‘Ajuda à Igreja que Sofre’ organiza para a JMJ uma exposição com imagens e testemunhos
Actualmente há 350 milhões de cristãos que sofrem por causa da sua fé. Perseguidos, hostilizados ou obrigados a viver em piores condições. Há mártires nestes tempos em que se fala de liberdade e direitos. Existe o silêncio e o abandono a estas realidades, inclusive o desconhecimento por parte daqueles que partilham a mesma fé.Como é que apesar de toda a dor e sofrimento estes cristãos continuam a crer? Porque continuam a lutar para praticar a sua fé com liberdade? Porque querem permanecer no seu país?
Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) está a preparar para a Jornada Mundial da Juventude, junto à Paróquia dos Jerónimos, uma exposição surpreendente e cheia de emoção: ‘Cristãos perseguidos hoje’.
“Nesta actividade para a JMJ pretendemos mostrar aos jovens não a cara negativa e triste da Igreja perseguida, mas pelo contrário, que é na cruz que melhor se vive a fé e mais próximo está Cristo… Não é uma Igreja triste, pelo contrário, é uma Igreja alegre e com esperança!”, conta Amparo Llobet, comissária da exposição.
“Olhamos sempre a Cruz como se fosse Sexta-feira Santa”.
Padre Peter do Sudão do Sul..
“Para muitas pessoas continua a ser uma grande surpresa que viver a fé em liberdade seja um delito em muitos lugares. Ver o testemunho radical de gente que apesar de toda a hostilidade que sofre, da violência, da discriminação, da aberração, da troça ou da acusação, apesar de tudo queira continuar a viver no seu país, em sua casa, e queira continuar a ser cristãos, isso interpela-nos muito. Perguntas-te: Que faria eu se vivesse como eles?”, explica Javier Fariñas, responsável de comunicação da AIS.Padre Peter do Sudão do Sul..
A exposição de Ajuda à Igreja que Sofre girará à volta da reconciliação, com si mesmo e com a realidade que desconhecemos, e a cruz, que eles vivem com normalidade e nós vemos como heroicidade.
Antes de receber o Novo Testamento das mãos do padre Benedicto,
Três jovens soldados têm com ele um breve momento de reconciliação.
(Angola)
Três jovens soldados têm com ele um breve momento de reconciliação.
(Angola)
Esta secção estará acompanhada de pequenas peças audiovisuais sobre a Nigéria, China, Sudão, Cuba e Iraque, e de testemunhos presenciais de cristãos de Cuba, Iraque, Sudão e alguns convertidos que contarão quem são e o que fazem na sua vida quotidiana. Estas histórias não são de lamentação, mas antes de esperança.
Entre os testemunhos estará o do Padre Jorge Naranjo, sacerdote comboniano madrileno de 37 anos que se sentiu chamado a anunciar o evangelho em zonas de maioria islâmica. Trabalhou em Port Sudan, Jartum e ultimamente em Omdurmán, três cidades do norte do Sudão.
Jorge Naranjo
“Ser cristão implica ter desvantagens no momento de conseguir um trabalho, aceder a uma bolsa de estudos… É quase impossível conseguir a permissão para construir uma igreja, mesmo que os cristãos que habitem nessa zona sejam muitos”, disse o Padre Jorge explicando o dia-a-dia de um cristão no Sudão. Nos convida à exposição “para descobrir que a fé é um verdadeiro tesouro que dá sentido pleno à vida e que a maior alegria é poder partilhá-la… Quem persevera na fé apesar das dificuldades acaba por aprofundá-la e construir uma identidade com um fundamento muito firme”.Por outro lado, se organizarão momentos e actividades de oração pela Igreja perseguida e necessitada. “A oração é um dos nossos pilares, queremos transmitir aos jovens essa necessidade de orar pelo resto da Igreja”, afirma a comissária da exposição.
Em último lugar, haverá um amplo espaço no qual estarão presentes as secretarias da Ajuda à Igreja que Sofre em todo o mundo. “O que pretendemos é estabelecer um diálogo com os jovens de maneira que nos conheçam, que saibam o que é Ajuda à Igreja que Sofre, e lhes ofereçamos todas as possibilidades que têm para colaborar com a Igreja que sofre desde os seus países de origem. Sensibilizar, consciencializar e despertar um compromisso para a liberdade religiosa e a Igreja necessitada e perseguida”, finaliza Amparo Llobet.
Sobre Ajuda à Igreja que Sofre (AIS)
Ajuda à Igreja que Sofre nasce para ser a voz dos que não têm voz. A voz dos que são perseguidos e mártires, dos que sofrem e necessitam. Foi fundada pelo Padre Werenfried, um homem optimista e lutador cujo lema, “o homem é muito melhor do que pensamos”, permeia de esperança o espírito da organização.
Ajuda à Igreja que Sofre, dependente da Santa Sé, conta com 17 secretarias por todo o mundo, que recolhem fundos para ajudar mais de 5.000 projectos pastorais em 153 países cada ano: construir e reabilitar capelas e igrejas, oferecer subsistência para sacerdotes por meio de estipêndios de Missa, formar seminaristas, noviças e sacerdotes, ou procurar meios de locomoção para as dioceses necessitadas.
Dados básicos de la exposição cristãos Perseguidos:
• Onde?: En la Paróquia de São Jerónimo el Real (C/Moreto, 4)
• Quando?: de 15 a 20 de Agosto (10-21 horas).
• Testemunhos: na terça-feira, dia 16 às 12:00 e 17:00 horas, e na quarta-feira, dia 17 às 18:00 e 21:00 horas.
• Entrada: gratuita para os inscritos na JMJ.
http://www.madrid11.com/pt/cultura/1495-350-millones-de-cristianos-viven-su-fe-perseguidos-
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