Uma decisão histórica da Igreja Católica Romana e um grupo de
denominações protestantes dos Estados Unidos deve causar surpresa para
religiosos do mundo todo. Na primeira semana de fevereiro deve ser
assinado um documento que formaliza a decisão das igrejas reconhecerem o
batismo umas das outras. O anúncio vem quase 500 anos depois que a
Reforma Protestante dividiu a igreja no mundo todo.
Isso significa que os líderes da Igreja Católica, da Igreja
Presbiteriana (EUA), Igreja Cristã Reformada da América do Norte, Igreja
Reformada da América e a Igreja Unida de Cristo, selarão o “Acordo
Comum de Reconhecimento Mútuo do Batismo”.
A cerimônia ecumênica em Austin, Texas, marca o fim de quase sete
anos de debate onde as igrejas evangélicas mencionadas reconhecerão o
batismo católico e vice-versa. Esse acordo mútuo sobre batismos quebra
uma tradição secular de católicos sendo rebatizados ao ingressar nas
igrejas evangélicas.
O bispo católico Joe Vasquez, da Diocese de Austin declarou em uma
entrevista que esse esforço “é parte de nossa resposta à oração onde
Jesus pede que sejamos todos um”.
De acordo com uma declaração da Conferência dos Bispos dos Estados
Unidos, publicada em 2010, os cristãos das tradições católica e
evangélica sustentam que o batismo é o vínculo sacramental da unidade do
Corpo de Cristo, deve ser realizada uma única vez, por um ministro
autorizado, com água e usando-se a fórmula trinitária bíblica de
invocação “Pai, Filho e Espírito Santo.” O acordo encoraja todas as
comunidades cristãs locais a manterem registros de batismo.
Desde 2002, o Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos
Cristãos mostrou preocupação com certas práticas batismais distintas e
fórmulas verbais (em nome do Criador, Redentor e Santificador) usado por
alguns segmentos cristãos. Isso levou os bispos americanos a estudar
com outros cristãos a compreensão mútua do batismo. As questões foram
analisadas e resolvidas na Reunião Para o Diálogo, promovida pela Igreja
Católica Romana dos EUA, que elaborou a primeira versão do acordo.
O documento foi aprovado em 2008 pela Assembleia Geral da Igreja
Presbiteriana (EUA) e em 2010, aceito pelos órgãos diretivos da Igreja
Cristã Reformada da América do Norte, da Igreja Reformada da América e
da Igreja Unida de Cristo. Com informações Huffington Post.
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