos pilares, queremos transmitir aos jovens essa necessidade de orar pelo resto da Igreja”, afirma a comissária da exposição.
Em último lugar, haverá um amplo espaço no qual estarão presentes as secretarias da Ajuda à Igreja que Sofre em todo o mundo. “O que pretendemos é estabelecer um diálogo com os jovens de maneira que nos conheçam, que saibam o que é Ajuda à Igreja que Sofre, e lhes ofereçamos todas as possibilidades que têm para colaborar com a Igreja que sofre desde os seus países de origem. Sensibilizar, consciencializar e despertar um compromisso para a liberdade religiosa e a Igreja necessitada e perseguida”, finaliza Amparo Llobet.
Sobre Ajuda à Igreja que Sofre (AIS)
Ajuda à Igreja que Sofre nasce para ser a voz dos que não têm voz. A voz dos que são perseguidos e mártires, dos que sofrem e necessitam. Foi fundada pelo Padre Werenfried, um homem optimista e lutador cujo lema, “o homem é muito melhor do que pensamos”, permeia de esperança o espírito da organização.
Ajuda à Igreja que Sofre, dependente da Santa Sé, conta com 17 secretarias por todo o mundo, que recolhem fundos para ajudar mais de 5.000 projectos pastorais em 153 países cada ano: construir e reabilitar capelas e igrejas, oferecer subsistência para sacerdotes por meio de estipêndios de Missa, formar seminaristas, noviças e sacerdotes, ou procurar meios de locomoção para as dioceses necessitadas.
Dados básicos de la exposição cristãos Perseguidos:
•    Onde?: En la Paróquia de São Jerónimo el Real (C/Moreto, 4)
•    Quando?: de 15 a 20 de Agosto (10-21 horas).
•    Testemunhos: na terça-feira, dia 16 às 12:00 e 17:00 horas, e na quarta-feira, dia 17 às 18:00 e 21:00 horas.
•    Entrada: gratuita para os inscritos na JMJ.

http://www.madrid11.com/pt/cultura/1495-350-millones-de-cristianos-viven-su-fe-perseguidos-

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