03 janeiro 2015

As 10 maneiras que a Disney usa para corromper nossos filhos


Para muitos, a Disney é sinônimo de histórias inocentes com personagens cantando canções de esperança e alegria. Esta é uma imagem que a Disney tem trabalhado duramente para perpetuar em seus filmes, mas muitas das mensagens supostamente inocentes, numa análise mais aprofundada, podem ser revelar perturbadoras. Não há dúvida de que os filmes da Disney têm trazido felicidade a milhões, se não a milhares de milhões de crianças em todo o mundo. Nesta lista, entretanto, analisei alguns dos temas mais angustiantes presentes em filmes da Disney, temas que podem ter afetado a nós e a nossos filhos mais do que imaginamos.



10 – Imprecisões históricas





Talvez uma das críticas mais óbvias à Disney são sobre as imprecisões históricas em seus poucos filmes baseados em eventos reais. "Pocahontas" foi acusado de ser uma paródia sobre a história do genocídio indígena. A personagem-título é retratada como uma mulher nativa, que se apaixona pelo colono John Smith, mas na realidade, Pocahontas era uma menina de apenas 10 anos. Smith fez amizade com a garota, mas não houve nenhum romance. Uma mascaração ainda pior é o final do filme. Os colonos se tornam amigos dos nativos e todos vivem felizes para sempre. Realmente Disney? Na verdade, 90% dos povos indígenas na América foram aniquilados por uma combinação de doença e de genocídio patrocinado por fanáticos colonos religiosos, acreditando que suas ações eram justificadas pela ideia do "destino manifesto". Aqueles que sobreviveram foram submetidos a más condições de vida, à grilagem das sua terras e a servidão aos europeus, que posteriormente se tornaram os atuais americanos.



9 – A extrema magreza




O ideal do tamanho zero é replicado em cada princesa da Disney, com a exceção de Branca de Neve, unicamente porque na década de 1930 os ideais de beleza eram diferentes dos de agora. Não se trata apenas das mulheres serem retratadas magras para aumentar sua atratividade, é que o nível de exagero (por exemplo, na cintura impossivelmente fina de Megara em "Hércules") cambaleia ao absurdo. Muitos críticos, principalmente feministas, atacam a Disney por esta representação das mulheres, alegando que as imagens tenham inspirado anorexia e distúrbios alimentares em crianças e adolescentes.





8 – Mensagens subliminares





A Disney tem um longo histórico de colocar mensagens subliminares em seus filmes, principalmente sob a forma de imagens escondidas, mas também, por vezes, através do som. Para quem não sabe, mensagens subliminares referem-se à imagens ou sons que passam tão rápidos que só o nosso subconsciente consegue captá-los. O caso mais notável foi reconhecido pela própria Disney. É a mensagem subliminar que foi inserida no filme Bernardo e Bianca. Você pode ver que em uma das janelas, que está ao fundo, foi inserida, em apenas alguns quadros, a foto de uma mulher seminua, não podendo ser percebida na velocidade normal do filme. A Disney foi rápida em colocar a culpa nos editores do filme, atribuindo o plantio da imagem como uma brincadeira de mau- gosto dos mesmos . Todas as cópias corrompidas do filme foram recolhidas.




7 – Assédio sexual é aceitável





Um tema recorrente nos filmes da Disney envolve uma mulher bonita que está sendo despertada por um beijo não aprovado nos lábios. Embora seja discutível que algumas pessoas não se importariam de ser acordadas pelo beijo de um príncipe incrivelmente bonito e rico, a maioria das mulheres rejeita essa ideia. Em Branca de Neve e Bela Adormecida, no entanto, as princesas tendem a não tomar o assédio muito mal, na verdade, as duas casam-se com esses estupradores em potencial após serem despertadas. Lembrem-se que as princesas estão dormindo, muito semelhante a um conto de Graciliano Ramos, onde um ladrão é preso por não resistir a beijar uma jovem que dormia na casa que o sujeito assaltava. Homens que não respeitam mulheres inconscientes devem ser retratados como heróis salvadores?




6 – Importância dos status social





Heróis e vilões da Disney são quase sempre da alta hierarquia social em relação aos outros. A estrutura do enredo de "Cinderela" gira em torno de uma mulher que consegue escapar de suas terríveis condições de vida simplesmente por se casar com um homem rico. Seu sucesso deve-se à sua atratividade em relação a suas irmãs hediondas. Este senso de justiça entre personagens centrais é consistente em quase todos os filmes da Disney. O chamados "Príncipe Encantado" são personagens tão valorizados pela sua riqueza e poder que eles podem basicamente fazer qualquer coisa. Imagine uma inversão dos papéis: substituir o príncipe Phillip de "A Bela Adormecida", por Filoctetes, um personagem menor e socialmente inferior de "Hércules". Aposto que a maioria das mulheres que acordassem com um beijo de Filoctetes gritariam “Socorro” , ao invés de "Vamos nos casar!"




5 – Feiura é sinônimo de maldade





Em quase todos os filmes da Disney o principal antagonista é retratado como fisicamente pouco atraente, incentivando as crianças a associar esse traço com o mal. Personagens femininas são particularmente sujeitas a esse tratamento, todas tem pelo menos uma das três principais características das vilãs da Disney: ser gorda (Úrsula em "A Pequena Sereia"), idade avançada (A mulher velha em "Branca de Neve") ou horrivelmente feia (as irmãs feias em "Cinderela"). A linha de fundo é que a Disney prega abertamente que atratividade é sinônimo de moralidade e felicidade. Vilões da Disney são retratados frequentemente como inseguros sobre sua aparência, capazes de fazer qualquer coisa para se tornarem mais jovens, mais magros, mais bonitos . Por exemplo, o vilã de "Branca de Neve" é obcecada por ser "a mais bela de todas elas", não medindo esforços para alcançar tal objetivo.




4 – Beleza é sinônimo de felicidade





O filme "A Bela e a Fera" trabalha com o pretexto de que a "aparência não importa". No entanto, um olhar mais atento à estrutura do enredo revela isso como falso. No clímax do filme, a besta se transforma de novo em um homem bonito, permitindo-lhe viver feliz para sempre com a Bela, igualmente atraente. Isso contradiz por completo a suposta mensagem do filme de que "aparência não importa", se isso fosse verdade, por que a transformação seria necessária? "O Corcunda de Notre Dame" também traz o personagem principal como sendo fisicamente deformado. No entanto, a mensagem é novamente distorcida quando um novo personagem bonito, na forma do capitão Phoebus, é introduzido para se casar com Esmeralda, em vez de o protagonista, que, claro, não é digno dela por causa de sua feiura.




3 – Imagens satânicas





Existe evidência visível sugerindo que a Disney usa temas sutis de satanismo em seus filmes. Por exemplo, a besta de "A Bela e a Fera" é retratada como uma criatura com chifres e presas, semelhante à imagem tradicional de Lúcifer. Filoctetes em "Hércules", também é exibido desta forma, com chifres e cascos fendidos. O mais bizarro e o caso mais controverso seja, talvez, a adaptação da Disney de "O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa". Tem sido argumentado que o encontro de Lúcia, menina de oito anos, com o Sr. Tumnus, esconde sutilmente um caso de pedofilia: o estranho (aliás retratado com pernas de cabra e chifres) convence Lúcia a visitar a sua casa antes de colocá-la para dormir, tocando canções de ninar em sua flauta . Na próxima cena, Lúcia acorda e encontra Tumnus chorando e dizendo que ele "fez algo muito ruim". Apesar das evidências de um tema mais sombrio, muitos críticos da teoria sugerem que a história mostra simplesmente as consequências de se confiar em estranhos.



2 – Tudo é fofo, tudo termina bem





Muitos se sentem inclinados a oferecer a Disney alguma indulgência nesse assunto, uma vez que o alvo de seus filmes são crianças. Outros são inclinados a condená-la por revestir de doçura temas como a morte e o engano. Em "O Rei Leão"; um filme baseado no clássico de William Shakespeare, a tragédia "Hamlet", a Disney alterou o final original da peça, em que muitos dos personagens centrais morrem, substituindo-o com um triunfo perfeito do bem sobre o mal, tornando a trama sem sentido e assegurando um processo milionário para Shakespeare, caso o bardo estivesse vivo. Contudo, "Hamlet" não é a única obra-prima literária que a Disney massacrou nas telas. Tome a estrutura do enredo de Hans Christian Anderson, "A Pequena Sereia" e você vai encontrar um outro final drasticamente alterado. No original, Ariel não se casa com o príncipe e é forçado a matá-lo para recuperar sua cauda de sereia, mas ela não consegue assassinar o amado e morre tristemente.




1 - Estereótipos raciais





Globalmente, a mensagem mais flagrante e inequívoca que a Disney transmite às crianças, é como discriminar as pessoas por suas raças. Os corvos em "Dumbo", lançado em 1941, quando o crime do racismo contra os afro-americanos era tolerado, é provavelmente o exemplo mais flagrante. A linguagem e os trajes dos pássaros tem a clara intenção de zombar dos afro-americanos. Os personagens existem apenas para ajudar o protagonista branco, e serem motivo de piadas entre o público branco, acrescentando insulto e injúria sobre o estereótipo já gritante. Outro exemplo é o gato chinês de "Os Aristogatas", que canta sobre biscoitos da sorte (inventado na América aliás) com um sotaque asiático quase ininteligível. Notem também, que nas histórias da Disney, quando os personagens mais famosos ( Mickey, Donald e CIA ) viajam para outros países, os nativos são apresentados como indolentes, preguiçosos, incapazes de gerir os próprios assuntos. A mensagem racista e imperialista está escancarada: levem nossas riquezas, porque nós não as merecemos.

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