24 outubro 2013

E o que dizer do Rock Católico?





  Talvez nada cause tanta polêmica como a velha discussão: afinal, pode ou não pode existir rock dentro da Igreja? Existem os defensores e os opositores. Mas o que de fato pensa a Igreja sobre isso? Na realidade, o Papa Bento XVI ainda enquanto Cardeal, já havia falado contra o estilo musical “Rock”. Frase esta que é muito contestada pelas pessoas que aderiram ao estilo musical, e mesmo dentro da Igreja faz birra quando se fala contra. O engraçado é que quando falam contra a Igreja e contra todo o sagrado e tradicional da Santa Igreja, nada falam e, ainda, dizem que não se pode condenar. Mas condenam e distorcem as palavras de um Cardeal que veio a se tornar Papa.

         Pois bem, as palavras do Santo Padre enquanto cardeal foram estas: “O rock é uma expressão básica das paixões, que em grandes platéias pode assumir características de um culto anti-cristão. Portanto, não se pode pretender tornar pessoas cristãs com um som que é anti-cristão” (Papa Bento XVI). – Pois bem, já vi gente interpretar de forma que, o então Cardeal Joseph Ratzinger, teria condenado o Rock (mesmo católico), e também que só o teria condenado na liturgia. Mas, por acaso, liturgia não é toda ação do homem para com Deus? Claro que com certeza o Papa falava da Liturgia da Santa Missa. Mas isso não quer dizer que o Santo Padre o defende fora da Santa Missa.

         Vejamos a seguir algumas coisas a fundo do que o Papa Bento XVI nos disse. Muitos interpretam dizendo que, como dito neste trecho, o rock apenas “pode” assumir a característica de culto anti-cristão. Porém, a seguir, nosso querido Cardeal afirma que não se pode pretender tornar pessoas cristãs com um som que é anti-cristão. E isso não é apenas algo para ser seguido na Santa Missa. Por que, de regra, o Kerigma, ou seja, o primeiro anúncio da pessoa de Jesus Cristo se dá fora do templo, em eventos, porta a porta, etc. Então, não podemos distorcer, de forma até covarde, as palavras do Santo Padre, dizendo que ele não condena o Rock, fazendo assim apenas uma condenação na Liturgia da Santa Missa.

         Outros dizem que por não ter sido dito isso durante o Papado, não teria validade moral para ser seguido. Mas então porque tanta gente compra e ler livros de auto-ajuda, muitos até de padres, sendo que os mesmos não são papas, e assim não podemos segui-los (maneira pobre de falar, espero que tenham entendido o que falei). Quero deixar claro aqui, que quem quiser ouvir rock católico, o ouça. Mas, que fique claro, que não seria aconselhável. Não importa a letra, mesmo bandas católicas ou não, fazer rock com belas letras. O problema do Rock é o RÍTMO, na qual nasceu para adoração satânica. O próprio Raul Seixas disse que o pai do rock é o diabo. Aliás, o ritmo, alucina tanto, que outrora o mesmo disse que queria ir para o inferno. Isso é pecado contra o Espírito Santo, uma vez que por vontade própria, nega-se a salvação dada por Cristo na cruz. Mas não podemos dizer que apenas o Rock secular – por assim dizer – é o que deve ser condenado. Uma vez que a maioria dos que escutam os chamados “Rocks Católicos” também gostam de bandas seculares, que muitas vezes estrangeiras, trazem até nas próprias letras consagrações a satanás (mesmo em outras músicas falando de Deus). E, muitas bandas católicas, se inspiram nessas bandas seculares e demoníacas para fazer seu som “evangelizador”. Outras vezes, talvez pior ainda, bandas pegam a mesma base da música e trocam apenas a letra. O Rock leva a uma adoração pagã em seu ritmo, e não em sua letra somente. Tanto que o vocalista de uma famosa banda “católica” certa vez disse que para uma letra, fez um arranjo, e depois seus colegas disseram que já existia esse arranjo; e disse a seguinte frase “pra ver como fica na cabeça”. Deu para entender?

         Mas aqui vale lembrar que nem toda banda que use bateria, guitarra, baixo, etc., é uma banda de rock. Até porque não sobraria um ministério para contar história. Eu já vi gente dizer que Roberto Carlos era do Rock, porém, não podemos dizer que ele é um rockeiro. Temos que analisar toda a cultura do rock, para aí ver o que é certo e o que é errado. O review metal é, digamos assim o mais condenável , não tem como negar o estilo pesado e assustador. E muitas bandas assim o tem aderido. Um exemplo é uma banda que nem sei se ainda existe, que se chama (chamava) “Eterna”. Perdão por quem se sentir ofendido, mas não vejo como sair daí uma conversão com um som tão pesado, e ainda mais cantando em inglês. Tenho um colega que só escuta rock satânico e – pasmem – curte muito “eterna”. E o “eterna” o tem evangelizado? Não sei, mas nas últimas conversas sobre religião, este meu colega disse que queria ir para o inferno ou ver o diabo, pois no inferno – segundo ele – tem muitas bandas boas (e citava o nome) e Deus todos tem imagem de Jesus, e assim dá pra saber como é, já o diabo tinha ele uma curiosidade em saber como era. Opa, cadê a conversão? É óbvio que nem todo ministério de música vai converter todos as pessoas que o ouvem, porém, este estilo (em especial da banda citada) não é propícia a evangelização como disse o Papa Bento XVI ao afirmar que não se pode tornar alguém cristão com algo que é anti-cristão.

         Tem outra banda, famosa, em que não se passa um testemunho fiel. Não digo apenas no sentido de o que era, e o que é hoje. Mas, olhem a aparência transformada de antes de explodir nacionalmente, e como é agora. Maquiagem preta e tudo mais esta na lista. Como passar uma nova vida, se o que os artistas mostram é a mesma coisa das seculares? As letras dessa banda parece música para namorada(o). A palavra “adeus” é a mais próxima de “Deus”. “Ah, mas eles passam uma pela mensagem...” Se for por passar uma bela mensagem apenas, escutem apenas U2 que também trazem uma bela mensagem. Fora que só tem uma música que fala de Nossa Senhora. E, fazem muitos shows durante a semana, fazendo assim ficar de forma obscura a vivencia na Santa Missa. Em um especial com a banda, filmaram suas viagens, e – pasmem – esta banda só foi filmada em uma Missa e uma adoração. Missa esta que eles estava no camarim e apontando “jajá a gente vai torcar...” E assistindo a Santa Missa como é o correto? Fora o respeito humano, de não tomar posição na doutrina católica. O RÍTMO age tanto no subconsciente que, no show deles em que participei outrora, todos gritavam o nome do vocalista, e da banda, todos pulavam e etc.; mas quando chegou o momento da adoração ao Santíssimo Sacramento, muitos ali não tiveram nem a mínima reverência para com Jesus Sacramentado. Mas quanto ao choro do público gritando o nome do vocalista, muitos dizem que é o Espírito Santo, porém, até aonde eu sei, o Espírito Santo faz proclamarmos que Jesus Cristo é o Senhor (cf. Filipenses 2,10-11), e não “fulano de tal eu te amo”. Se a banda faz as pessoas irem aos camarins pedir autógrafo; mas não faz as pessoas irem ao sacrário adorar Jesus, ir ao padre confessar os pecados, e ir a Santa Missa comungar o Corpo e o Sangue de Cristo, foge delas.

         Uma outra banda, o vocalista em seu testemunho, até afirma que quando ele era “metaleiro” do rock secular, tinha esse tipo de coisa (consagração a satanás). Mas, ele foi transformado pela ação de Deus. Vejam, o problema do rock é o ritmo. Tanto que essa banda e algumas outras, quando fazem versões mais pro lado acústico, são ótimas. Deus deu um dom: tocar e cantar. Mas o que você faz com isso, mesmo inconscientemente, pode ser uma adoração a satanás. Para não vocês não dizerem que falo isso apenas pelo fato de que não sou desta cultura, lembro de um amigo que dá seu testemunho, aonde ele era metaleiro e se tornou bruxo. Ele mesmo fala que o rock, em hipótese alguma, pode ser utilizado para evangelizar. Antes deve ser feito uma santificação. Mas, o que vemos em muitas bandas não é santificação, mas banalização. Pessoas das bandas com pircings (nasceu do satanismo) e tatuagens (nem preciso falar neh). Muitos dizem que foi feito antes de se “converterem”, mas os pircings podem ser retirados. Eu mesmo no inicio da adolescência tinha um pircing. Quando coloquei, assim que sai da loja, a preção baixou e escureceu as vistas. Demorei ainda para poder voltar para casa. Depois de um tempo com este pircing, eu acordei certa vez com o dedo por baixo dele querendo arrancá-lo. Tenho para mim, que era talvez o Espírito Santo repudiando aquilo que estava em Seu templo. E as tatuagens, podem ser escondidas dependendo de onde são feitas, e ser exortado ao público que é errado. Coisa que a gente não vê. E as pessoas acham bonitinho, e até compartilham em redes sociais que a aparência não importa para Deus. De fato, não importa, e não podemos condenar – como pelo menos eu não o faço – mas da forma que falam, faz é incentivar as pessoas a usarem pircings e fazer tatuagem, com o slogan de que Deus vê o coração.

         Isso tudo faz parte da cultura do Rock. E isso é condenável. E tudo começa pelo ritmo. As pessoas dizem que o Rock converteu mais gente do que o “radicalismo”. Porém, as pessoas usam as palavras “radicalismo”, fundamentalista, etc., quando condenamos – ou pregamos contra – algo de seus gostos pessoais. Vocês conseguem imaginar Santa Maria Madalena antes de encontrar Jesus, e depois de encontrar Jesus? Pois bem, com toda certeza mudou. Vale aquela frase: “Deus te ama do jeito que você é, mas não da forma em que você está.” Já ouvi falar de casos de pessoa que era homossexual, e depois de acompanhamentos, havia renunciado o homossexualismo. Porém, ao ir em um show de Rock “Católico”, vendo as pessoas praticarem as mesmas coisas que ele fazia nos shows seculares, acabou caindo novamente em pecado. Não é de se admirar, como já disse aqui, em certo show de uma banda de rock que até admiro pelo testemunho do vocalista (não pelo ritmo de algumas músicas), garotos estavam se debatendo, e muitos fazendo sinais satânicos com as mãos. Pode isso? Muita gente do rock, mesmo “religioso”, creio eu, tem o sonho de fazer uma roda de slan, tocar fogo numa guitarra, etc. (o sonho dos chifres do diabo não tem importância, já que o fazem, e tem até padre dizendo que significa “Santíssima Trindade”).

         Tudo isso é causado pelo maldito ritmo. Mas o rock não é o único mal de nossa sociedade. Muitos comentários de defesa do rock, dizem “por que vocês não condenam o Funk, o sertanejo, o rap...”, por exemplo. E quem disse que não condenamos? O funk tem muitas batinas que são oriundas do candomblé. Já aí seria o bastante para ser condenada. Fora a maldita cultura da apologia ao sexo e crime. O sertanejo com músicas de libertinagem semelhantes ao funk, prega o adultério dentre outras coisas. O Rap com batidas fortes semelhantes ao Rock em determinados aspectos, quando unidas a letras de violência e apologia ao que não presta, também causa muito mal. Enfim, qualquer ritmo pode ser usado por satanás. A diferença é que o rock foi criado para o próprio demônio. E para quem ainda acha que ritmo não tem nada a ver: Quando pergunta para uma garota que escuta funk prostituído vulgarizando a mulher, porque ela escuta isso, o que ela responde? “Não escuto pela letra, mas pelo RITMO”. Assim é também com o rock, até porque se não o fosse, rock internacional em que não se entende nada não seria escutado. E o ritmo age de forma devastadora.

         Outros dizem que o demônio não tem poder de criar nada, e que nós é que dividimos a Igreja por condenar o Rock. Mas, vejamos o que Nossa Senhora de La Salette disse em suas aparições: “No ano de 1864, serão libertados do Inferno Lúcifer com um grande número de demônios; eles abolirão a fé pouco a pouco, mesmo nas pessoas consagradas a Deus. Irão cegá-las de tal forma que, salvo se elas forem abençoadas por uma graça especial, essas pessoas assimilarão o espírito desses anjos maus. Muitas casas religiosas perderão completamente a fé e muitas almas se irão perder. Os livros maus abundarão na Terra e os espíritos das trevas espalharão, por toda a parte, um relaxamento universal por tudo o que seja serviço de Deus; e terão um enorme poder sobre a natureza. Haverá igrejas dedicadas ao culto desses espíritos.” – Não fala especificamente do Rock, mas cabe aí neste contexto. Como vemos, Lúcifer sendo liberto do inferno com uma legião de demônios, ele teria até poder sobre a natureza. Quanto mais sobre pessoas consagradas a ele, para então criar um ritmo do inferno como o rock. E como disse Nossa Senhora, muitos de fato estão cegos a Verdade, e pegou muitas pessoas consagradas a Deus (como dito, até sacerdotes). E pessoas que realmente tem o dom e a missão de evangelizar através da música. Muitas pessoas consagradas a Deus foram pegas. Espero que obtenham esta graça especial que Nossa Senhora disse para serem salvos. Pois, se muitos assimilaram o espírito destes demônios, como algo divino... E outra, se livros maus se abundaram pela Terra, por obra satânica, vocês acham que música não seria? O demônio não brinca de ser mal, ele o é. Já nós, muitas vezes, brincamos de ser santos. “Conheço as tuas obras: não és nem frio nem quente. Oxalá fosses frio ou quente! Mas, como és morno, nem frio nem quente, vou vomitar-te.”[Apocalipse 3,15-16]. O que terá de gente sendo vomitada.

         E outra da Palavra de Deus: “À maneira de filhos obedientes, já não vos amoldeis aos desejos que tínheis antes, no tempo da vossa ignorância. A exemplo da santidade daquele que vos chamou, sede também vós santos em todas as vossas ações” (1Pedro 1,14-15). A Palavra de Deus já deixa claro. Sejamos renovados no Espírito Santo de Deus, e não a falsa modificação do espírito dos infernos que Nossa Senhora disse. Até porque, tem gente que idolatra tanto o ritmo Rock, que se mesmo no Papado, Bento XVI decretasse que não se pode ouvir e tocar Rock, as pessoas fariam birra e desobedeceriam ao Papa. Quem segue a Igreja nunca erra. Então não me chamem de fundamentalista e radical pelo fato de não compactuar com o estilo musical de seu gosto; enquanto você idolatra um ritmo, várias bandas, e depois eu que sou “anti-cristão”? Voltemos a catequese...

         Salve Maria Imaculada! E em vez de se consagrarem ao demônio pelo Rock, se consagrem a Virgem Santíssim pelo método de São Luis Maria de Montford.

         Shalom!

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