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Quem batizou as notas musicais foi o monge beneditino italiano Guido d’Arezzo. Ainda no século 11, ele nomeou a escala ao se inspirar num hino a São João Batista, composto por outro monge, Paolo Diacono, três séculos antes. Veja os versos abaixo:
Ut queant laxis…
Resonare fibris…
Mira gestorum…
Famuli tuorum…
Solve polluti…
Labii reatum…
Sancte Iohannes.
Para entender a lógica, basta pular o primeiro verso e depois pegar a primeira sílaba de cada frase para reconhecer as notas – (Ut), Re, Mi, Fa, Sol, La… O “Si” ele adaptou, juntando as primeiras duas letras de “Sancte Iohannes” (São João). Cinco séculos depois, incomodado com o som da primeira sílaba, o músico Giovanni Maria Bononcini incrementou uma mudança: trocou o “Ut”pelo “Do”, de Dominus (Senhor). E, com essa benção celestial, sacramentou a nomenclatura das notas musicais.
NOTA: Desde a Antiguidade, o padrão era usar letras para representar as notas (a única exceção, aliás, é o nosso sistema latino, que usa sílabas). Em países anglófonos, as notas são representadas por letras: C, D, E, F, G, A e B, respectivamente. Essa é uma das designações mais antigas, que nós usamos também em cifras. Mas o alfabeto grego arcaico, por exemplo, também já foi usado.
Fontes: Curso Completo de Teoria Musical e Solfejo, de Belmira Cardoso e Mário Mascarenhas; Enciclopédia Britânica; Enciclopédia Barsa. Via revista Superinteressante.
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