15 março 2016

O QUE DIZ A IGREJA CATÓLICA SOBRE A DOUTRINA DO ARREBATAMENTO?



Por Cássio José

“Dois homens estarão trabalhando no campo: um será levado e o outro será deixado. Duas mulheres estarão moendo no moinho: uma será levada e a outra será deixada.” 
(Mateus 24, 40-41)
“Digo-vos que naquela noite dois estarão numa cama: um será tomado e o outro será deixado; duas mulheres estarão moendo juntas: uma será tomada e a outra será deixada. Dois homens estarão no campo: um será tomado e o outro será deixado.”
(Lucas 17, 34-36)
“Quando for dado o sinal, à voz do arcanjo e ao som da trombeta de Deus, o mesmo Senhor descerá do céu e os que morreram em Cristo ressurgirão primeiro. Depois nós, os vivos, os que estamos ainda na terra, seremos arrebatados juntamente com eles sobre nuvens ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor.”
 (I Tessalonicenses 4, 16-17)

“É no fim dos tempos que será gloriosamente consumada (a Igreja), quando, segundo o que se lê nos Santo Padres, todos os justos, desde Adão, do justo Abel até o último eleito, serão congregados junto ao Pai na Igreja universal.”
(Lumen Gentium, nº 48 – Concílio Vaticano II)

“Este acontecimento escatológico pode ocorrer a qualquer momento, ainda que estejam ‘retidos’ tanto ele como a provação final que há de precedê-lo.”
(Catecismo da Igreja Católica, nº 673)


1.      Pressupostos Iniciais

É extremamente complicado falar sobre a “doutrina do Arrebatamento”! Pelo menos, no que tange ao âmbito católico, não temos referências tão aprofundadas. Aliás, quase não se fala do arrebatamento no ambiente católico. De maneira explícita, o único autor que conhecemos, Miguel Martini, no seu livro lançado pela editora Canção Nova, A Segunda Vinda de Cristo, trata do assunto no capítulo rotulado por “Arrebatamento da Igreja Fiel” (Páginas 87-97). Alguns padres da TV Canção Nova, em suas pregações antigas, como Padre Jonas Abib (hoje Monsenhor Jonas), Padre Léo, Padre José Augusto, Padre Roberto Letierri, Padre Edimilson, Padre Roger Luís, dentre outros já usaram termos ligados à doutrina do arrebatamento em suas pregações: “Seremos arrebatados”, “a Igreja será arrebatada”, “Quando o Senhor Jesus voltar seremos arrebatados”, “O arrebatamento da Igreja”, etc. Há pregadores, ligados à Renovação Carismática Católica, que também tratam do assunto, pelo menos, quanto às expressões ligadas ao arrebatamento: Ironi Spudaro, Anderson Luís dos Reis, Moisés Rocha, dentre outros.

Recentemente, ano de 2015, em um programa Revolução Jesus no tempo do Advento, TV Canção Nova, a direção desse programa trouxe temas ligados à escatologia, tais como: A Grande Tribulação, O Anticristo e o Arrebatamento da Igreja. Estavam no programa um teólogo, um padre especialista em escatologia e outro estudioso da área. O programa mostrou ambiguidade quando não aprofundou os assuntos e negou a doutrina do arrebatamento alegando que a fé da Igreja é Cristocêntrica, não tendo a preocupação de analisar apenas “as coisas do fim”. Isso pode ser fruto do medo de debater um assunto desses em um programa católico de público voltado para uma juventude que deseja viver o PHN numa “Revolução Jesus em Santidade” ou censura por parte de alguns bispos da CNBB. Como pode um padre especialista em escatologia, fruto de uma comunidade fundada por um homem que pregou anos sobre o arrebatamento afirmar: “não sabemos nem para onde esse povo é levado, se é para um outro planeta...” ? (grifos nossos). 
 
      Este estudo preocupa-se apenas em criar uma discussão coerente e madura quanto ao assunto! Exporemos aqui o resultado de pesquisas bíblicas e de autores que tratam dessa linha de pensamento teológica. Longe de ser um assunto terminado, é apenas uma discussão em andamento! A Igreja Católica Apostólica Romana não traz argumentos para afirmar ou negar a doutrina do arrebatamento. Ela apenas silencia diante dessa doutrina Por isso, cabe a mim e a você, estudar o assunto e aproveitar o que coadula com a nossa fé.

De um lado temos católicos que creem no arrebatamento. De outro, temos católicos que nem sabem do que se trata o assunto. Temos também muitos pensadores que fazem um verdadeiro destroço quando em sites (já que pelo que sabemos não existe nenhuma obra teológica de ala católica que trata dessa perspectiva), descaracterizam a doutrina do arrebatamento, com temas como: “A falsa doutrina do arrebatamento”, “Arrebatamento Secreto, Invenção Jesuíta”, “A doutrina do arrebatamento protestante”, “A verdadeira história do arrebatamento”, dentre muitos outros títulos.     

Afirma-se que tal linha de pensamento é de cunho protestante. Mas, há alaridos de que alguns padres jesuítas falaram do assunto em tempos remotos quando não havia protestantismo. Fica então a pergunta: A doutrina do arrebatamento é de linha protestante ou “invenção” dos padres jesuítas?

Uma boa leitura e que o Senhor o abençoe impactante, poderosa e santamente! 
Cássio José dos Santos Sousa
Camocim – Ceará: 14 de Março de 2016
2.      A Doutrina do Arrebatamento.

2.1. O que é o arrebatamento?
A doutrina acerca do arrebatamento, sobretudo o Pré-Tribulacionista, está relacionada ao Retorno do Senhor Jesus, em sua SEGUNDA VINDA e ao evento da Grande Tribulação, e diz respeito ao fato de que os salvos, os cristãos, serão “retirados, raptados, roubados, arrancados, levados” desta terra pelo Senhor para “irem ao Seu encontro nos ares, conforme Jo 14, 1-3; Mt 24,40-41; Lc 17, 34-36; II Ts 2,1; I Ts 1,10;  4, 13-18; I Cor 1,8; 15, 51-52; Fl 3, 20-21; II Cor 5, 1-9... no tempo da Grande Tribulação, tempo em que o Anticristo, reinará durante 7 anos. Muitos concordam que o arrebatamento será antes da Grande Tribulação. Isso significa dizer que o Senhor preservará os que serrão arrebatados desse momento de derramamento da ira do Senhor sobre os ímpios, durante os 7 anos de Grande Tribulação!
O texto base para sustentar a coluna dessa doutrina encontrasse na primeira carta à Tessalônica, onde Paulo esclarece como será a relação entre vivos e mortos quando à Segunda Vinda do Senhor:
Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, cremos também que Deus levará com Jesus os que nele morreram. Eis o que vos declaramos, conforme a palavra do Senhor: por ocasião da vinda do Senhor, nós que ficamos ainda vivos não precederemos os mortos. Quando for dado o sinal, à voz do arcanjo e ao som da trombeta de Deus, o mesmo Senhor descerá do céu e os que morreram em Cristo ressurgirão primeiro. Depois nós, os vivos, os que estamos ainda na terra, seremos arrebatados juntamente com eles sobre nuvens ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor”.
(I Tessalonicenses 4, 14-17)
A doutrina do arrebatamento faz parte dos estudos do dispensacionalismo, estudo que consiste na identificação de certos períodos de tempo bem definidos que são divinamente indicados, juntamente com o propósito revelado de Deus relativo a cada um. Dessa forma, do mesmo jeito que o Antigo Testamento, é o tempo do Deus Pai; o Novo Testamento, o tempo do Deus Filho; e agora, estamos na era do Espírito, em que a Igreja faz enfrentamento para a salvação de almas; haverá um período em que a Igreja (os que aceitaram a Jesus de Nazaré como seu Senhor e Salvador), será retirada desta terra para ir ao encontro do Seu Senhor nos ares, que é o arrebatamento. Alguns usam o termo translação da igreja. Segundo a interpretação de alguns autores de escatologia, o Dispensacionalismo divide os eventos futuros na seguinte ordem: O Arrebatamento, A Grande Tribulação, A Segunda Vinda de Cristo, O Juízo Final, As Bodas do Cordeiro. 


Lá onde os arrebatados estiverem, acontecerá as Núpcias do Cordeiro, que é o Senhor e Salvador Jesus Cristo; e, aqui nesta terra, em paralelo, a ira de Deus vai ser derramada sobre os incrédulos. Depois o Senhor retornará com sua implacável majestade, grande poder e Sua eterna e imbatível gloria.

É nesse tempo que se manifestará de maneira plena os objetivos da Nova Era, o reino do Anticristo, a implantação da marca da besta, dentre outras eventualidades, conforme os estudos que lemos acerca desses assuntos. Quando o Anticristo achar que estará no controle de tudo, então “o Senhor Jesus voltará e matará com o sopro de Sua boca e o destruirá com a Manifestação da sua Vinda” (II Tessalonicenses 2, 8).     

O arrebatamento é um carinho do amor de Deus que preservará os seus eleitos da ira que será derramada sobre os ímpios e sobre todo o mundo, assim como preservou Noé e sua família (Gn 6-9) do dilúvio e Lóe sua família (Gn 19), da destruição de Sodoma e Gomorra. Vemos também que o povo de Israel foi preservado das 10 pragas que caíram sobre todo o Egito, apesar de os israelitas morarem no mesmo território que eles; porém, não foram castigados pelas pragas
.
2.2. Exemplos de arrebatamentos na Bíblia e fundamento do arrebatamento: Henoc e Elias
Temos alguns exemplos de homens de Deus que foram arrebatados:
Ø  Henoc: Gn 5,24; Eclo 44,16;
Ø  Elias: II Rs 2,10; II Rs 3,11
Ø  O arrebatamento da Igreja de maneira figurada: Ct 2, 10-13

2.3. Doutrina Protestante, dos padres Jesuítas ou Católica?

A.     A origem histórica do arrebatamento é de Margaret Macdonald, Jonh Nelson Darby ou Scofield?

Há muitas discussões acerca da origem dessa doutrina. Muitos afirmam que é de linha protestante já que foi adotada há pouco mais de duzentos anos, por um inglês chamado John Nelson Darby (1800-1882), e tornou-se febre entre os protestantes por causa dos comentários de rodapé da Bíblia de Scofield.

Segundo o livreto “Is the Pretribulation Rapture Biblical?”, de Brian Schwertley, a primeira pessoa a ensinar a doutrina foi uma jovem chamada Margaret Macdonald. Margaret não era teóloga nem expositora bíblica, mas uma profetiza da seita Irvingita (a Igreja Católica Apostólica). O jornalista cristão Dave MacPherson escreveu um livro sobre o assunto da origem do arrebatamento secreto.

Ele escreve:

“Temos visto que uma jovem escocesa chamada Margaret Macdonald teve uma revelação particular em Port Glasgow, Escócia, no começo de 1830, de que um grupo seleto de cristãos seria capturado para encontrar Cristo nos ares, antes dos dias do Anticristo. Uma testemunha ocular, Robert Norton M.D., preservou o relato escrito à mão por ela da sua revelação de um arrebatamento pré-tribulacional em dois de seus livros, e disse que foi a primeira vez que alguém dividiu a segunda vinda em duas partes ou estágios distintos. Seus escritos, juntamente com muitas outras literaturas da Igreja Católica Apostólica, ficaram escondidos por muitas décadas do pensamento evangélico dominante, e apenas recentemente reapareceram. As visões de Margaret eram bem conhecidas por aqueles que visitavam sua casa, entre eles John Darby dos Irmãos. Dentro de poucos meses sua concepção profética distintiva foi refletida na edição de setembro de 1830 do The Morning Watch e na primeira assembleia dos Irmãos em Plymouth, Inglaterra. Os primeiros discípulos da interpretação pré-tribulacionista frequentemente a chamavam de uma nova doutrina”.

John Nelson Darby (1800-1882), que foi o líder do movimento Irmãos e “pai do Dispensacionalismo moderno”, tomou o novo ensino de Margaret Macdonald sobre o arrebatamento, fez algumas mudanças (ela ensinava um arrebatamento parcial de crentes, enquanto ele ensinava que todos os crentes seriam arrebatados) e incorporou-o em seu entendimento dispensacionalista da Escritura e profecia. Darby gastaria o resto de sua vida falando, escrevendo e viajando para espalhar a nova teoria do arrebatamento. Os Irmãos de Plymouth admitiam abertamente e até mesmo se orgulhavam do fato que entre os seus ensinos estavam alguns totalmente novos, que nunca tinham sido ensinados pelos pais da igreja, escolásticos medievais, reformadores protestantes e muitos outros comentaristas.

O maior responsável pela ampla aceitação do pré-tribulacionismo e dispensacionalismo entre os evangélicos foi Cyrus Ingerson Scofield (1843-1921). C. I. Scofield publicou sua  Bíblia de Referência Scofield em 1909. Essa Bíblia, que expunha as doutrinas de Darby em suas notas, se tornou muito popular em círculos fundamentalistas.

Portanto, é a mais recente linha de interpretação da escatologia bíblica. Até mesmo dentro das muitas denominações protestantes, há muita “briga” teológica. Uma forte argumentação dos que negam a doutrina do arrebatamento, é o fato de que há 1800 anos não se falava do assunto, sendo uma doutrina novinha, pois tem cerca de apenas 200 anos, por tano, não é apostólica. Se a patrística não tocou no assunto em 18 séculos, que motivos há para crê numa doutrina em que a Igreja Primitiva nunca pregou? 
 
B.     E o que dizer dos padres Jesuítas?

Há quem afirme que a doutrina do arrebatamento surgiu em meados à Contrarreforma quando se discutia bastante acerca do Anticristo, a Besta do Apocalipse, os acontecimentos dos últimos dias.

Esta tal interpretação já havia sido formulada trezentos anos antes pelo jesuíta espanhol Franscisco Ribera (1537-1591).

Por quase 3 séculos, ficou confinada na Igreja Católica, até que, em 1826, Samuel R. Maitland (1792-1866), que era bibliotecário de Canterbury, publicou um panfleto em que promovia a ideia do jesuíta.
C.     E o que dizer de um sermão do século IV ou V chamado “Sermão sobre o fim do mundo”?

Muitos teólogos colocam o arrebatamento após todos os acontecimentos escatológicos como conclusão de todo o processo salvífico de Deus. No livro A Segunda Vinda de Cristo, de Miguel Martini, o autor traz um importante fragmento de sermão que comprova que a doutrina do arrebatamento é de cunho católico. Pregando sobre a santidade de vida que os cristão devem ter enquanto se prepara a Vinda gloriosa do Senhor Jesus, o autor designado pseudo-Efrem, em uma homilia datada do Século IV ou V, chamada “Sermão sobre o fim do mundo”, fala desse assunto em seu tempo:
“Por que, portanto, não rejeitamos todo cuidado dos atos terrenos e nos preparamos para o encontro do Senhor Jesus Cristo, para que Ele possa arrancar-nos da confusão que oprime todo o mundo... Todos os santos eleitos de Deus serão reunidos juntos, antes da tribulação, que deve vir, e serão levados ao Senhor, para que não vejam, em qualquer tempo, a confusão que oprime o mundo por causa de nossos pecados”.   
[Grant Jeffrey, Apocalypse – Frontier Research publication, 1992, 85-94]
2.4. Quando será o arrebatamento?

O evento do arrebatamento está concentrado em duas perspectivas: Uma delas, diz respeito ao Arrebatamento Parcial, onde se coloca critérios de quem será arrebatado.  A outra é a discussão de quando será o arrebatamento relacionando-o ao acontecimento da Grande Tribulação (antes, no meio ou depois da grande tribulação): Pré-tribulacionista, Mesotribulacionista ou Pós-tribulacionista.
Não temos interesse de discutir quando será o arrebatamento (se antes, no meio ou após a Tribulação Final) e sim discuti-lo quanto à posição católica!

2.5.  O que diz a Igreja Católica sobre o arrebatamento?

A.     DISCUTINDO UMA PROPOSTA DE POSTURA CATÓLICA
Dentro dos escritos do Magistério da Igreja Católica não se encontram nenhuma nota, decreto, discurso, pronunciamentos acerca da doutrina do arrebatamento. O próprio Catecismo da Igreja Católica não traz nenhum parágrafo em que se fala de maneira explícita essa eventualidade de que “alguns serão arrebatados para o encontro do Senhor nos ares, onde serrão preservados da Grande Tribulação e lá haverá a Festa das Núpcias do Cordeiro enquanto aqui nesta Terra o Anticristo vai imperar e estabelecer o seu reinado”.
B.     O QUE DIZ O CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA?
Quanto ao tempo em que a terra inteira passará pela Grande Tribulação a Igreja Católica confessa e sabe que isso ocorrerá. Basta vermos os parágrafos de nº 675, 676 e 677. Nesses parágrafos o Catecismo da Igreja Católica deixa bem claro que o Anticristo reinará nesta terra durante esse período, sentar-se-á no trono da Igreja e fará grandes sinais, prodígios e milagres enganadores para os habitantes da terra para que eles pensem que o Anticristo é o Messias.
Uma das expressões muito usadas pelos estudiosos da Escatologia é a translação da Igreja. Essa doutrina é muito citada no Novo Testamento (Jo 14,1-3; 2Ts 2,1; l Ts 4,13-18; I Cor 1,8; 15,51-52; Fl 3,20-21; II Cor 5,1.9).
No que diz respeito ao arrebatamento, não há nada explícito, um parágrafo que seja que ao menos traga uma sombra de dúvida ou luz à doutrina do arrebatamento.
C.     TEM ALGO NO MAGISTÉRIO DA IGREJA ILUMINA ESSA DOUTRINA?
No que diz respeito ao arrebatamento, a Igreja Católica Apostólica Romana silencia quando se trata do assunto! Segundo o professor Felipe Aquino, um dos mais conceituados e renomados pregadores, sobretudo na defesa da Fé da Igreja, em um vídeo de esclarecimentos acerca de dúvidas sobre a Doutrina da Igreja, tratando sobre o fato desse silêncio da Igreja Católica sobre o arrebatamento, ele afirma:
Não é que a Igreja Católica NEGUE o arrebatamento (Ou seja, ela nunca se pronunciou dizendo: NÃO EXISTE O ARREBATAMENTO!). É porque ela NÃO FALA SOBRE O ARREBATAMENTO de maneira aberta, explícita. Ou seja, ela mantém silêncio diante do assunto”.
Além disso, o próprio Magistério da Igreja não traz alguma declaração ou posição sobre a doutrina do arrebatamento. Mas, como o próprio prof. Felipe Aquino afirma, ela NÃO NEGA!
D.    A ASSUNÇÃO DE MARIA: MARIA FOI ARREBATADA!!!
      A Igreja afirma como dogma de fé que Maria foi assunta ao céu, em corpo e alma (arrebatamento?). Certamente cumpriu-se em Maria o que Paulo afirma na primeira carta aos Coríntios:
“Eis que vos revelo um mistério: nem todos morreremos, mas todos seremos transformados”.
(I Coríntios 15,51)
Com toda a certeza, cumpriu-se em Maria o que a Palavra de Deus diz em I Coríntios 15, 53. Se a virgem Maria, que é modelo de Igreja foi arrebatada, os demais seguidores de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo também o serão, por ocasião da Vinda do Senhor, como nos esclarece o apóstolo Paulo:
Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, cremos também que Deus levará com Jesus os que nele morreram. Eis o que vos declaramos, conforme a palavra do Senhor: por ocasião da vinda do Senhor, nós que ficamos ainda vivos não precederemos os mortos. Quando for dado o sinal, à voz do arcanjo e ao som da trombeta de Deus, o mesmo Senhor descerá do céu e os que morreram em Cristo ressurgirão primeiro. Depois nós, os vivos, os que estamos ainda na terra, seremos arrebatados juntamente com eles sobre nuvens ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor”.
(I Tessalonicenses 4, 14-17)
Vejamos a afirmação do Catecismo da Igreja Católica quanto à Assunção de Maria:
"Finalmente, a Imaculada Virgem, preservada imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta (Por que não poderíamos afirmar que ela foi arrebatada?) em corpo e alma à glória celeste. E para que mais plenamente estivesse conforme a seu Filho, Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte, foi exaltada pelo Senhor como Rainha do universo." A Assunção da Virgem Maria é uma participação singular na Ressurreição de seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos:
Em vosso parto, guardastes a virgindade; em vossa dormição, não deixastes o mundo, ó mãe de Deus: fostes juntar-vos à fonte da vida, vós que concebestes o Deus vivo e, por vossas orações, livrareis nossas almas da morte.

[Catecismo da Igreja Católica, nº 966]

            Por tanto, temos teologicamente e de acordo com o Magistério da Igreja Católica, quanto ao Dogma de Maria no que tange à sua Assunção, um pressuposto de segurança e um argumento eclesial para cremos no arrebatamento da Igreja.


E.     PRESSUPOSTOS DE CONSIDERAÇÕES FINAIS
Porém, isso não significa que devemos ficar do lado dos que acirradamente tentam descontruir a doutrina do arrebatamento, já que certamente que o evento da nossa reunião para estar com Cristo terá lugar, embora geralmente não usemos a palavra “arrebatamento” para se referir a este evento, apesar de termos toda a segurança em crermos no Arrebatamento da Igreja Fiel já que o vocábulo “arrebatamento” é derivado do texto da Vulgata Latina, tradução oficial da Bíblia Católica, em 1 Tessalonicenses 4,17 – que significa “seremos apanhados,” [em latim: rapiemur].).

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:

A SEGUNDA VINDA DE CRISTO, Miguel Martini

Bíblias: CNBB, Ave Maria de estudo e de Jerusalém;

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA.


12 comentários:

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    2. O arrebatamento é bíblico. Para esclarecer melhor o assunto arrebatamento, achei apropriado o estudo feito por Adonias Gonçalves sobre a segunda vinda de Cristo baseado em I Tessalonicenses 4:13-17 e II Tessalonicense 2: 1-3 e no contexto do Novo Testamento.

      Vejamos:

      1ª Parte

      ARREBATAMENTO E TRIBULAÇÃO

      “Cremos firmemente que a Igreja será arrebatada antes do período da Tribulação pelas seguintes passagens bíblicas: 1) A orientação do Apóstolo Paulo aos Tessalonicenses torna-se conclusiva (II Ts 2:1-3). Nesse texto o apóstolo assegura àqueles crentes que não deveriam estar confusos com relação á reunião da Igreja com Cristo (v. 1), ou seja, o arrebatamento (I Ts 4:15-17). A razão era simples: alguns “pregadores” estavam semeando confusão quanto ao assunto o que vinha causando pertubação (v.2). Tal equívoco não foi exclusividade daqueles dias. Hoje, há intérpretes que defendem a idéia que a Igreja deverá presenciar (e até sofrer a punição) do período tribulacional. Os que defendem o Pós-tribulacionismo colocam a tribulação antes do arrebatamento, inclusive, alguns citam João 16:33 para dar sustentação a esta linha de pensamento. Tal argumento não sobrevive a uma acurada pesquisa sobre o assunto na Palavra de Deus. Levando em conta que a Tribulação é um período de juízo, então não se aplica tal juízo à Igreja.

      A Igreja não pode experimentar o amargor da Tribulação pois todo o nosso julgamento foi removido pelo sangue do Senhor Jesus Cristo na cruz (Rm. 8:1). Já o Pré-tribulacionismo, que no meu entender é mais coerente pois usufrui da sustentação harmoniosa da Palavra de Deus, divide a Segunda Vinda de Cristo em duas fases distintas: o Arrebatamento da Igreja (I Ts. 4:17) e o Glorioso Aparecimento de Cristo (Mt. 24:30). Essas duas fases são contrastadas de forma que não pode haver dúvida que o Arrebatamento ocorrerá em secreto (I Ts. 4:13-18), enquanto que após a Tribulação, o Senhor virá em glória e todo olho O verá (Mt. 24:30; Ap. 1:7). 2) Se queremos compreender as profecias bíblicas, devemos ter um santo cuidado com cálculos. Foi fazendo cálculos que muitos atrevidamente marcaram datas para a vinda do Senhor, e como o Senhor ainda não veio, foram desmascarados pelo próprio tempo.

      A interpretação das profecias bíblicas não estão presas a cálculos, mas estão firmadas na autoridade dos profetas da A.T , dos apóstolos do N.T., e principalmente na Pessoa do Senhor Jesus. Tanto o Senhor Jesus, como Paulo e João fizeram menção da septuagésima semana de Daniel com o período de juízo que culminará com a destruição do Anticristo e a segunda vinda de Cristo (Mt. 24:15, 21, 29-31; II Ts. 2:4; Ap. 11:1-2; 12:6-14; 19:19-21). Precisamos agora, entender o que significa a septuagésima semana de Daniel (Dn. 9:24-27). De acordo com os versículos 25 a 27, este período está dividido da seguinte forma: 7 semanas (49 anos), 62 semanas (434 anos) e 1 semana (sete anos). Observe que aqui não se trata de cálculo humano. Os dispensacionalistas interpretam coerentemente os 483 anos (os dois primeiros períodos) como cumpridos antes da morte do Messias (Dn. 9:26). A semana restante (sete anos), há septuagésima semana terminará com a restauração de Israel.

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    3. 2ª Parte

      ARREBATAMENTO E TRIBULAÇÃO

      Na metade desse período de sete anos, acontecerá uma profanação do Templo judaico, que nesse tempo terá sido reconstruído, e então o sistema sacrificial será interrompido (Dn. 8:13). Esse tempo, também é descrito na Bíblia como o “tempo da angústia de Jacó” (Jr. 30:7) e um “tempo de angústia” (Dn. 12:1), onde um governante gentio (Anticristo) usará de blasfêmias contra Deus e invadirá Jerusalém (Dn. 11:36-45), porém tal governante será destruído (II Ts. 1:6-10; 2:4-9; Ap. 19:19-21). Talvez o maior questionamento aqui seria entender quando iniciou-se as setenta semanas de Daniel. Precisamos voltar ao capítulo 9 do Livro de Daniel e olhar atentamente para o versículo 25. Nele é dito pelo Anjo a Daniel que “desde a ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até o Messias, o Príncipe, haverá sete semanas...”. Resta-nos, sem especulação, identificar quando aconteceu a ordem para a restauração de Jerusalém.

      A Bíblia é um todo, e não há discrepâncias nela. Então, ao estudarmos o Livro de Neemias, logo no seu início, encontramos um decreto dado pelo rei Artaxerxes a Neemias para a reconstrução (Ne. 2:1-8). Aí então podemos cuidadosamente perceber que este decreto foi emitido em 445 a.C. Mas, o versículo 26 de Daniel 9 prossegue: “E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias...” Quando foi cortado o Messias? Na crucificação, é a resposta. Assim podemos entender que as “69 semanas” já se passaram e estamos vivendo agora “um intervalo” quando em seguida, não sabemos quando, ocorrerá a septuagésima semana, que na verdade trata-se da Tribulação de sete anos.

      Agora, concluindo, a resposta, quero argumentar quanto à divisão feita de dois períodos de 3 anos e meio. Precisamos aqui, ler Dn. 7:25; Ap. 11:2; 12:6,14; 13:5). Estas passagens estão se referindo a “um tempo, e tempos, e metade de um tempo”. O que significa isso? Alguns comentaristas vêem aqui, e eu concordo, uma referência aos 42 meses finais da Tribulação, ou seja, 3 anos e meio. E quanto aos primeiros 3 anos e meio? Ao que tudo indica, a primeira metade da Tribulação será um período onde o Anticristo procurará, com engano sutil, satisfazer os anseios de paz e prosperidade da humanidade, e até mesmo os religiosos que nunca foram crentes e não fizeram parte da Igreja de Cristo, sentirão uma atração por este “grande líder”. O palco estará montado quando essa figura sinistra do Anticristo irá exigir adoração a si mesmo, e então alguns recusarão e terá então início à perseguição descrita em Dn. 7:21,25 e Ap. 13:7. O Anticristo romperá uma aliança feita com os judeus, quando fará cessar o sacrifício no Templo (Dn. 8:13). Aí então começará o período mais catastrófico da história”.

      Adonias Gonçalves (Teólogo)

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  4. BREVE JESUS VOLTARÁ

    “Depois de Jesus ter assegurado a Seus discípulos que Ele voltaria ao nosso mundo uma segunda vez (Mateus 23:39), o que eles Lhe perguntaram?

    “Dize-nos, quando acontecerão essas coisas? E qual será O SINAL DA TUA VIDA e do fim dos tempos?”(Mateus 24:3).: Jesus respondeu clara e positivamente a essa pergunta. No capítulo 24 de Mateus no capítulo 21 de Lucas, Ele pessoalmente mostra vários “sinais” ou evidências pelas quais podemos saber quando Sua vinda estiver próxima.

    Outras profecias bíblicas ajudam a completar o quadro, detalhando as condições do mundo pouco antes da volta de Cristo. Como veremos, essas profecias estão se cumprindo diante de nossos olhos; elas indicam que o retorno de Jesus a esta terra está bem próximo.

    Vejamos dez sinais preditos na profecia bíblica e que indicam que o céu se aproxima.

    1: ANGÚSTIA, TERROR, PERPLEXIDADE (Lucas 21:25-28)
    2: CALAMIDADES MUNDIAL (Lucas 21:11, 31)
    3: O ACÚMULO DE RIQUEZAS (Tiago 5:3)
    4: AGITAÇÃO CIVILTiago 5:4, 8
    5: DECADÊNCIA MORAL II Timóteo 3:1-5, 13
    6: DIVULGAÇÃO DO OCULTISMO (Mateus 24:24 e 27).
    7: UM DESPERTAMENTO DO MUNDO (Joel 3:12-14)
    8: OS PLANOS DE PAZ E AS PREPARAÇÕES PARA A GUERRA (Miquéias 4:1-3 e Joel 3:9-13).
    9: O PROGRESSO MODERNO (Daniel 12:4)
    10: O EVANGELHO POR TODO O MUNDO (Mateus 24:14)”.

    (Trechos do texto “Quando Jesus Virá” por Nelci C.)

    VÍDEO DO HINO “BREVE JESUS VOLTARÁ” COM LEGENDA.

    Título Original: Jesus Is Coming Again
    Letra: Jessie E. Strout (século 19)
    Música: George E. Lee (século 19)´
    Hinário Adventista: nº134 e na Harpa Cristã nº 401


    http://www.youtube.com/watch?v=FUBtGxPN7Dw


    Prezado amigo! Você esta preparado para volta de Jesus?

    A melhor maneira de preparar-se para este glorioso evento, que será à volta de Jesus, é aceitar a Cristo, arrepender-se dos seus pecados, estar, comungar e permanecer nEle:

    “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno, os seus pensamentos e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque Grandioso é em perdoar” (Isaias 55:7).

    “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrara em condenação, mas já passou da morte para a vida” (João 5:24);

    “Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim”. (João 15:4).

    Se você ainda não deu esse passo, deverá fazê-lo. Permita que Jesus tome conta da sua vida! Aceite-o como seu salvador!

    Você pode fazer isso agora mesmo e começar sua preparação para a vida eterna hoje.
    Ele está muito desejoso de dar-lhe a vida eterna!

    Tome a decisão por Jesus; Ele está esperando-lhe: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo”. (Apocalipse 3:20).

    Amem!!!


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  5. a igreja católica é idolatra e coloca Maria acima de Jesus,quando na Bíblía esta bem claro que somente chegaremos ao pai atraves do filho,ninguém mas tem esse poder,Jesus é a luz e a verdade e somente por ele encontraremos a salvação,nem toda igreja sera arrebatada nem todas pregam a verdadeira palavra do senhor cuidado com os falsos profetas

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    1. Querida, Maria foi Mãe de Jesus , e Deus deu essa honra a ela , Deus a honrou porque nós não podemos honra lá e venera lá ? A igreja nunca colocou Maria a cima de Deus , Maria perto de Deus não é nada , Maria perto de Ti e de MIM é muita coisa !! Se a terra de Jerusalém é Santa apenas pelo Cristo ter pisado lá ,imagina o ventre que Nasceu Jesus( o próprio Deus ) !!!

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  6. Se minguem sabe quanto acontecerá, também não sabemos como acontecerá , pois os dois fatos são únicos . O arrebatamento se houver será doa igreja católica , na minha opinião isto prevê uma época que o papado deixará de existir na igreja terrena teremos movimentos restauradores que enfrentaram a provação, e a maior parte dos fieis esta arrebatada na mão de Deus em oração com a pequena comunidade que estará pronta pra a volata na terra .

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Cássio José: blog 100% Católico

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